Pedro Ladeira - 20.jul.15/Folhapress | |
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que defende saída do PMDB da base do governo |
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski,
encaminhou um pedido de informações ao juiz Sergio Moro, responsável
pelas ações da Operação Lava Jato na Justiça Federal.
O procedimento é protocolar e vai subsidiar o ministro a avaliar o
pedido feito pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que
questionou no STF atos de Moro. O Supremo ainda não divulgou o teor do
despacho de Lewandowski.
Na reclamação, Cunha pediu uma decisão provisória (liminar) para que o
processo sobre suposta corrupção na contratação de navios-sonda pela
Petrobras seja suspenso na Justiça do Paraná e enviado ao STF. Foi a
Moro que o lobista Júlio Camargo citou propina de US$ 5 milhões a Cunha.
Camargo, em tese, teria feito a mesma afirmação sobre ele à PGR.
O argumento do presidente da Câmara é que o juiz feriu competência do
Supremo ao investigá-lo, sendo que a Constituição garante que deputados
só pode ser alvo de apuração no STF –o chamado foro privilegiado.
Os advogados dizem que Sergio Moro induziu o lobista a implicar Cunha no
caso. O parlamentar já é alvo de investigação no STF por suposta
participação no esquema de corrupção na Petrobras.
A defesa pede ainda que o Supremo determine a anulação de eventuais provas produzidas sob a condução de Moro.
Respondem à ação penal questionada por Cunha no STF Camargo, o doleiro
Alberto Youssef –os dois são delatores na Operação Lava Jato–, além de
Fernando Baiano, considerado operador do PMDB no esquema de corrupção na
Petrobras, e o ex-diretor da área internacional da estatal Nestor
Cerveró.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
POLÍTICA E ECONOMIA