NATUZA NERY (interina)
Tudo ou nada Dilma Rousseff fará em agosto uma
ofensiva para demonstrar sustentação política, social e econômica.
Intensificará viagens, anunciará programas e reforçará marcas populares
do primeiro mandato. Por sugestão de Lula, a presidente se reunirá com
todos os movimentos sociais próximos ao PT, fotografará ao lado dos
governadores do país inteiro e retomará o “conselhão”, fórum do Planalto
com empresários. Tudo para se contrapor a uma agenda de desgaste
prevista para o mês.
Armadilha Além das manifestações oposicionistas de
16 de agosto, o Palácio tenta reagir ao julgamento das contas do governo
no TCU e ao retorno do recesso parlamentar com diversas CPIs contra
Dilma no forno do Congresso.
Desarme Na agenda prevista pelo Planalto aparecem
ainda o lançamento do programa Jovem Aprendiz, que concede bolsas para
estágios em empresas, e o anúncio da marca de 60 milhões de pacientes do
Mais Médicos.
Chega, setembro “Precisamos combater o
mês do cachorro louco”, diz um ministro de Dilma, referindo-se a eventos
históricos ocorridos em agosto, entre eles as manifestações contra
Collor e a morte de Getúlio Vargas.
Mão na massa O Planalto também convocou
uma reunião com líderes da base aliada para o primeiro dia útil após o
recesso parlamentar, em 3 de agosto. Dilma vai abrir a reunião
pessoalmente, mas é Michel Temer quem deve conduzir a conversa.
Todo poderoso Auxiliares de Dilma avaliam
que o destino das contas do governo no TCU “está nas mãos” de Renan
Calheiros (PMDB-AL). Para o Planalto, o presidente do Senado poderia
influenciar o voto de três ministros: Vital do Rêgo, Raimundo Carreiro e
Bruno Dantas.
Sangue O Palácio deve acionar o
ex-presidente Lula para tentar convencer a ministra Ana Arraes, de quem é
próximo, a ficar do lado do governo na votação.
Sem digitais A bancada do PSDB na Câmara
tentará disfarçar, mas vai “para cima do governo” em todas as votações
patrocinadas por Eduardo Cunha contra o Planalto.
Caixa preta Os Correios estarão na mira da CPI dos Fundos de Pensão. A oposição está à procura de irregularidades na estatal.
Em alerta O Conselho de Administração da
Petrobras fará em breve uma reunião extraordinária para discutir as
flutuações no preço do petróleo e a disparada do dólar.
Vale este O plano de negócios da empresa
foi elaborado com o valor médio do barril na faixa dos US$ 60, mas os
preços têm ficado abaixo disso. As oscilações acenderam um sinal amarelo
no comando da estatal.
Conta corrente A petroleira, a propósito,
receberá mais um cheque de aproximadamente R$ 150 milhões da Operação
Lava Jato. O dinheiro vem do bolso do ex-diretor Paulo Roberto Costa e
do ex-gerente Pedro Barusco, ambos delatores do esquema.
Vaso quebrado Não anda bem a relação do
ministro da Fazenda, Joaquim Levy, com o secretário-executivo da pasta,
Tarcísio Godoy. Os dois andaram se estranhando. Apesar do
distanciamento, integrantes do governo dizem que, por ora, Godoy fica.
Todo ouvidos O empresariado paulista está
ansioso para ouvir o que Eduardo Cunha tem a dizer. O volume de
inscrições para o almoço que o grupo Lide promove com o presidente da
Câmara na segunda-feira é semelhante ao dos encontros com
presidenciáveis em 2014.
Malhação O Planalto abriu licitação de
R$ 49 mil para comprar equipamentos para treinamento físico dos
seguranças de Dilma e Temer. São 60 bolas de futebol, futsal, basquete,
tênis e vôlei, além de redes, apitos, halteres e colchonetes.
TIROTEIO
Mais uma vez tentam forjar provas contra Lula para impedi-lo de fazer política e de defender o nosso projeto para o Brasil.
DE RUI FALCÃO, presidente do PT, sobre supostas menções
por parte de envolvidos na Lava Jato relacionando o ex-presidente a
irregularidades.
CONTRAPONTO
A netinha do governador
Nascido em uma família muito religiosa, o governador
paulista, Geraldo Alckmin, costuma lembrar que sua avó era devota
fervorosa de São Geraldo.
Quando nasceu o primeiro filho dela, tio do tucano,
recebeu o nome de José Geraldo. O segundo filho, pai do governador, foi
batizado de Geraldo José.
Os dois irmãos seguiram a tradição familiar e também deram
aos filhos o nome Geraldo. Na vez dos netos do governador, o tucano até
tentou:
—Sophia, o que você acha de batizar minha neta de “Geralda”?—sugeriu, com um sorriso no canto da boca.
Ela não acatou o pedido, e deu à filha o nome de Alexa.
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POLÍTICA E ECONOMIA