À prova de bala O PT promete “guerra” à
oposição no Congresso, na volta do recesso, em reação ao que considera
ofensiva orquestrada para atingir Lula. Senadores e deputados vão
responder a ataques nas tribunas e “partir para cima” de caciques
tucanos como Aécio Neves (MG) e Cássio Cunha Lima (PB), ambos
ex-governadores. A estratégia será cobrar que a Lava Jato aprofunde
investigações sobre a relação das empreiteiras com governos do PSDB em
Estados como São Paulo e Minas Gerais.
Limites De um senador petista que esteve com o
ex-presidente na semana passada, ao explicar a reação da sigla: “Mexer
com a Dilma tudo bem, mas com o Lula não!”.
Rua Dirigentes de partidos da oposição já apontavam
na semana passada que o agravamento da situação de Lula é um dos poucos
fatores que podem reagrupar forças de esquerda, hoje dispersas e
críticas ao governo Dilma.
Aceno O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams,
conversou com o relator das contas de Dilma no TCU, Augusto Nardes, para
marcar duas reuniões entre técnicos do governo e do tribunal para
analisar a defesa apresentada na semana passada.
Low profile Servidores do Banco Central e dos
ministérios do Planejamento e da Fazenda devem se reunir com membros das
secretarias de Fazenda e Macroavaliação do TCU. Ministros ficarão de
fora para evitar dar caráter político aos encontros.
No tapetão Do líder do governo no Senado, Delcídio
Amaral (PT-SP), citando Rubens Minelli no Twitter após a vitória de seu
time, o São Paulo: “Vou me mandar antes que o primeiro vire último e o
último primeiro”. E arrematou: “O Brasil tá assim!”.
Pororoca 1 O PSB reforça nesta semana convite para ato público no Recife no dia 10, quando Eduardo Campos completaria 50 anos.
Pororoca 2 O evento pode reunir Lula, Dilma, Marina Silva e Aécio Neves, todos na lista de convidados.
Agora vai? O governo espera fechar até setembro pelo
menos um acordo de leniência em negociação com empreiteiras
investigadas na Lava Jato. Por ora, o que emperra que os tratos sejam
selados é a indefinição sobre o valor a ser ressarcido ao erário.
Ponta do lápis A Petrobras deve apontar nas próximas
semanas o valor exato a ser devolvido pelas empresas que reconhecerem a
prática de corrupção, que não será inferior aos R$ 6,2 bilhões que a
estatal anunciou como prejuízo com os desvios.
Tudo ou nada O presidente do PSDB paulista, Pedro
Tobias, ameaça intervir no diretório da capital e dissolver as duas
Executivas registradas caso os grupos não façam acordo. Quer que
caciques solucionem o impasse.
Bomba… Além do desgaste na imagem do governo com a
redução dos repasses da Nota Fiscal Paulista, Geraldo Alckmin manifestou
preocupação extra com as mudanças no sistema.
… relógio ONGs que se beneficiam do programa muitas
delas com convênios com o Estado não têm como continuar funcionando caso
o governo leve adiante a decisão de postergar o segundo repasse dos
créditos de 2015 para o início de 2016.
Ritmo de Olimpíada A Força Sindical fará um protesto
contra os juros altos nesta terça, em frente ao Banco Central, antes da
reunião do Copom sobre a taxa. Quer montar um pódio e distribuir
premiações a banqueiros e especuladores fantasiados.
Dupla jornada A mudança na lei que proibiu eleitores
filiados a partidos de assinar fichas de apoio à criação de novas
legendas atrasou a fundação do PL, de Gilberto Kassab (Cidades). Em
alguns municípios pequenos, até 40% das assinaturas foram descartadas.
TIROTEIO
A decisão da Justiça sobre as
ciclovias coloca os tucanos no seu devido lugar: o da oposição
irracional, adepta do quanto pior melhor.
DE PAULO FIORILO, presidente do PT paulistano, sobre decisão em que a
Justiça sustenta que as ciclovias da gestão Fernando Haddad não foram
feitas a esmo.
CONTRAPONTO
Tudo menos isso
Em uma das sessões da comissão especial do Senado sobre reforma
política, no início de julho, Benedito de Lira (PP-AL) iniciou sua
exposição dizendo que o tema era muito complexo e polêmico.
O alagoano sustentou que, como o tempo era curto para que fosse
aprovada uma mudança completa, o grupo deveria se concentrar em temas
convergentes e suspender o recesso parlamentar para agilizar as
discussões.
Fernando Collor (PTB-AL) rebateu o conterrâneo:
—V. Exa. propõe convergência e inicia com o
tema mais polêmico para essa casa? —afirmou, indicando que sobre a
suspensão de recesso não há acordo.
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POLÍTICA E ECONOMIA