O Ministério Público da Suíça afirmou nesta quarta-feira (22) que encontrou indícios de que a Odebrecht usou contas bancárias no país para pagar propina a ex-diretores da Petrobras.
"Empresas do grupo da Odebrecht são suspeitas de usar contas na Suíça para fazer pagamentos de propina para ex-diretores da Petrobras que também mantêm contas em bancos suíços", informou a procuradoria, após ser questionada sobre o assunto.
O órgão disse que abriu "numerosas investigações" sobre a Petrobras. "A Procuradoria confirma que uma de suas investigações é relacionada à Construtora Norberto Odebrecht, assim como empresas associadas e pessoas, e que essas conexões têm sido enviadas para o Brasil por meio de pedido de cooperação mútua".
O procurador-geral da Suíça, Michael Lauber, tem colaborado com as investigações conduzidas pelos procuradores da Operação Lava Jato. Pelo menos US$ 400 milhões já foram bloqueados na Suíça desde o início das investigações.
"Os resultados iniciais dessas investigações indicam que o sistema financeiro suíço foi seriamente afetado pelo escândalo", afirma a nota divulgada pelo Ministério Público da Suíça.
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que passou a colaborar com as autoridades no ano passado, disse ter recebido mais de US$ 20 milhões em propina da Odebrecht na Suíça.
"Empresas do grupo da Odebrecht são suspeitas de usar contas na Suíça para fazer pagamentos de propina para ex-diretores da Petrobras que também mantêm contas em bancos suíços", informou a procuradoria, após ser questionada sobre o assunto.
O órgão disse que abriu "numerosas investigações" sobre a Petrobras. "A Procuradoria confirma que uma de suas investigações é relacionada à Construtora Norberto Odebrecht, assim como empresas associadas e pessoas, e que essas conexões têm sido enviadas para o Brasil por meio de pedido de cooperação mútua".
O procurador-geral da Suíça, Michael Lauber, tem colaborado com as investigações conduzidas pelos procuradores da Operação Lava Jato. Pelo menos US$ 400 milhões já foram bloqueados na Suíça desde o início das investigações.
"Os resultados iniciais dessas investigações indicam que o sistema financeiro suíço foi seriamente afetado pelo escândalo", afirma a nota divulgada pelo Ministério Público da Suíça.
O ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, que também fez acordo para colaborar com as investigações, disse ter recebido US$ 97 milhões de fornecedores da Petrobras, entre eles a Odebrecht.
Barusco e Costa dizem que os pagamentos foram feitos por uma empresa registrada no Panamá, a Constructora Internacional Del Sur, e com a ajuda de um economista brasileiro que vive em Genebra, Bernardo Freiburghaus.
A Odebrecht disse várias vezes nos últimos meses que nunca pagou propina para facilitar seus negócios na Petrobras e afirma não ter relação com a empresa no Panamá e Freiburghaus.
Em nota divulgada nesta quarta, a empresa disse que entrará em contato com as autoridades suíças para buscar informações sobre as investigações em curso.
"A Odebrecht solicitará informações às autoridades suíças para entender o alcance das investigações e o motivo pelo qual está sendo inserida no contexto de apuração de irregularidades cometidas por executivos da Petrobras. A empresa só poderá se pronunciar após ter acesso às informações", diz a nota.
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