Ricardo Borges/Folhapress | |
Renato Duque deixa a sede da Polícia Federal, no Rio, para ser encaminhado a Curitiba (PR) |
O Ministério Público Federal ofereceu, nesta quarta-feira (29), nova denúncia contra o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e outras quatro pessoas, sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro.
Preso desde março em Curitiba, Duque já é réu em três ações penais decorrentes da Operação Lava Jato, que investiga o pagamento de propina em obras públicas.
Desta vez, o ex-diretor é acusado de receber cerca de R$ 4 milhões de
propina pela construção de gasodutos submarinos pela empresa italiana
Saipem, em 2011, além de outros R$ 577 mil em obras de arte.
Além dele, também foram denunciados o empresário João Antônio Bernardi Filho, seu filho, Antônio Carlos Bernardi, a advogada Christina Maria da Silva Jorge e o empresário e delator da Lava Jato Julio Camargo, acusados de intermediar o pagamento da propina.
O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato, ainda decidirá se acolhe ou não a denúncia. Só a partir daí é que os denunciados passarão a responder pelos crimes imputados.
ACUSAÇÕES
Em 2011, a Petrobras fechou três contratos para a construção de gasodutos com a Saipem –cujo representante comercial no Brasil era Bernardi Filho. As obras somavam R$ 686 milhões.
Segundo o Ministério Público, Bernardi Filho ofereceu o pagamento de vantagem indevida a Duque, a quem chamava de "Mestre", a fim de garantir o favorecimento da Saipem nas licitações.
Pelo menos US$ 1 milhão (ou cerca de R$ 3,4 milhões, em cotação atual) foram pagos a Duque por meio da empresa Hayley S/A, uma offshore sediada no Uruguai que tinha contas na Suíça. A Hayley estava em nome de Bernardi Filho, e tinha como funcionários Christina Jorge e Antônio Carlos Bernardi.
Ainda de acordo com a investigação, o dinheiro era depositado na Suíça e então transferido para Duque, das contas da Suíça, por meio de contratos de câmbio da Hayley que simulavam investimentos no Brasil.
Outra parte dos pagamentos foi feita com obras de arte, compradas em nome da Hayley, mas repassadas a Duque. Foram 13 obras adquiridas entre março e junho de 2012, no valor total de R$ 577 mil.
"Como evidenciado no cumprimento de mandados de busca e apreensão, Renato Duque tem grande fascinação por obras de arte, sendo apreendidos 133 quadros em sua residência, os quais continham pinturas, gravuras e fotos de diversos autores, alguns renomados", escrevem os procuradores, na denúncia.
Entre as obras encontradas na casa de Duque, estão trabalhos de Di Cavalcanti, Jorge Guinle, Flávio Shiró e Volpi.
A reportagem ainda não conseguiu localizar representantes dos acusados para comentar o caso.
O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato, ainda decidirá se acolhe ou não a denúncia. Só a partir daí é que os denunciados passarão a responder pelos crimes imputados.
ACUSAÇÕES
Em 2011, a Petrobras fechou três contratos para a construção de gasodutos com a Saipem –cujo representante comercial no Brasil era Bernardi Filho. As obras somavam R$ 686 milhões.
Segundo o Ministério Público, Bernardi Filho ofereceu o pagamento de vantagem indevida a Duque, a quem chamava de "Mestre", a fim de garantir o favorecimento da Saipem nas licitações.
Pelo menos US$ 1 milhão (ou cerca de R$ 3,4 milhões, em cotação atual) foram pagos a Duque por meio da empresa Hayley S/A, uma offshore sediada no Uruguai que tinha contas na Suíça. A Hayley estava em nome de Bernardi Filho, e tinha como funcionários Christina Jorge e Antônio Carlos Bernardi.
Ainda de acordo com a investigação, o dinheiro era depositado na Suíça e então transferido para Duque, das contas da Suíça, por meio de contratos de câmbio da Hayley que simulavam investimentos no Brasil.
Outra parte dos pagamentos foi feita com obras de arte, compradas em nome da Hayley, mas repassadas a Duque. Foram 13 obras adquiridas entre março e junho de 2012, no valor total de R$ 577 mil.
"Como evidenciado no cumprimento de mandados de busca e apreensão, Renato Duque tem grande fascinação por obras de arte, sendo apreendidos 133 quadros em sua residência, os quais continham pinturas, gravuras e fotos de diversos autores, alguns renomados", escrevem os procuradores, na denúncia.
Entre as obras encontradas na casa de Duque, estão trabalhos de Di Cavalcanti, Jorge Guinle, Flávio Shiró e Volpi.
A reportagem ainda não conseguiu localizar representantes dos acusados para comentar o caso.
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