Além de gravar para o programa do PT, a ser exibido no dia 6 de agosto, a presidente Dilma Rousseff fez várias gravações de vídeos para veiculação nas redes sociais com o objetivo de participar mais de debates com a população.
Segundo assessores presidenciais, Dilma vai começar a "aparecer mais nas redes sociais" para estar mais presente em debates de temas atuais com a sociedade.
Os vídeos, gravados no último sábado (25) no Palácio da Alvorada, fazem parte da estratégia do governo de recuperar a popularidade da presidente, que atingiu os patamares mais baixos desde que ela assumiu o governo.
Dentro desta linha, a presidente vai buscar, a partir de agora, passar para a população uma mensagem de otimismo num período de crise acentuada na política e na economia, quando ela sofre ameaças de abertura de um processo de impeachment.
O tom da sua gravação para o PT seguiu este roteiro. A presidente vai enfatizar em sua fala que, apesar do momento ruim na economia, o Brasil costuma reagir rapidamente a crises econômicas.
Segundo assessores, Dilma não vai esconder que o país enfrenta um momento difícil, mas dirá que a situação brasileira hoje é melhor do que num passado recente —uma comparação indireta entre os governos petista e tucano.
A equipe de Dilma diz que a presidente não teme ser alvo de novo panelaço com sua fala no programa de seu partido. Na avaliação de seus assessores, ela não pode ficar acuada, como ocorreu depois dos protestos à sua fala na TV no Dia da Mulher.
Um dos vídeos gravados para internet será veiculado ainda nesta semana. Nele, Dilma vai fazer uma saudação aos atletas que competiram no Pan-Americano, em Toronto, e falar da importância dos jogos olímpicos no Rio de Janeiro em 2016.
Outros vídeos gravados pela presidente, sob comando do ministro Edinho Silva (Comunicação Social) e do marqueteiro João Santana, tratam também de economia e emprego e de direitos civis.
Na gravação para o PT, a presidente não vai tratar da Operação Lava Jato, que atingiu seu partido pelo envolvimento com o escândalo de corrupção na Petrobras.
Ainda em sua estratégia para melhorar sua imagem e evitar a abertura de um processo de impeachment, a presidente vai focar sua semana na reunião com os 27 governadores prevista para a próxima quinta-feira (30).
Os convites devem começar a ser enviados a partir desta segunda-feira (27), quando a presidente vai definir a pauta do encontro com governadores na reunião de sua coordenação política.
O tema principal será a reforma do ICMS, que passa pela unificação das alíquotas interestaduais em 4%. Para financiar a reforma e bancar as perdas de Estados, Dilma vai pedir aos governadores apoio para aprovar o projeto de regularização de dinheiro de brasileiros no exterior.
A equipe econômica conta com a tributação sobre estas operações para gerar, ainda neste ano, R$ 11 bilhões a fim de ajudar a reequilibrar as contas públicas e evitar que o setor público feche 2015 com déficit primário.
Ou seja, sem economia para pagamento da dívida pública, o que aconteceria pelo segundo ano consecutivo e teria forte impacto negativo no mercado, levando à perda do grau de investimento por parte do Brasil.
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POLÍTICA E ECONOMIA