Postado dia: 09/12/2015 às 06:15
A defesa do senador Delcídio Amaral (PT-MS) confirmou na tarde desta terça-feira (8), que contratou o advogado penalista Antonio Augusto Figueredo Basto, especialista na área jurídica de delação premiada.
O ex-líder do Governo no Senado vai fazer delação premiada para tentar se livrar da cadeia. As revelações de Delcídio podem agravar ainda mais a crise política do governo Dilma e poderão, inclusive, ser decisivas com relação ao impeachment.
Na segunda-feira (7), o procurador-geral da República Rodrigo Janot denunciou criminalmente Delcídio. A pedido de Janot, o Supremo autorizou abertura de outros dois inquéritos contra o ex-líder do Governo.
A saída de Delcídio pode estar na delação premiada. Dois dias depois de sua prisão, familiares e amigos do senador já o pressionavam a fazer delação.
Há muito tempo a esposa Maika, pede que Delcídio saia do PT. Por certo, entendia que o PT tinha tomado um rumo tortuoso e impopular, cabendo aos bons caírem fora. Ela Estava certa. Delcídio não ouviu Maika, não abandonou o PT e agora, numa atitude até desumana, foi abandonado pelo partido e tratado como 'imbecil' e 'idiota' pelo 'presidente de honra', o ex-presidente Lula.
Um trunfo importante que poderá facilitar e fortalecer a delação de Delcidio, são supostas gravações mantidas pelo senador de todas as negociações com o Palácio do Planalto, com o Congresso, além de detalhes dos bastidores da CPMI dos Correios, que investigou, entre 2005 e 2006, o esquema do mensalão e abateu a cúpula do PT. Delcídio foi o presidente da referida CPMI.
Nos dez meses que duraram as investigações, o petista narrou para um gravador todos os detalhes das conversas que teve com o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio da Alvorada, geralmente à noite, em dias que antecediam reuniões importantes da CPMI ou após depoimentos bombásticos.
Delcídio já relatou a algumas pessoas que o gravador está bem escondido e que as revelações só viriam à tona quando ele estivesse fora da vida pública ou mesmo após sua morte.
O acordo de delação precisa ser acertado com a Procuradoria-Geral da República e, depois, homologado pelo STF.
JORNAL DA CIDADE
Há muita merda represada, será um tsunami que, partindo do Palácio do Planalto cobrirá de merda o Congresso e o Judiciário.
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