Em nova fase da Operação Lava Jato,
o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chegou a pedir buscas e
apreensões na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL),
mas o ministro do STF Teori Zavascki negou.
A ação da Polícia Federal, deflagrada nesta terça (15), cumpriu 53 mandados de busca e apreensão em inquéritos que investigam os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) e os senadores Fernando Collor (PTB-AL) e Fernando Bezerra (PSB-PE).
O fato de as investigações se aproximarem do presidente do Senado preocupa o Planalto, já que o peemedebista é um dos principais aliados do governo na Casa e peça importante na estratégia contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Outros atingidos são o senador e ex-ministro Edison Lobão (PMDB-MA) -que é investigado no Supremo Tribunal Federal pela Lava Jato-, Nelson Bornier (PMDB-RJ), prefeito de Nova Iguaçu e aliado de Eduardo Cunha, Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro, e o ex-deputado Alexandre Santos (PMDB-RJ) –ele foi foi citado nos depoimentos do delator Fernando Soares por suposta influência em uma das diretorias da Petrobras, de acordo com reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo".
A nova fase da Lava Jato foi denominada de Operação Catilinárias, em referência a quatro discursos proferidos pelo cônsul romano Marco Túlio Cícero (106 a.C. - 43 a.C.) contra o senador Lúcio Catilina, acusado de tentar dissolver o Senado e tomar o poder em Roma.
Questionado sobre o pedido de buscas e apreensões feito pela Procuradoria, Renan afirmou que não tinha ainda informações sobre o fato e disse que colaborou sempre que foi solicitado.
"Não tenho nenhuma informação. Não conheço os detalhes. Já prestei todas as informações que me foram pedidas. Coloquei tudo à disposição. Nunca concedi e nem concediria, nunca permiti e nem permitiria que alguém, em qualquer circunstância e em qualquer lugar, falasse pelo meu nome", disse.
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