Alex Almeida - 5.out.2008/Folhapress
Atualmente em 14,25%, a meta da taxa de juros Selic deve chegar a 15,25% no fechamento de 2016, segundo o centro (mediana) da previsão de economistas consultados pelo Banco Central.
A informação consta na última edição do ano do boletim Focus, pesquisa divulgada semanalmente pela instituição.
Enquanto a maioria dos principais indicadores permaneceu estável, a previsão para os juros foi fortemente revisada desde a semana passada, quando se esperava uma meta da Selic de 14,75% para o período.
É a sétima semana seguida em que os economistas ajustam para cima sua previsão de alta dos juros para o final de 2016.
A taxa Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle ou estimular a economia.
Se os juros caem muito, a população tem mais acesso ao crédito e pode consumir mais. Esse aumento da demanda pode pressionar os preços caso a indústria não esteja preparada para atender a um consumo maior.
Por outro lado, se os juros sobem, a autoridade monetária inibe consumo e investimento —que ficam mais caros—, a economia se desacelera e evita-se que os preços subam, ou seja, que haja inflação.
A meta é um patamar ideal apontado pelo Banco Central para a taxa. Com ela, a entidade indica ao mercado que atuará para abaixar ou elevar o indicador de forma a mantê-lo em torno do nível almejado.
Como não haverá mais nenhuma reunião de revisão da Selic até o fim de 2015, não há novas previsões de economistas para a taxa no ano.
PIB, INFLAÇÃO E CÂMBIO
A previsão de economistas para o PIB no fechamento de 2015 é de retração de 3,70%, a mesma da semana anterior.
Para 2016 espera-se queda de 2,81%, desempenho um pouco abaixo dos 2,80% previstos na semana passada.
A previsão para a inflação oficial medida pelo IPCA é de 10,72%, leve aumento frente os 10,70% previstos na semana anterior.
Para 2016 espera-se IPCA em 6,86%. Há uma semana, esperava-se a taxa em 6,87%.
As previsões para a taxa de câmbio foram mantidas em R$ 3,90 para o fechamento de 2015 e R$ 4,20 para o fechamento de 2016.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
POLÍTICA E ECONOMIA