segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Economistas preveem juros em 15,25% para o final de 2016

Alex Almeida - 5.out.2008/Folhapress
 

Atualmente em 14,25%, a meta da taxa de juros Selic deve chegar a 15,25% no fechamento de 2016, segundo o centro (mediana) da previsão de economistas consultados pelo Banco Central.


A informação consta na última edição do ano do boletim Focus, pesquisa divulgada semanalmente pela instituição.

Enquanto a maioria dos principais indicadores permaneceu estável, a previsão para os juros foi fortemente revisada desde a semana passada, quando se esperava uma meta da Selic de 14,75% para o período.

É a sétima semana seguida em que os economistas ajustam para cima sua previsão de alta dos juros para o final de 2016.



A taxa Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle ou estimular a economia.

Se os juros caem muito, a população tem mais acesso ao crédito e pode consumir mais. Esse aumento da demanda pode pressionar os preços caso a indústria não esteja preparada para atender a um consumo maior.

Por outro lado, se os juros sobem, a autoridade monetária inibe consumo e investimento —que ficam mais caros—, a economia se desacelera e evita-se que os preços subam, ou seja, que haja inflação.

A meta é um patamar ideal apontado pelo Banco Central para a taxa. Com ela, a entidade indica ao mercado que atuará para abaixar ou elevar o indicador de forma a mantê-lo em torno do nível almejado.

Como não haverá mais nenhuma reunião de revisão da Selic até o fim de 2015, não há novas previsões de economistas para a taxa no ano.

PIB, INFLAÇÃO E CÂMBIO

A previsão de economistas para o PIB no fechamento de 2015 é de retração de 3,70%, a mesma da semana anterior.

Para 2016 espera-se queda de 2,81%, desempenho um pouco abaixo dos 2,80% previstos na semana passada.

A previsão para a inflação oficial medida pelo IPCA é de 10,72%, leve aumento frente os 10,70% previstos na semana anterior.

Para 2016 espera-se IPCA em 6,86%. Há uma semana, esperava-se a taxa em 6,87%.

As previsões para a taxa de câmbio foram mantidas em R$ 3,90 para o fechamento de 2015 e R$ 4,20 para o fechamento de 2016. 



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