O Facebook tirou do ar o perfil do movimento Vem Pra Rua Brasil, um dos
grupos à frente dos protestos contra o governo federal ocorridos neste
ano.
Com quase 750 mil curtidas, a página ficou inacessível neste sábado (12)
durante cerca de quatro horas até voltar ao ar por volta das 15h50.
"Depois de 4 horas fora do ar, sem nenhuma explicação razoável para
isso, a página do Vem Pra Rua está de volta! Isso se chama censura. Mas
não intimidará o movimento!", publicaram os administradores do perfil.
Mais cedo, o grupo havia reclamado da suspensão em postagem na conta do Vem Pra Rua no Twitter:
O bloqueio, que segundo membros do grupo foi creditado a denúncias por
"conteúdo impróprio", aconteceu às vésperas de mais uma rodada de
manifestações a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT).
Neste domingo, estão previstos protestos simultâneos em capitais, como
São Paulo e Rio de Janeiro, e em cidades de todo o Brasil.
Diego Padgurschi - 26.out.2015/Folhapress | ||
Membros do Vem Pra Rua pedem o impeachment de Dilma Rousseff em frente ao Masp, em outubro |
Também em sua conta no Twitter, o empresário Rogerio Chequer, um dos
principais articuladores da manifestação anti-Dilma ocorrida em outubro,
afirmou que seu perfil pessoal no Facebook também foi bloqueado.
"URGENTE! Censura! O Facebook acaba de derrubar minha página pessoal
(Rogerio Chequer) assim como a página do Vem Pra Rua", escreveu Chequer
em mensagem distribuída pelo Whatsapp.
Ele continua: "Estamos na véspera de uma manifestação pró Impeachment em
todo Brasil, e isto é uma clara forma de CENSURA. É nesta democracia
que você quer viver, onde a verdade é suprimida e o povo escravizado por
uma ideologia?".
Na tarde de sábado (12), a página do empresário na rede social continuava inacessível.
Reprodução | ||
O empresario Rogerio Chequer, 46, um dos lideres do Vem pra Rua, grupo de oposição a Dilma Rousseff |
FACEBOOK
Procurado, o Facebook não respondeu aos questionamentos da reportagem sobre os porquês do bloqueio e do restabelecimento.
Entre outras questões, a reportagem perguntou quais determinações do
documento "Padrões da Comunidade do Facebook" teriam sido infringidas
pela página do movimento e como o Facebook avalia as denúncias recebidas
e suas fontes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
POLÍTICA E ECONOMIA