O Palácio do Planalto divulgou nota oficial nesta sexta-feira (18). "A
presidente agradece a dedicação do ministro Joaquim Levy, que teve papel
fundamental no enfrentamento da crise econômica, e deseja muito sucesso
nos seus desafios futuros".
A decisão foi apressada após Levy fazer um discurso de despedida em
reunião interna no Ministério da Fazenda. Ele já havia combinado a saída
com a presidente, mas ficaria de confirmar sua exoneração no início de
janeiro.
E Valdir Simão, atual ministro da Controladoria-Geral da União, assume o Ministério do Planejamento no lugar de Barbosa.
No lugar de Simão, na Controladoria-Geral da União, assume interinamente
Carlos Higino Ribeiro de Alencar, secretário-executivo da pasta.
DESPEDIDA
Levy
divulgou nota afirmando que ele e a equipe fizeram o que foi proposto
em janeiro, quando assumiu o cargo, pelo menos naquilo que dependia
deles.
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MUDANÇA NA FAZENDA |
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Barbosa substitui Levy no ministério |
No documento apresentado como balanço de fim de ano, em clima de
despedida do governo, ele disse que chegou ao fim de 2015 preocupado com
a situação do país, particularmente com a da economia. Além disso, os
reflexos negativos da crise na atividade econômica e na geração de
empregos poderão se estender por 2016.
Ao falar sobre seu legado, disse que "o tempo saberá mostrar os
resultados que se colherão de tudo que foi feito até agora" e
responsabilizou a turbulência política pela maior parte da crise.
"Seria uma injustiça comigo, com minha equipe e com a presidente Dilma
Rousseff achar que o país enfrenta uma recessão pelo fato de termos
proposto e, em alguma medida, já implementado um ajuste fiscal. Um
ajuste pelo qual ela tem se empenhado", afirmou.
"Boa parte da queda do PIB
decorre de processos políticos, que tiveram importante impacto na
economia, criando incerteza e multiplicidade de cenários que levaram à
retração da atividade de empresas e indivíduos."
Disse ainda que ninguém quer o impeachment primeira opção, "especialmente se o governo mostrar como serão as políticas econômicas nos próximos três anos."
Levy afirmou que, ao contrário do que é muitas vezes sugerido, a agenda
do ministério sempre foi muito além do ajuste fiscal, que não será
suficiente para superar a crise atual, e que são necessárias reformas
como a da Previdência Social. E defendeu que o governo deve seguir esse
caminho e não o de relaxamento de restrições orçamentárias para tentar
socorrer alguns setores econômicos.
Por fim, repetiu a frase dita pela manhã em café com jornalistas de que "o país não pode ficar parado, porque, hoje, ficar parado é andar para trás."
Dilma faz gestos antes de entrevista coletiva no Palácio do Planalto após reunião com juristas contrários ao impeachment
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POLÍTICA E ECONOMIA