O Palácio do Planalto divulgou nota oficial nesta sexta-feira (18). "A
presidente agradece a dedicação do ministro Joaquim Levy, que teve papel
fundamental no enfrentamento da crise econômica, e deseja muito sucesso
nos seus desafios futuros".
A decisão foi apressada após Levy fazer um discurso de despedida em
reunião interna no Ministério da Fazenda. Ele já havia combinado a saída
com a presidente, mas ficaria de confirmar sua exoneração no início de
janeiro.
E Valdir Simão, atual ministro da Controladoria-Geral da União, assume o Ministério do Planejamento no lugar de Barbosa.
No lugar de Simão, na Controladoria-Geral da União, assume interinamente
Carlos Higino Ribeiro de Alencar, secretário-executivo da pasta.
DESPEDIDA
Levy
divulgou nota afirmando que ele e a equipe fizeram o que foi proposto
em janeiro, quando assumiu o cargo, pelo menos naquilo que dependia
deles.
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MUDANÇA NA FAZENDA |
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Barbosa substitui Levy no ministério |
Ao falar sobre seu legado, disse que "o tempo saberá mostrar os
resultados que se colherão de tudo que foi feito até agora" e
responsabilizou a turbulência política pela maior parte da crise.
"Seria uma injustiça comigo, com minha equipe e com a presidente Dilma
Rousseff achar que o país enfrenta uma recessão pelo fato de termos
proposto e, em alguma medida, já implementado um ajuste fiscal. Um
ajuste pelo qual ela tem se empenhado", afirmou.
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"Boa parte da queda do PIB
decorre de processos políticos, que tiveram importante impacto na
economia, criando incerteza e multiplicidade de cenários que levaram à
retração da atividade de empresas e indivíduos."
Disse ainda que ninguém quer o impeachment primeira opção, "especialmente se o governo mostrar como serão as políticas econômicas nos próximos três anos."
Levy afirmou que, ao contrário do que é muitas vezes sugerido, a agenda
do ministério sempre foi muito além do ajuste fiscal, que não será
suficiente para superar a crise atual, e que são necessárias reformas
como a da Previdência Social. E defendeu que o governo deve seguir esse
caminho e não o de relaxamento de restrições orçamentárias para tentar
socorrer alguns setores econômicos.
Por fim, repetiu a frase dita pela manhã em café com jornalistas de que "o país não pode ficar parado, porque, hoje, ficar parado é andar para trás."
Dilma faz gestos antes de entrevista coletiva no Palácio do Planalto após reunião com juristas contrários ao impeachment
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POLÍTICA E ECONOMIA