Marcelo Justo - 7.out.2010/Folhapress
Aeronave da Korean Air decola no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos
A gestora de fundos canadense Brookfield assumiu na madrugada desta sexta-feira (18) o compromisso de comprar por R$ 1,35 bilhão a participação de 24,4% da OAS na Invepar, concessionária que controla o aeroporto de Guarulhos.
A operação ainda está sujeita a uma "due dilligence" —avaliação profunda das contas— que será feita pela Brookfield.
A operação ainda está sujeita a uma "due dilligence" —avaliação profunda das contas— que será feita pela Brookfield.
A venda da Invepar, o principal ativo da OAS, faz parte do plano de recuperação judicial da empresa, aprovado pelos credores durante a madrugada (leia mais abaixo). A empresa é alvo da Operação Lava Jato e está altamente endividada.
A compra pela Brookfield não está garantida, mas todos os passos para que ela ocorra foram tomados.
Em assembleia, os credores da OAS aprovaram o valor oferecido pela Brookfield. A proposta será oficialmente feita durante o leilão do ativo, que ocorre em cerca de 30 dias.
Se alguém ofertar um valor mais alto, a Brookfield tem direito de cobri-lo oferecendo 1% a mais e ainda ficar com a Invepar.
Depois do leilão, o negócio segue ainda para avaliação dos sócios na Invepar: os fundos Previ, Petros e Funcef. Se eles não exercerem seu direito preferencial de comprar o ativo, a Brookfield finalmente ficará com a fatia da OAS na Invepar. Procurada, a gestora de fundos confirmou o negócio.
Para garantir a preferência no leilão da Invepar, a Brookfield chegou a negociar o empréstimo de R$ 800 milhões adiantados à OAS. Mas com a recessão e muitos ativos à venda, os canadenses desistiram do empréstimo.
A OAS terá que esperar a venda de sua fatia na concessionária, seu ativo mais valioso, para abastecer seu caixa.
Conforme a Folha antecipou, o plano de recuperação judicial prevê ainda uma segunda alternativa. Se tudo der errado no negócio com a Brookfield e não aparecer outro comprador, os principais credores ficarão com a empresa.
Se alguém ofertar um valor mais alto, a Brookfield tem direito de cobri-lo oferecendo 1% a mais e ainda ficar com a Invepar.
Depois do leilão, o negócio segue ainda para avaliação dos sócios na Invepar: os fundos Previ, Petros e Funcef. Se eles não exercerem seu direito preferencial de comprar o ativo, a Brookfield finalmente ficará com a fatia da OAS na Invepar. Procurada, a gestora de fundos confirmou o negócio.
Para garantir a preferência no leilão da Invepar, a Brookfield chegou a negociar o empréstimo de R$ 800 milhões adiantados à OAS. Mas com a recessão e muitos ativos à venda, os canadenses desistiram do empréstimo.
A OAS terá que esperar a venda de sua fatia na concessionária, seu ativo mais valioso, para abastecer seu caixa.
Conforme a Folha antecipou, o plano de recuperação judicial prevê ainda uma segunda alternativa. Se tudo der errado no negócio com a Brookfield e não aparecer outro comprador, os principais credores ficarão com a empresa.
Apu Gomes/Folhapress | |
Prédio em construção da OAS Em São Paulo |
DÍVIDA
Os credores da OAS aprovaram também na madrugada o plano de recuperação judicial e aceitaram que a construtora deixe de pagar 70% de sua dívida para a maior parte deles.
A dívida total da OAS varia entre R$ 9 bilhões e R$ 11 bilhões conforme a cotação do dólar, porque a maior parte está em moeda estrangeira.
Esse desconto vale para os investidores internacionais detentores de títulos de dívida no exterior, que representam cerca de 80% dos débitos totais.
Todos os credores, inclusive pequenos fornecedores, terão que aceitar um longo prazo de pagamento, de cerca de 19 anos.
Essas regras não atingem o FI-FGTS, que tem como garantia parte das ações da Invepar. Assim que o ativo for vendido eles recebem sua parte sem desconto.
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