1º .set.2006 -
Mais de um ano após o assalto em Fortaleza, quadrilha foi presa em
Porto Alegre escavando túneis que seriam usados em furtos a agências do
Banrisul e da Caixa Econômica. Alguns criminosos, como Raimundo Laurindo
e Lucivaldo Laurindo, presos na ação, participaram do furto no Ceará
Fabio Lima - 4.mar.2008/Diário do Nordeste
Durante
as investigações do furto ao Banco Central de Fortaleza, que completa
dez anos na próxima quarta (5), um agente da Polícia Federal disfarçado
manteve um relacionamento amoroso com uma familiar de Antônio Jussivan
Alves dos Santos, o Alemão, um dos chefes do bando. O objetivo era
descobrir seu paradeiro –ele foi preso em 2008.
O disfarce foi revelado pela Folha em 2010. Com a ressalva de preservar sua identidade, o agente de 41 anos falou à reportagem. Uma década após o furto, 133 pessoas foram denunciadas, 94, condenadas, 30, presas e 5 estão foragidas. A Justiça estima que, dos R$ 164,8 milhões levados, de R$ 30 milhões a R$ 60 milhões tenham sido recuperados.
*
Uma vez ouvi uma autoridade dizendo que o furto ao Banco Central tinha sido espetacular. Pode ter sido, mas dez vezes mais espetacular foi o trabalho dos agentes da Polícia Federal. Dá um livro.
O furto aconteceu numa sexta-feira [5 de agosto de 2005] e só foi detectado na segunda [8]. Na terça-feira [9], uma equipe estava montada.
Durante cerca de quatro ou cinco anos, se você me perguntasse qual era o nome do ladrão que roubou a padaria da esquina da minha casa, eu não saberia dizer, porque nesse período a gente só fez isso. Eu não chamaria de investigação. Chamaria de caçada.
O José Marleúdo [de Almeida, que cumpre pena de 21 anos e seis meses], cunhado do Alemão [Antônio Jussivan Alves dos Santos, um dos chefes do bando], passou dois anos na mata, por exemplo.
A gente o prendeu quando ele voltou para a civilização. Ele estava jogando sinuca num boteco de Mossoró (RN). A gente se aproximou, e eu o tratei pelo nome. Quando me identifiquei, ele desmaiou.
Fizemos um trabalho muito silencioso. A maioria das prisões foi cirúrgica, como em Mossoró. Chegava todo mundo de bermuda, dava voz de prisão e ia embora. Talvez seja uma das explicações para o sucesso do trabalho.
Dois criminosos que a gente nunca conseguiu pegar foram para a zona rural [hoje, são cinco foragidos]. Eles perceberam que os colegas estavam sendo pegos facilmente. Na zona rural é mais difícil porque eles conhecem o terreno mais do que a gente.
Fizemos três incursões em dois anos para pegar um deles e perdemos as três. Por quê? Nesses lugares, as pessoas são muito simples. Eles arregimentam como informantes os vizinhos que são simpáticos e eliminam os que representam algum perigo.
Se você pegar as estatísticas de homicídio sem autoria em Boa Viagem (CE), onde alguns se esconderam, vai ver que, especialmente em 2007, tem vários homicídios sem autoria na região. Não é à toa.
Mas não tenho dúvidas de que uma hora os foragidos vão cair. Se até eu me aposentar a minha equipe não pegar, a Polícia Federal continua.
Investigar é nossa obsessão. Todo dia quando acordo penso em dois grupos de pessoas: as que nós já prendemos e as que vamos prender.
Entrei em 2001 na Polícia Federal. Era um discreto professor de português e, pouco antes, fui cobrador de ônibus.
Tenho aversão a entrevistas por questão de sobrevivência. Quero sair vivo da polícia, e só faltam 15 anos. Se depender de vocês jornalistas [que querem publicar detalhes da investigação], o colega que for tentar [se infiltrar] será morto na entrada.
Em 2010, a Folha publicou que eu tinha jeito de galã [ri]. Obrigado, mas não me considero um galã. Nasci no Piauí. Sou o típico nordestino.
A gente tem restrições em divulgar as técnicas porque as pessoas que praticaram o furto não são criminosos comuns. Não estavam ali por problemas sociais. São profissionais. E, querendo ou não, esse tipo de técnica desperta raiva em quem caiu nela.
Não posso dizer que fiz assim ou assado [na infiltração] porque ultrapassaria o aspecto ético do meu trabalho. Há várias pessoas envolvidas e preciso preservá-las.
Agora, dez anos depois, mesmo os que foram condenados às penas mais altas vão ter o direito de responder em regime aberto. Alguns já estão na rua. Será um reencontro, porque essas pessoas vão cometer crimes de novo.
Os erros que eles cometeram eles já sabem. Fizeram um planejamento espetacular até botar a mão no dinheiro. Mas não se programaram para gastar esse dinheiro.
Deixaram muitos rastros. Um dos criminosos foi jogar R$ 3 no bicho na esquina, deu R$ 50 e não quis o troco. Não percebeu que instituiu a principal testemunha contra ele.
A avaliação do nosso trabalho é positiva. Quando deixamos o Alemão no presídio, filmamos a entrada dele com interesse pedagógico: que os garotos vissem e não achassem que assaltar é bonito, no sentido hollywoodiano.
27.fev.2008 -
Apontado pela Polícia Federal como um dos mentores do furto ao Banco
Central de Fortaleza, Antônio Jussivan Alves dos Santos, o Alemão, foi
preso em Brasília, quando chegava a uma loja de pneus. Em um dos
processos, ele foi condenado em segunda instância a 35 anos e dez meses
de prisão por furto, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e uso de
documento falso
26.fev.2008/Polícia Federal/AFP
19.nov.2008 -
Polícia Federal dá por encerrada a Operação Toupeira, que investigava o
furto ao Banco Central de Fortaleza em agosto de 2005. Ao todo, foram
denunciadas 133 pessoas, das quais 94 foram condenadas; Notas e armas
apreendidas pela Polícia Federal na casa de Antonio Jussivan Alves dos
Santos, o Alemão, em Brasília, DF
31.jul.2009 -
Moisés Teixeira da Silva, conhecido como Tatuzão por ter conhecimento
de construção de túneis, foi preso em São Paulo depois de a Polícia
Federal infiltrar um agente entre os funcionários da padaria frequentada
pelo criminoso. Moisés também era um dos fugitivos do Carandiru. Ele
foi condenado a 14 anos de prisão
22.jul.2011 -
Estreia nos cinemas de São Paulo o filme "Assalto ao Banco Central",
que tinha pouca ligação com a realidade. O triângulo amoroso vivido por
Carla (Hermila Guedes), Barão (Milhem Cortaz) e Mineiro (Eriberto Leão)
não existiu. A única mulher do grupo, Geniglei Alves dos Santos, irmã de
Antonio Jussivan Alves, o Alemão, era secretária da empresa de fachada
criada pelo bando e não se relacionou com nenhum dos ladrões
26.nov.2001 -
Em São Paulo, 108 presos escaparam por um túnel do Carandiru. Entre
eles, estava Alejandro Camacho, irmão de Marcos Herbas Camacho, o
Marcola, chefe do PCC. Alguns dos fugitivos, como Pedro José da Cruz,
participariam do assalto ao Banco Central de Fortaleza, quatro anos
depois
26.nov.2001 -
Em São Paulo, 108 presos escaparam por um túnel do Carandiru. Entre
eles, estava Alejandro Camacho, irmão de Marcos Herbas Camacho, o
Marcola, chefe do PCC. Alguns dos fugitivos, como Pedro José da Cruz,
participariam do assalto ao Banco Central de Fortaleza, quatro anos
depois
1º.mai.2005 -
Casa de nº 1071 na rua 25 de Março, no centro de Fortaleza (CE), foi
alugada por R$ 600 mensais para servir de sede de uma falsa empresa de
grama sintética. Na edícula dos fundos, começou a ser construído um
túnel de 75 metros de extensão até o prédio do Banco Central
1º.mai.2005 -
Banheiro da casa utilizada pelos ladrões para efetuar o roubo, na rua
25 de Março, nº 1071, no centro de Fortaleza (CE), foi alugada por R$
600 mensais para servir de sede de uma falsa empresa de grama sintética.
Na edícula dos fundos, começou a ser construído um túnel de 75 metros
de extensão até o prédio do Banco Central
5.ago.2005 -
Após romperem um bloco de 1,10 metro de concreto e aço, criminosos
acessaram o cofre do Banco Central de Forteleza e levaram R$ 164.755.150
em notas de R$ 50 que tinha sido tiradas de circulação. Buraco de 42 cm
x 34 cm foi feito atrás de um empilhadeira, que tampava a visão das
câmeras de segurança. Os equipamentos não gravavam as imagens
5.ago.2005 -
Após romperem um bloco de 1,10 metro de concreto e aço, criminosos
acessaram o cofre do Banco Central de Forteleza e levaram R$ 164.755.150
em notas de R$ 50 que tinha sido tiradas de circulação. Buraco de 42 cm
x 34 cm foi feito atrás de um empilhadeira, que tampava a visão das
câmeras de segurança. Os equipamentos não gravavam as imagens
7.out.2005 -
Luiz Fernando Ribeiro, o Fê, apontado como um dos financiadores do
assalto ao Banco Central de Fortaleza, foi vítima de sequestro enquanto
entregava a chave de sua picape blindada para o manobrista de um bar em
Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. A família pagou um resgate de R$ 2
milhões, mas o corpo foi encontrado no dia 20 de outubro, em
Camanducaia (MG)
1º.abril.2006 -
O agricultor de Boa Viagem (CE) Antônio Jussiê dos Santos, irmão de
Antônio Jussivan Alves dos Santos, o Alemão, um dos mentores do furto ao
Banco Central de Fortaleza, foi sequestrado. Doze dias depois, após
sofrer torturas, foi solto. A família pagou resgate de R$ 70 mil
29.jun.2006 -
Em Natal (RN), crianças entraram numa casa vazia na periferia da cidade
para buscar uma bola que havia caído no quintal. Elas acabaram
encontrando R$ 418 mil escondidos numa bolsa e numa caixa de isopor
enterrada. Parte do dinheiro estava mofada
Paulo Francisco - 1º.ago.2006/Folhapress
29.jun.2006 -
Em Natal (RN), crianças entraram numa casa vazia na periferia da cidade
para buscar uma bola que havia caído no quintal. Elas acabaram
encontrando R$ 418 mil escondidos numa bolsa e numa caixa de isopor
enterrada. Parte do dinheiro estava mofada
DELEGADOS DE POLÍCIA PARAM E IRÃO AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PEDIR INTERVENÇÃO FEDERAL NO RIO GRANDE http://cinenegocioseimoveis.blogspot.com.br/2015/08/delegados-de-policia-param-e-irao-ao.html
ResponderExcluir