A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e três entidades ligadas à
magistratura lançaram nesta quarta-feira (5) um manifesto contra a PEC
da Bengala, proposta de emenda à Constituição que amplia de 70 para 75
anos a idade limite para a permanência de juízes, desembargadores e
ministros de tribunais superiores nas cortes.
O manifesto foi lançado uma vez que alguns integrantes do PMDB e do
"blocão" (PTB, PSC, PR e Solidariedade) estão articulado a votação da
matéria, que já foi aprovada em 2005 pelo Senado e desde 2006 está
parada aguardando votação no plenário da Câmara dos Deputados.
Além da OAB, assinam o manifesto a Ajufe (Associação dos Juízes Federais
do Brasil), a AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) e a Anamatra
(Associação Nacional dos magistrados da Justiça do Trabalho).
De acordo com as entidades, esticar em cinco anos a aposentadoria compulsória de magistrados imobiliza a carreira, uma vez que quem está nos postos de comando ficarão mais tempo, impedindo a ascensão de juízes mais novos.
Além disso, ainda de acordo com as entidades, a PEC da Bengala impediria a oxigenação jurisprudencial dos tribunais, que demorariam mais para atualizar seus entendimentos sobre temas em que a sociedade já avançou.
Cinco dos dez ministros da composição atual do STF (Supremo Tribunal Federal) farão 70 anos de idade nos próximos quatro anos. Com isso, as discussões sobre a PEC da Bengala têm ganhado força desde a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Até o fim de seu segundo mandato, ela indicará seis ministros para o STF. Devido a isso, em 2016, somente um dos ministros da corte não terá sido escolhido por um governo do PT. No caso, Gilmar Mendes, indicado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
FOLHA>UOL
Editoria de Arte/Folhapress |
De acordo com as entidades, esticar em cinco anos a aposentadoria compulsória de magistrados imobiliza a carreira, uma vez que quem está nos postos de comando ficarão mais tempo, impedindo a ascensão de juízes mais novos.
Além disso, ainda de acordo com as entidades, a PEC da Bengala impediria a oxigenação jurisprudencial dos tribunais, que demorariam mais para atualizar seus entendimentos sobre temas em que a sociedade já avançou.
Cinco dos dez ministros da composição atual do STF (Supremo Tribunal Federal) farão 70 anos de idade nos próximos quatro anos. Com isso, as discussões sobre a PEC da Bengala têm ganhado força desde a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Até o fim de seu segundo mandato, ela indicará seis ministros para o STF. Devido a isso, em 2016, somente um dos ministros da corte não terá sido escolhido por um governo do PT. No caso, Gilmar Mendes, indicado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
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