O Ministério Público italiano interpôs recurso, nesta
segunda-feira (17), contra a decisão do tribunal de apelação de Bolonha
que negou, no último dia 10 de outubro, a extradição de Henrique
Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil.
No recurso interposto na Corte de Cassação, o procurador-geral
substituto italiano Alberto Candi pede a reforma da decisão, em apoio à
posição do governo brasileiro.
Amanhã (18), o governo brasileiro deverá entrar com recurso, via Advocacia Geral da União.
Condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por corrupção, peculato e
lavagem de dinheiro na ação do mensalão, Pizzolato deixou a prisão em
outubro.
A corte de Bolonha negara a extradição de Pizzolato com base no
“risco do preso receber tratamento degradante no sistema prisional
brasileiro”.
A procuradoria italiana considerou que a decisão da Corte foi fundamentada em juízo “genérico e certamente insuficiente”.
O MP da Itália requer que seja anulada a decisão e revogada a medida
cautelar que liberou o ex-diretor do BB, considerando “o fortíssimo e
concreto” perigo de fuga de Pizzolato.
Em outubro, Eduardo Pelella, chefe de gabinete do procurador-geral da
República, afirmou que a corte ignorou a garantia de que Pizzolato
ficaria em uma ala segura no presídio da Papuda, em Brasília, ou nos
dois presídios de Santa Catarina.
A Procuradoria Geral da República brasileira forneceu informações
atualizadas sobre as condições do presídio da Papuda ao MP da Itália.
O governo brasileiro ofereceu garantias de que Pizzolato poderia
cumprir a pena em condições adequadas em Brasília ou em Santa Catarina.
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