O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) afirmou nesta quarta-feira (26) à
CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista da Petrobras que
apresentou à Procuradoria Geral do Distrito Federal uma queixa-crime
contra a presidente da Petrobras, Graça Foster, por ter feito "falso
testemunho" durante audiência do colegiado em 11 de junho.
Segundo Lorenzoni, a presidente da Petrobras sabia de indícios de
superfaturamentos em obras da estatal e mentiu em depoimento à CPI. "A
senhora Graça Foster esteve nesta CPI, jurou, testemunhou e mentiu",
disse o deputado.
Em 27 de maio, portanto 15 dias antes, a Petrobras havia recebido uma
carta enviada pela SBM, fornecedora da estatal, avisando que o
Ministério Público holandês tinha informação de que "foram pagos valores
a empregados da Petrobras por meio do representante no Brasil". Em
depoimento à CPI sobre o assunto, Graça negou que a empresa tenha
detectado irregularidades.
A oposição já havia protocolado representações que pediam o afastamento
imediato de Graça do cargo na Petrobras pelo mesmo motivo. Os pedidos
foram encaminhados para a Procuradoria da República no Distrito Federal e
pelo Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União.
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26.nov.2014
- O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) afirmou nesta quarta-feira (26) à
CPI que apresentou à Procuradoria Geral do Distrito Federal uma
queixa-crime contra a presidente da Petrobras, Graça Foster, por ter
feito "falso testemunho" durante audiência do colegiado em 11 de junho. A
reunião de hoje foi destinada ao depoimento da diretora-geral da ANP
(Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Magda
Chambriard (esquerda), sobre procedimentos de segurança para
funcionários da Petrobras Wilson Dias/ Agência Brasil
"Eu trago essa notícia com pesar porque pra mim é uma tragédia que a
presidente minta no Congresso, quando ela diz que não há problema onde
há problema. É inadmissível que ela venha prestar falso testemunho",
disse Lorenzoni.
Para o líder do PSDB na Câmara, deputado Antônio Imbassahy (BA), Graça
não tem "autoridade moral" para continuar na direção da Petrobras.
A reunião de hoje foi destinada ao depoimento da diretora-geral da ANP
(Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Magda
Chambriard, sobre procedimentos de segurança para funcionários da
Petrobras.
Para a oposição, o testemunho da diretora não contribui para a
investigação e é uma manobra do governo para adiar as conclusões das
apurações de denúncias contra a estatal.
O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) apresentou requerimentos para
convocar a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva para darem explicações sobre as irregularidades da Petrobras.
Para justificar seu pedido, Caiado citou reportagem da revista "Veja" de
22 de novembro que afirma que o ex-diretor da petroleira Paulo Roberto
Costa teria em setembro de 2009 enviado um e-mail à Dilma, então
ministra-chefe da Casa Civil, de havia fortes indícios de
superfaturamentos em obras da Petrobras. E, portanto, Lula e ela tiveram
"condições de adotar medidas".
Os requerimentos precisam, no entanto, serem aprovados em votação dos
parlamentares na CPI. Como a maioria dos integrantes fazem parte da base
do governo, não há garantias de que as convocações de Dilma e Lula
sejam aceitas.
"Eu não acredito que haja evidências para convocar o ex-presidente Lula
e a presidente Dilma", declarou o relator Afonso Florence (PT-BA). Ele
substitui o deputado Marco Maia (PT-RS), que está de licença médica
devido a um acidente de moto.
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