Symantec: empresa descobriu rebuscado vírus que espiona computadores desde 2008
São Paulo – Um rebuscado vírus espionou computadores
ao redor do mundo desde 2008 sem ser descoberto. A informação foi
publicada em um relatório da empresa de segurança Symantec,
desenvolvedora do antivírus Norton.
O malware
é conhecido como Regin e é descrito pela empresa como “uma avançada
ferramenta de espionagem, com um desenvolvimento técnico raramente
visto”.
O Regin teria sido usado por anos para espionar empresas,
governos, operações de infraestrutura, negócios e pesquisas. De acordo
com a Symantec, ele está em atividade desde 2008 e nunca havia sido
detectado.
O grau de sofisticação do Regin sugere que ele tenha demorado meses ou
anos para ser desenvolvido. O desenvolvimento fez com que o malware seja
capaz de apagar seus rastros, o que dificultou muito a sua descoberta.
“Suas capacidades e seu grau de recursos indicam que o Regin é uma das
maiores ferramentas de ciberespionagem usadas por uma nação”, escreve a
Symantec em um post em seu blog. A empresa, no entanto, não diz qual
poderia ser o país desenvolvedor do malware.
O vírus foi analisado em um trabalho publicado pela Symantec.
“O principal propósito do Regin é coletar informações e foi usado para
juntar dados de organizações governamentais”, escreve a empresa.
O vírus, que data de 2008, desapareceu abruptamente em 2011. No ano passado, porém, ele reapareceu em uma nova versão.
A Symantec diz que ainda não conseguiu decifrar o Regin por completo.
Pode ser que o vírus tenha funcionalidades que a empresa ainda não foi
capaz de entender.
O vírus atingiu principalmente pessoas comuns e pequenos negócios
(foram 48% das infecções). Em seguido estão infraestruturas de telecomunicações (com 28%). Nelas entram tanto estruturas de internet,
como de telefonia ou outras áreas. Em seguidas estão hospitais (com
9%), organizações de energia (5%), empresas e órgão que lidam com
transporte aéreo (5%) e centros de pesquisa (5%).
O país com maior número de infecções é a Rússia, com 28%. Em seguida está a Arábia Saudita (com 45%) e Irlanda e México com 9% cada um. Os outros são países do Oriente Médio e Europa. O Brasil não figura entre os países com contaminação.
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