Os 21 presos
na nova fase Operação Lava Jato da Polícia Federal foram transferidos
para a carceragem da Superintendência Regional da PF em Curitiba por
volta das 4h30 deste sábado (15).
Os detidos devem passar por exame de corpo delito ainda na manhã deste sábado e, a partir daí, poderão prestar depoimentos às autoridades. A maioria dos presos está sob regime de prisão temporária, que tem prazo de duração até a próxima terça-feira (25).
Advogados dos suspeitos vão tentar obter a soltura dos clientes hoje por meio de pedidos de habeas corpus ao TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região.
SÉTIMA FASE DA LAVA JATO
A PF prendeu nesta sexta-feira (14) 21 executivos, entre eles três presidentes de empreiteiras e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, ligado ao PT, na sétima fase da Operação Lava Jato. A ação investiga o maior esquema de corrupção da história da estatal, que teria desviado recursos para políticos que apoiam o governo.
Na ofensiva da PF contra essas empresas, batizada de Juízo Final, foram presos entre os presidentes José Pinheiro Filho, da OAS, Valdir Carreira, da Iesa, e Ricardo Pessoa, da UTC. Pessoa foi apontado como coordenador do "clube", como era chamado o cartel das empreiteiras. As prisões envolveram executivos de oito dessas companhias. Na Odebrechet houve só busca e apreensão.
Dos 25 mandados de prisão, quatro pessoas ainda não foram localizadas, entre elas o lobista Fernando Soares, apontado como o operador do PMDB na Petrobras.
As empresas envolvidas criticaram as prisões preventivas e afirmaram estar à disposição da Justiça. "Era mais fácil advogar na ditadura", disse Antonio Claudio Mariz, advogado de um dos executivos da Camargo Corrêa.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que estava "envergonhado, como brasileiro, de falar sobre o que está acontecendo na Petrobras".
A operação ocorreu um dia depois de a estatal adiar a divulgação do balanço do terceiro trimestre.
FOLHA
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