O delator da Operação Lava Jato que chamou atenção por aceitar devolver
US$ 97 milhões à União em troca de penas menores teve participação em
todos os grandes projetos da Petrobras nos últimos dez anos. No
currículo, há contratos com empresas escolhidas sem licitação.
O engenheiro Pedro Barusco, 58, era braço-direito do ex-diretor de
Serviços da Petrobras Renato Duque, que cumpre prisão preventiva. Com a
delação premiada assinada dias antes da operação da PF vir à tona, o
engenheiro se livrou de ir para a cadeia.
A Folha procurou Barusco em sua casa, mas foi informada de que ele deixou o imóvel na última quarta-feira e não retornou. Localizada no Joá, bairro conhecido pelos imóveis de alto padrão no Rio, a casa tem vista para a praia da Joatinga e é avaliada entre R$ 6 milhões e R$ 8 milhões.
Como gerente executivo de engenharia da Petrobras, cargo que exerceu até 2011, Barusco foi responsável por conduzir e reportar à diretoria quase todas as licitações das obras da refinaria de Abreu e Lima, assinadas, na maioria, com construtoras citadas por outros dois delatores, Paulo Roberto Costa e Alberto Yousseff, por suposto envolvimento em irregularidades.
Abreu e Lima teve o custo elevado de US$ 2,5 bilhões para US$ 18,5 bilhões. Já no Comperj, outro projeto que teve a participação de Barusco, o orçamento saltou de R$ 6,5 bilhões para R$ 13,5 bilhões.
Uma das licitações que Barusco conduziu, para os dutos em Abreu e Lima, em 2009, foi cancelada por preços excessivos. Em vez de fazer outra licitação, Barusco propôs contratar, sem concorrência, o consórcio Conduto-Egesa, por R$ 650 milhões.
A Petrobras alegou que, por lei, pode contratar sem licitar e que o preço final ficou abaixo do máximo estipulado.
Assim que a Petrobras comprou 50% da refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006, Barusco tentou levar a Odebrecht, sem concorrência, para sua ampliação.
Ele propôs uma carta de intenção com a empreiteira –e teve aval dos diretores– sob alegação de que era a única brasileira com experiência em engenharia nos EUA. A obra, de US$ 2,5 bilhões, foi rejeitada pelos sócios belgas.
O fato de ter tido Barusco como diretor por dois anos trouxe preocupações à Sete Brasil, empresa de aluguel de sondas de perfuração de poços de petróleo. O caso será discutido pela cúpula da empresa no dia 27. O presidente da empresa, Luiz Carneiro, mandou auditar todos os contratos conduzidos por Barusco.
A Odebrecht informa que não recebeu convite da Petrobras para a obra de Pasadena, e sim, que foi procurada sobre o interesse no projeto. Diz, ainda, que todos os contratos foram conquistados de acordo com a lei das licitações. A Petrobras não comentou.
FOLHA
A Folha procurou Barusco em sua casa, mas foi informada de que ele deixou o imóvel na última quarta-feira e não retornou. Localizada no Joá, bairro conhecido pelos imóveis de alto padrão no Rio, a casa tem vista para a praia da Joatinga e é avaliada entre R$ 6 milhões e R$ 8 milhões.
Como gerente executivo de engenharia da Petrobras, cargo que exerceu até 2011, Barusco foi responsável por conduzir e reportar à diretoria quase todas as licitações das obras da refinaria de Abreu e Lima, assinadas, na maioria, com construtoras citadas por outros dois delatores, Paulo Roberto Costa e Alberto Yousseff, por suposto envolvimento em irregularidades.
Abreu e Lima teve o custo elevado de US$ 2,5 bilhões para US$ 18,5 bilhões. Já no Comperj, outro projeto que teve a participação de Barusco, o orçamento saltou de R$ 6,5 bilhões para R$ 13,5 bilhões.
Uma das licitações que Barusco conduziu, para os dutos em Abreu e Lima, em 2009, foi cancelada por preços excessivos. Em vez de fazer outra licitação, Barusco propôs contratar, sem concorrência, o consórcio Conduto-Egesa, por R$ 650 milhões.
A Petrobras alegou que, por lei, pode contratar sem licitar e que o preço final ficou abaixo do máximo estipulado.
Assim que a Petrobras comprou 50% da refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006, Barusco tentou levar a Odebrecht, sem concorrência, para sua ampliação.
Ele propôs uma carta de intenção com a empreiteira –e teve aval dos diretores– sob alegação de que era a única brasileira com experiência em engenharia nos EUA. A obra, de US$ 2,5 bilhões, foi rejeitada pelos sócios belgas.
O fato de ter tido Barusco como diretor por dois anos trouxe preocupações à Sete Brasil, empresa de aluguel de sondas de perfuração de poços de petróleo. O caso será discutido pela cúpula da empresa no dia 27. O presidente da empresa, Luiz Carneiro, mandou auditar todos os contratos conduzidos por Barusco.
A Odebrecht informa que não recebeu convite da Petrobras para a obra de Pasadena, e sim, que foi procurada sobre o interesse no projeto. Diz, ainda, que todos os contratos foram conquistados de acordo com a lei das licitações. A Petrobras não comentou.
FOLHA
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