sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Ex-diretor da Petrobras, Renato Duque é preso pela PF no Rio


Márcia Foletto/Agência O Globo
O ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque chega à sede da Polícia Federal no Rio
O ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque chega à sede da Polícia Federal no Rio

O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque foi preso pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (14) durante nova fase da Operação Lava Jato, que investiga crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. 

Duque tem ligações com o PT e fpaoi indicado ao cargo pelo ex-ministro José Dirceu (PT). O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e dois executivos ligados à Toyo-Setal –empresa que tem contratos de mais de R$ 4 bilhões com a estatal–, Augusto Ribeiro de Mendonça Neto e Julio Camargo afirmaram em delação premiada que Duque era beneficiado pelo esquema de suborno. Duque nega as acusações e entrou com uma ação contra Costa. 

A PF concentra as buscas de hoje em 11 grandes empreiteiras e cumpre 27 mandados de prisão contra executivos e outros investigados. 

Ao todo, 300 policiais participam da ação, que acontece em São Paulo, Paraná, Rio, Pernambuco, Minas e no Distrito Federal. 

Os grupos investigados registraram, segundo dados do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), operações financeiras atípicas num montante que supera os R$ 10 bilhões. Durante a investigação, o doleiro Alberto Youssef –que está preso e colabora com a Justiça por meio da delação premiada– apontou que o esquema envolvia desvio de dinheiro Petrobras. 

A Justiça decretou o bloqueio de R$ 720 milhões que pertencem a 36 investigados. Foi autorizado também o bloqueio integral de valores pertencentes a três empresas suspeitas de participar do esquema. 

Em São Paulo, estão sendo cumpridos 29 mandados de busca, 17 de prisão e mais 9 de condução coercitiva –quando a pessoa é levada para prestar depoimento obrigatoriamente.
Outros 11 mandados de busca e 6 de prisão são cumpridos no Rio. No Paraná, são 2 de busca e 1 de prisão. No DF, mais 1 de busca e 1 de prisão. Em Minas e Pernambuco, são cumpridos 2 mandados de busca em cada Estado. 

Segundo a PF, os envolvidos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.
 

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