Atuando como "mestre de cerimônias", o senador Aécio Neves (PSDB-MG),
candidato derrotado ao Palácio do Planalto, disse em reunião da
Executiva Nacional do PSDB e aliados nesta quarta-feira (5) que "o diabo
se envergonharia" do que o PT fez nas eleições presidenciais deste ano.
"As eleições deste ano tiveram marcas muito claras, distintas, uma
delas protagonizada por nossos adversários. A campanha da infâmia, da
mentira, da utilização sem limites da máquina pública como objeto de
poder. Pelo menos cumpriram a palavra, disseram que iam fazer o diabo
nas eleições, o diabo se envergonharia de muitas coisas que foram feitas
durante essas eleições", afirmou o senador.
Aécio citou a palavra "diabo" em referência ao que a presidente Dilma Rousseff (PT) disse em março do ano passado sobre fazer "o diabo na eleição".
O senador abriu a reunião da Executiva Nacional do PSDB propondo um pacto a toda oposição ao governo petista.
"Nós estamos a partir de hoje selando aqui um pacto de uma oposição
revigorada e vitoriosa, porque disputamos essas eleições falando a
verdade", declarou o tucano. "Tão importante quanto governar é fazer
oposição".
O tucano fez duras críticas ao governo e prometeu
fazer oposição com a "mesma determinação" que se preparou para ser
presidente do país. "Com a mesma determinação que me preparei para
encarar a candidatura, eu me preparei para fazer oposição. A oposição
brasileira hoje não precisa de um líder, ela tem na alma de milhões de
brasileiros a indignação", declarou Aécio. Para ele, o brasileiro tem a
esperança de que tudo melhore e que é papel da oposição exigir isto do
governo.
A reunião contou com líderes do DEM, Solidariedade,
PSC, PPS e PP, além de parlamentares e membros do PSDB. Participam do
encontro Rubens Bueno (PPS-PR), Roberto Freire (PPS), Pastor Everaldo
(PSC), Mendonça Filho (DEM-PE) e Paulinho da Força (SD). O senador
eleito por São Paulo, José Serra (PSDB-SP) e o governador reeleito
Geraldo Alckmin não compareceram.
Aécio retornou ao Congresso Nacional ontem (4) e foi recebido por militantes com festa, aplausos e até Hino Nacional.
Após a eleição, o parlamentar tem sido considerado o principal líder da
oposição, que na s
emana passada forçou a primeira derrota no Congresso
da presidente Dilma após a reeleição, com a derrubada de um decreto
presidencial sobre conselhos populares.
O prefeito de Manaus,
Arthur Virgílio (PSDB), fez um discurso criticando a presidente Dilma
Rousseff (PT) e o governo petista. "Eu fico bravo quando eles
[petistas] falam que são contra financiamento público porque a Petrobras
financia as eleições há muito tempo", disse Virgílio. "Eu tenho
convicção que o tempo vai passar rápido, nós temos uma presidente
fraca." Para ele a oposição "fez muito bem de derrubar o decreto dos
conselhos bolivarianos". O prefeito também exaltou Aécio. "Um senador
com 51 milhões de votos é a primeira vez".
"É consenso que Aécio saiu muito forte dessa eleição", afirmou o Mendonça Filho.
27.out.2014
- Um apoiador da presidente Dilma Rousseff celebra sozinho a reeleição
da candidata do PT diante do Palácio da Alvorada, em Brasília, nesta
segunda-feira (27). Dilma foi reeleita no segundo turno na campanha mais
apertada vivenciada pelo Brasil nas últimas três décadas Eraldo Peres/AP
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