quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Congresso encerra sessão que poderia derrubar veto a reajuste do Judiciário

Brasil em crise

  Em meio a bate-boca entre deputados e pressão de servidores, o Congresso Nacional encerrou no início da tarde desta quarta-feira (2) sessão conjunta da Câmara e do Senado que poderia derrubar o veto da presidente Dilma Rousseff ao reajuste médio de 59,5% para os servidores do Judiciário.

A medida vetada por Dilma é um os destaques da pauta-bomba que o Congresso patrocinou nos últimos meses.

O governo mobilizou sua hoje fragilizada base de apoio para derrubar a sessão por falta de quórum. Momentos antes do encerramento, o plenário da Câmara –onde era realizada a sessão– estava cheio e prestes a atingir o número mínimo de 257 deputados e 41 senadores.

Ao encerrar a sessão sob o argumento de que o quórum mínimo não foi atingido, o presidente da sessão, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), foi hostilizado por deputados da oposição e por congressistas alinhados às demandas dos servidores.

"Entregue logo as chaves do Parlamento para a Dilma", protestou de dedo em riste o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG).

Das galerias, servidores gritaram "covarde" em coro para os congressistas.

"Se alguém quer ganhar no grito aqui são os corporativistas, esses irresponsáveis que querem quebrar o país", afirmou o deputado Silvio Costa (PSC-PE), um dos vice-líderes do governo.

Aprovado pelo Congresso e vetado por Dilma, o reajuste teria impacto de R$ 25 bilhões, segundo o ministro Nelson Barbosa (Planejamento). O Planalto negocia com a cúpula do Judiciário um acordo e tenta convencer os congressistas a manter o veto.

Mas setores do funcionalismo insatisfeitos com o veto e com os resultados da negociação têm tomado os corredores do Congresso nas últimas semanas e, nesta quarta, lotaram o gramado em frente à Câmara e o Senado e promoveram um barulhento protesto, com o uso de vuvuzelas


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