quarta-feira, 30 de abril de 2014

Sentença do mensalão foi 80% política e 20% jurídica, afirma Lula

Ex-presidente diz à TV portuguesa que presos no mensalão não eram ‘gente de minha confiança’

São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em entrevista exibida na noite de sábado, 26, pela Radio e Televisão de Portugal (RTP) que o julgamento do mensalão teve "80% de decisão política e 20% de decisão jurídica". Foi a primeira avaliação direta do petista sobre a sentença que levou à prisão ex-dirigentes do PT. Sobre os condenados, Lula afirmou: "Não se trata de gente da minha confiança".
Reprodução
'História do mensalão ainda será recontada', repetiu o ex-presidente
Em novembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal começou a expedir as ordens de prisão dos condenados no mensalão. No Feriado da República, apresentaram-se à Polícia Federal o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o ex-presidente do PT José Genoino. Um dia depois, foi a vez de Delúbio Soares, ex-tesoureiro do partido, se entregar à PF. O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha foi preso em fevereiro. Todos foram condenados por participar do esquema de compra de apoio político no Congresso no início do governo Lula.


"O mensalão teve praticamente 80% de decisão política e 20% de decisão jurídica. O que eu acho é que não houve mensalão", disse Lula na entrevista em Lisboa, onde esteve na sexta-feira como convidado do governo para a comemoração dos 40 anos da Revolução dos Cravos, que redemocratizou o país após 41 anos de ditadura.


Em seguida, a jornalista Cristina Esteves perguntava sobre o fato de pessoas da confiança do ex-presidente terem sido presas, mas foi interrompida por Lula. "Não se trata de gente da minha confiança", afirmou o ex-presidente. E emendou: "Tem companheiro do PT preso. E eu também não vou ficar discutindo a decisão da Suprema Corte. O que eu acho é que essa história vai ser recontada". Lula disse na entrevista – que durou pouco menos de 40 minutos – que o processo do mensalão foi "um massacre que visava a destruir o PT". "E não conseguiram."


Pouco antes de deixar a Presidência, no fim de 2010, Lula havia dito que iria "desmontar a farsa do mensalão". Já fora do Palácio do Planalto, o ex-presidente evitou fazer comentários sobre o julgamento, que teve início a 2 de agosto de 2012 e levou à condenação de 25 dos 38 denunciados pelo Ministério Público.


No início do mês, Lula já havia dito em entrevista a blogueiros, em São Paulo, que o mensalão deveria ser recontado e que era preciso estudar a "participação e o poder de condenação" da mídia nesse processo.


Dilma. Lula também aproveitou para defender o governo de sua sucessora, Dilma Rousseff. A queda de popularidade da presidente e a possibilidade de troca na chapa do PT que vai disputar a eleição em outubro foi abordada na entrevista – e voltou a ser negada pelo petista. "O Lula não é candidato. Eu não vou ser candidato. A Dilma é uma mulher de extrema competência. Ela vai vencer as eleições", afirmou.
O ex-presidente riu, pouco depois, ao ser provocado a falar sobre o fato de sua popularidade não ter despencado com a de Dilma – que se recuperava da queda provocada pelas manifestações de junho, mas recentemente passou a enfrentar o desgaste das denúncias sobre irregularidades na Petrobrás. "O povo é mais esperto do que algumas 
pessoas imaginam", afirmou.


O ex-presidente comentou ainda a possibilidade de ocorrerem protestos durante a Copa do Mundo e rebateu as críticas que têm sido feitas sobre o custo dos estádios, dos aeroportos e de outras obras destinadas a receber os jogos do Mundial. Lula afirmou que não se faz Copa do Mundo "pensando só em dinheiro".
 
 
A entrevista teve longas conversas sobre política internacional e a situação da economia europeia. A crise em Portugal foi marcante nas celebrações dos 40 anos da Revolução dos Cravos. Provocado a analisar os problemas do governo socialista de François Hollande na França, Lula deixou um conselho: "Os políticos têm de assumir, decidir e dizer para onde o país tem que ir". 
 
                                         
 

'Desqualificação da Corte é fato grave e merece repúdio', diz Barbosa

Presidente do Supremo repudia críticas de Lula ao mensalão; em entrevista a uma rede de TV portuguesa, ex-presidente da República disse que julgamento foi 80% político e 20% jurídico

 
Brasília - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, repudiou as críticas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao julgamento do mensalão. "Lamento profundamente que um ex-presidente da República tenha escolhido um órgão da imprensa estrangeira para questionar a lisura do trabalho realizado pelos membros da mais alta Corte de Justiça do País", disse.


Para o ministro, "a desqualificação do Supremo Tribunal Federal, pilar essencial da democracia brasileira, é um fato grave que merece o mais veemente repúdio. Essa iniciativa emite um sinal de desesperança para o cidadão comum, já indignado com a corrupção e a impunidade, e acuado pela violência. Os cidadãos brasileiros clamam por justiça".


Relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa disse que a tramitação do processo foi "absolutamente transparente". "Pela primeira vez na história do tribunal, todas as partes de um processo criminal puderam ter acesso simultaneamente aos autos, a partir de qualquer ponto do território nacional uma vez que toda a documentação fora digitalizada e estava disponível na rede."


O ministro acrescentou que as cerca de 60 sessões consumidas com o julgamento foram públicas, com transmissão ao vivo pela TV Justiça. "Os advogados dos réus acompanharam, desde o primeiro dia, todos os passos do andamento do processo e puderam requerer todas as diligências e provas indispensáveis ao exercício do direito de defesa."


Joaquim Barbosa disse ainda que todos os réus e o Ministério Público puderam indicar testemunhas. "Foram indicadas, no total, cerca de 600." O presidente do STF afirmou que a acusação e a defesa tiveram mais de quatro anos para trazer ao STF as provas de seus interesses. "Além da prova testemunhal, foram feitas inúmeras perícias, muitas delas realizadas por órgãos e entidades situadas na esfera de mando e influência do presidente da República, tais como Banco Central do Brasil, Banco do Brasil, Polícia Federal, Coaf."
"Portanto, o juízo de valor emitido pelo ex-chefe de Estado não encontra qualquer respaldo na realidade e revela pura e simplesmente sua dificuldade de compreender o extraordinário papel reservado a um Judiciário independente em uma democracia verdadeiramente digna desse nome." 

Fonte: ESTADÃO

domingo, 27 de abril de 2014

Fundo de pensão controlado por sindicalistas ligados ao PT tem perda de até R$ 500 milhões


Enquanto a ingerência política mergulha a Petrobras numa das maiores crises de sua História, o fundo de pensão dos funcionários da estatal, a Fundação Petros, vive dias turbulentos pelos mesmos motivos. Pela primeira vez em dez anos, as contas da entidade foram rejeitadas por unanimidade por seu conselho fiscal. Nem mesmo os dois conselheiros indicados pela Petrobras no colegiado de quatro cadeiras recomendaram a aprovação das demonstrações financeiras de 2013, que apontaram um déficit operacional de R$ 2,8 bilhões no principal plano de benefícios dos funcionários da estatal e um rombo que pode chegar a R$ 500 milhões com despesas de administração de planos de outras categorias. Mesmo assim, as contas foram aprovadas no órgão superior da entidade, o conselho deliberativo, abrindo uma crise interna no fundo.

Um grupo de conselheiros eleitos descontentes resolveu recorrer à Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), órgão que fiscaliza fundos de pensão, para denunciar a direção da Petros, controlada por sindicalistas ligados ao PT desde 2003. Os resultados dos investimentos da fundação têm recebido pareceres contrários do conselho fiscal há dez anos, mas apenas com o voto dos conselheiros eleitos pelos funcionários. No entanto, as contas sempre foram aprovadas pelo conselho deliberativo, órgão superior, no qual a Petrobras, patrocinadora do fundo, indica o presidente, tendo direito a voto de desempate. A estatal, no entanto, nem tem precisado usar esse recurso.

O conselho deliberativo tem seis integrantes, três eleitos pelos funcionários e três indicados pela Petrobras. Um dos eleitos pelos empregados, Paulo Cezar Chamadoiro Martin, passou a votar com os conselheiros da Petrobras, aprovando decisões por maioria simples. Foi o que aconteceu no último dia 31 de março, quando o conselho deliberativo ignorou o parecer unânime do conselho fiscal e aprovou as contas da Petros sem sequer mencioná-lo. Martin é dirigente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), entidade ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), braço sindical do PT. Sindicalistas ocupam cargos de confiança na Petrobras, que tem obtido apoio da FUP na Petros.

Os conselheiros vencidos, um suplente e dois conselheiros fiscais também eleitos pelos funcionários foram a Brasília entregar à Previc duas denúncias e duas consultas pedindo maior rigor na fiscalização das contas do fundo.

Nos documentos, obtidos pelo GLOBO, eles apontam que o principal motivo da reprovação das contas da Petros pelo conselho fiscal foi o fato de a maioria dos quase 40 planos de outras categorias que passaram a ser geridos pela fundação durante o governo Lula ser deficitária: não geram recursos suficientes para pagar os custos de administração. Esses custos estão saindo do mesmo fundo de administração dos dois planos originais da Petros, que terão de pagar a aposentadoria de 75 mil funcionários da Petrobras e suas subsidiárias. O cálculo dos conselheiros, baseado em dados que atribuem à própria Petros, é que, em cinco anos, os dois planos perderam pelo menos R$ 200 milhões. Esse montante, alegam, pode chegar a R$ 500 milhões, se for corrigido.
Fonte:O Globo - Publicação de O blog do Murilo
Matéria enviada por Lago Neto

quinta-feira, 24 de abril de 2014

STF determina instalação imediata da CPI “exclusiva” da Petrobrás

Na decisão que atende aos pedidos feitos pela oposição, ministra Rosa Weber ordena a suspensão da discussão em plenário sobre a abrangência da comissão parlamentar


A ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber atendeu na noite desta quarta-feira, 23, a oposição e concedeu uma liminar que determina a instalação imediata de uma Comissão Parlamentar de Inquérito com foco apenas em suspeitas sobre a Petrobrás. A decisão compromete a estratégia do governo de incluir na comissão apurações sobre o cartel de trens em São Paulo, o que atingiria o PSDB de Aécio Neves, e obras do Porto de Suape em Pernambuco, o que fustigaria o PSB de Eduardo Campos.

A ministra afirmou que o direito garantido à minoria de criar CPIs para investigar irregularidades não pode ser submetido ao crivo da maioria, como propôs o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) - ele pediu que o plenário da Casa analisasse a possibilidade de instalar a CPI ampliada. Assim, até que o mérito da causa seja julgado por todos os ministros do STF, Renan não pode submeter o assunto aos senadores.


Os governistas devem recorrer da decisão, o que levará a liminar a ser julgada pelo STF em prazo incerto. O recurso pode ser usado como argumento político pelos governistas a fim de retardar a instalação da CPI. Pela decisão de Rosa Weber, porém, os membros da comissão, assim como seu presidente e seu relator, já podem ser indicados pelos partidos.


Os partidos oposicionistas querem uma investigação restrita à administração da Petrobrás no governo petista, especialmente a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. A negociação teve o aval da então ministra da Casa Civil Dilma Rousseff. A presidente justificou sua decisão dizendo que a decisão foi tomada com base em um resumo executivo "falho".


Com as assinaturas necessárias coletadas pelos partidos de oposição, os governistas buscaram alternativas para diluir possíveis prejuízos eleitorais para Dilma, que tentará reeleição.
Daí surgiu a tática de incluir na apuração o cartel e as obras do porto pernambucano. Renan comandou a operação - o peemedebista está atualmente de licença da Presidência do Senado porque vai participar da missa em ação de graças pela canonização de São José de Anchieta, a ser celebrada nesta quinta pelo papa Francisco na Igreja de Santo Inácio de Loyola, em Roma.


Redução de danos. Além dos prováveis recursos para que as liminares sejam analisadas pelo plenário do STF, manobras políticas ainda podem atrasar o início das investigações. No passado, em razão da recusa dos partidos em indicar os integrantes da CPI dos Bingos, o Supremo determinou que o presidente do Senado promovesse as escolhas. Entretanto, não há prazo para isso.

Depois, as negociações políticas sobre quem presidirá a CPI e quem relatará as investigações podem se arrastar por semanas, gerando embates entre governo e oposição. Os governistas ainda tentam esvaziar as investigações apoiando a aprovação de convites para que integrantes do governo sejam ouvidos em comissões temáticas no Congresso, menos hostis que uma CPI. Independentemente dos desfecho do caso, o Palácio do Planalto já trabalha para sintonizar os discursos dos integrantes do governo que comparecerão ao Congresso nos próximos dias. Tudo para evitar divergentes que oponham a gestão de Dilma à de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva.

Confira trecho da decisão: 

"(...) defiro em parte a liminar , sem prejuízo, por óbvio, da definição, no momento oportuno, pelo Plenário desta Suprema Corte, da cognoscibilidade da presente ação mandamental e de seu mérito, e até que tal ocorra, para suspender o ato impugnado, no que implica submeter à deliberação da maioria do Senado o requerimento da CPI da minoria, a despeito do aparente cumprimento dos requisitos constitucionais, e para determinar que a CPI seja implementada não com o objeto alargado do RQS nº 303, de 2014, e sim com o objeto restrito proposto no RQS nº 302, de 2014, de que signatários os impetrantes. Notifique-se a autoridade apontada como coatora para que preste informações, em dez dias (arts. 7º, I, da Lei 12.016/09 e 203 do RISTF). Cientifique-se a AGU (art. 7º, II, da Lei 12.016/09). Após, vista ao Ministério Público Federal (arts. 12, caput , da Lei 12.016/09 e 205 do RISTF). Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2.014 (22 h)"

Fonte: O Estado de S. Paulo
 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Entenda a compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras



Transação levantou suspeitas de evasão de divisas e superfaturamento.
 Presidente Dilma era conselheira da estatal na época da negociação.

Do G1, em São Paulo

A compra pela brasileira Petrobras de uma refinaria de petróleo em Pasadena, Texas (EUA), em 2006, levantou suspeitas de superfaturamento e evasão de divisas na negociação. Mas o caso ganhou ainda mais repercussão porque, na época, quem presidia o Conselho de Administração da estatal, que deu aval à operação, era a atual presidente da República, Dilma Rousseff.


Em 2006, a Petrobras pagou US$ 360 milhões por 50% da refinaria (US$ 190 milhões pelos papéis e US$ 170 milhões pelo petróleo que estava em Pasadena). O valor é muito superior ao pago um ano antes pela belga Astra Oil pela refinaria inteira: US$ 42,5 milhões.



Em 2008, a Petrobras e a Astra Oil se desentenderam e uma decisão judicial obrigou a estatal brasileira a comprar a parte que pertencia à empresa belga. Assim, a aquisição da refinaria de Pasadena acabou custando US$ 1,18 bilhão à petroleira nacional, mais de 27 vezes o que a Astra teve de desembolsar.

A presidente Dilma afirmou, após a abertura de investigações no Tribunal de Contas da União (TCU), Polícia Federal e Ministério Público, que só aprovou a compra dos primeiros 50% porque o relatório apresentado ao conselho pela empresa era "falho" e omitia duas cláusulas que acabaram gerando mais gastos à estatal.


Veja perguntas e respostas sobre a operação:
O que é a refinaria de Pasadena?
A refinaria de Pasadena, no Texas, é uma unidade de refino de petróleo que está localizada no Houston Ship Channel, umas das vias navegáveis mais importantes dos Estados Unidos. Tem capacidade para refinar cerca de 120 mil barris de petróleo por dia e entrou para o patrimônio da Petrobras em 2006, quando a estatal comprou 50% de suas ações.


Por que a Petrobras se interessou pela refinaria?
Na época da compra, em 2006, a estatal brasileira justificou a transação alegando que a empresa precisava expandir a quantidade de petróleo para atender principalmente ao mercado externo. Em seu site, a companhia publicou que "esta operação de compra está alinhada com o plano estratégico da Petrobras que estabelece, entre seus objetivos, consolidar-se como uma empresa integrada de energia, com forte presença internacional, expandindo as atividades de refino e comercialização, no país e no exterior, em sintonia com o crescimento dos mercados".


Qual a polêmica em relação à compra da refinaria?
A Petrobras teria desembolsado um valor muito alto pela usina, o que originou investigações no Brasil de evasão de divisas e de superfaturamento. A empresa belga Astra Oil pagou US$ 42,5 milhões por toda a refinaria em 2005 e, um ano depois, a estatal brasileira gastou US$ 360 milhões para ter apenas 50% das ações (US$ 190 milhões pelos papéis e US$ 170 milhões pelo petróleo que estava em Pasadena). Além dessa diferença, o custo total que saiu do caixa da Petrobras ficou muito maior porque o contrato assinado por ambas contava com uma cláusula (chamada Put Option) que iria prejudicar ainda mais a estatal no futuro. Uma segunda cláusula, a Marlim, também foi motivo de desavença entre Astra e Petrobras.


O que são as cláusulas Put Option e Marlim?
A Put Option determinava que, em caso de desacordo entre os sócios, a outra parte seria obrigada a adquirir o restante das ações. A Marlim garantia à sócia da Petrobras, Astra Oil, um lucro de 6,9% ao ano.


Por que a presidente Dilma Rousseff está envolvida nesse negócio?
Em 2006, a atual presidente da República era ministra da Casa Civil no governo Lula e presidia o conselho de administração da estatal.
Qual foi o papel de Dilma na compra?
Com conselheira, Dilma votou a favor da compra do primeiro bloco de 50% das ações, em 2006.
O que diz Dilma sobre a compra?
Em nota divulgada na última quarta-feira (19), a presidente Dilma afirma que votou a favor da compra da refinaria em 2006 – quando presidia o Conselho de Administração da Petrobras – baseada em parecer “falho” e em documentação que omitia duas cláusulas do contrato, chamadas Put Option e Marlim. Essas cláusulas, mais tarde, obrigariam a estatal a desembolsar mais dinheiro no negócio, o que gerou um gasto total de US$ 1,18 bilhão.
    •   

Como é formado e o que faz o Conselho de Administração da Petrobras?
O Conselho de Administração da Petrobras é composto por 10 integrantes escolhidos para um mandato de um ano. Eles são escolhidos pelos acionistas, a maioria pelo acionista controlador, que é o governo. Apenas um conselheiro é eleito por empregados da companhia.

O conselho tem reuniões ordinárias uma vez por mês, e reuniões extraordinárias podem ser convocadas.


Qual o perfil e a situação financeira da Petrobras?
A Petrobras é uma empresa de capital aberto presente em 25 países, com papéis negociados na bolsa de valores e mais de 500 mil acionistas (573.201). Seu acionista majoritário é o governo brasileiro. A dívida líquida da companhia alcançou a marca de R$ 221,56 bilhões em dezembro de 2013.
Por que a Petrobras foi acionada na Justiça pela empresa belga?
A sócio da Petrobras em Pasadena, a Astra Oil, entrou na Justiça em 2008 após as duas não chegarem a acordo sobre investimentos na refinaria. Naquele mesmo ano, a Petrobras, segundo informações passadas na nota divulgada pela presidente Dilma, descobriu e questionou as duas cláusulas do contrato, Put Option e Marlim. Esse questionamento ajudou a aumentar a desavença entre as duas empresas. A decisão judicial saiu em 2010, quando o juiz federal do Texas ordenou que a Petrobras comprasse a parte da Astra Oil. A estatal recorreu, mas perdeu o litígio também na Câmara Internacional de Arbitragem de Nova York e em Cortes Superiores norte-americanas.
Por que a investigação demorou tanto?
A primeira suspeita de superfaturamento e suposta evasão de divisas ocorreu em 2012, ano em que a Petrobras pagou a fatura final, por decisão judicial, à sua ex-sócia Astra Oil. O valor de US$ 820,5 milhões desembolsado pela outra metade da empresa acabou despertando o interesse dos órgãos de fiscalização.


Por que a Petrobras teve que pagar tão alto pelos últimos 50% das ações?
Principalmente porque a disputa jurídica e a derrota da estatal brasileira no processo contra a Astra Oil acabaram aumentando muito a despesa, mas também por causa da valorização das ações da refinaria de Pasadena. Em abril de 2009, a Câmara Arbitral dos Estados Unidos definiu que a estatal brasileira tinha, sim, a obrigação de comprar a outra metade da sociedade e estabeleceu na ocasião o valor de US$ 466 milhões para os papéis, baseando-se no valor de mercado da usina em 1º de julho de 2008 (todos esses dados foram divulgados pela Petrobras em seu site). A esse montante foram acrescidos US$ 173 milhões, correspondentes ao reembolso de parte de uma garantia bancária fornecida à companhia pelos sócios, juros, honorários e despesas processuais. A Petrobras, no entanto, recorreu, perdeu em outras instâncias e só quitou o débito três anos depois, em 2012, o que, com mais juros e custos legais, elevou a fatura para US$ 820,5 milhões.


Como começou a investigação?
A investigação foi iniciada em 2013 pelo Tribunal de Contas da União (TCU), isso porque um pouco antes (em novembro de 2012) o deputado federal Maurício Quintella (PR-AL) pediu à Comissão de Minas e Energia da Câmara Federal que acionasse o tribunal para apurar a compra da refinaria.


Como está o processo?
O processo que analisa a compra da refinaria de Pasadena tramita na área técnica do TCU, no Rio de Janeiro. O ministro José Jorge, relator da ação, diz esperar que até abril o relatório já esteja em seu gabinete, para que ele possa redigir seu voto. Como o procedimento ainda está aberto, o TCU não descarta ouvir os integrantes do Conselho de Administração e da Diretoria da Petrobras à época, incluindo a presidente Dilma Rousseff. A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados começou a investigar o caso e convocou ministro da Fazenda e atual presidente do Conselho da estatal, Guido Mantega, além de ex-diretores da Petrobras e a presidente da estatal, Graça Foster,  para prestar esclarecimentos na Casa.


Quem é Paulo Roberto Costa, e por que ele foi preso?
Paulo Roberto Costa é um ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, apontado com um dos responsáveis por elaborar o polêmico resumo técnico da operação de 2006, que não teria informado ao conselho de administração da estatal (presidido por Dilma) a existência das cláusulas Put Option e Marlim. Apesar de ele ter participado diretamente da compra da refinaria de Pasadena, ele foi para a cadeia por motivo não relacionado com essa negociação. A PF o acusa de participação em um esquema de lavagem de dinheiro e pela intermediação na venda irregular de glicerina de uso industrial.


O que a Petrobras tem dito sobre o assunto?
Quando o caso veio à tona, quem falou pela estatal foi o governo federal, por meio de nota do Palácio do Planalto, na qual se justificou que o aval de Dilma Rousseff à compra só foi dado porque as informações passadas ao conselho de administração omitiam cláusulas importantes do contrato. A presidente da Petrobras, Graça Foster, manteve-se inicialmente calada, mas quebrou o silêncio em entrevista ao jornal O Globo de 26 de março. Ela disse que foi "surpreendida" com a informação de supostas irregularidades na aquisição da refinaria de Pasadena e revelou que uma comissão interna da companhia foi criada para apurar o caso.

Fonte: G1

domingo, 20 de abril de 2014

O Escritor Ruy Câmara dá um tapa na cara da burguesia petista

Certamente, assim como nosso escritor Ruy Câmara, muitos  de nós queria também poder vir à público para extravasar e devolver o ódio que, além de fotografado, foi filmado justamente na presença daquele que deve à Classe Média Brasileira o enriquecimento ílicito de seu filho "Lulinha", e,  se dar por muito feliz,  não está na Papuda junto aos seus comparsas corruptos.



Para quem não conhece ou nunca viu falar nele e dele, transcrevo abaixo sua biografia:

O romancista, dramaturgo, roteirista e sociólogo brasileiro, Ruy Câmara, nasceu em Recife em 1954 e viveu a infância em Messejana, subúrbio de Fortaleza, estado do Ceará. Antes de entregar-se à literatura, Ruy Câmara exerceu os mais diversos ofícios: instrutor mecânico, técnico em lubrificação de navios, locomotivas e máquinas de terraplenagem; agente exportador na América do Sul, América Central e Caribe; e diretor de empresas multinacionais. Formado em tecnologia mecânica, cursou engenharia mecânica, estudou filosofia como autodidata, bacharelou-se em sociologia e especializou-se em dramaturgia para teatro, cinema e televisão. Após as viagens que empreendeu pelo mundo e de haver assimilado diversas culturas, em 1992, Ruy Câmara reuniu a família e anunciou que abdicara definitivamente de sua carreira empresarial para se dedicar exclusivamente à literatura. Cantos de Outono, o romance da vida de Lautréamont é seu romance de estréia, laureado como 1º finalista do “Prêmio Jabuti 2004″ pela Câmara Brasileira do Livro; vencedor do Prêmio de Ficção da Academia Brasileira de Letras, como o Melhor Romance de 2004 e Prêmio de Tradução 2009 da Associação dos Escritores de Bucareste. O autor vive atualmente na enseada do Mucuripe, em Fortaleza, e sua obra, apontada pela crítica internacional como um clássico contemporâneo, foi traduzida e publicada em mais de 58 países.

Fonte: site de Ruy Câmara

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Pasadena: bom negócio da Bélgica

Mais um grande bom negócio muito "bem" feito pela política Petista:

Bom negócio. gov - ficou bonitinho este site, não é? Mais "bonitinha" fica a cara da Classe Média pagando de trouxa. E ela quer ser reeleita!!!






           Aproveite e faça mais um bom negócio com Dilma: 



Vote consciente: 
Bom negócio. gov/
 Vou fechar as "boas"notícias de hoje com notícias de um deputado. Advinhem o Partido. Duvido!!!




quarta-feira, 16 de abril de 2014

A declaração de ódio do PT aos brasileiros da classe média.


E eu ainda me surpreeendo com o PT. Uma louca desvairada falando tanta ignorância  da classe média. Nunca vi tanta estupidez. Tanta violência. Tanto ódio contido.
 
 
 
Se não fosse a classe média que trabalha para sustentar esta juventude drogada e ociosa vivendo à custa uma infinidade de "bolsas" pagas pela classe, este Governo corrupto e traidor não estaria hoje usurpando do poder e escarnecendo de todos nós.

Este é uma mostra dos políticos do PT. Esta aí também devia era estar fazendo seu discurso lá no pátio da PAPUDA!

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Vídeos da Reunião da FAABB do di 22 de Março de 2014

Caros colegas,

Eis aqui todos os vídeos da Reunião da FAABB do di 22 de Março de 2014. Peço infinitas desculpas pelo atraso, posto que fui acometida pelo vírus INFLUENZA possívelmente herdado do colega Pontes e, vírus paraense não é de brincadeira, não é fácil livrar-se...

Encerrmento - Genésio Guimarães: 
https://www.youtube.com/watch?v=w_IreZmmUHc