domingo, 30 de março de 2014

Nota de Otávio Cabral, publicada em edição impressa de VEJA DE MOSCOU, COM AMOR

Quem é o Ministro do Exército?

Ele participou, em Moscou, da avaliação de um sistema de defesa antiaérea que o Brasil pretende comprar da Rússia. Ele não passa de um subtenente (e músico) do Exército — não é nem oficial superior. Mas é marido da ministra Ideli…

Marido da ministra Ideli Salvatti, Jeferson da Silva Figueiredo ele é subtenente músico do Exército. Mas foi para Moscou para avaliar nada menos que um sistema de defesa antiaérea que o Brasil pretende comprar da Rússia  

Nota de Otávio Cabral, publicada em edição impressa de VEJA DE MOSCOU, COM AMOR.
 
Marido da ministra Ideli Salvatti, o subtenente músico do Exército Jeferson da Silva Figueiredo participou em janeiro de sua primeira missão internacional.

Passou duas semanas na Rússia como integrante de uma comissão técnica de compras. Mas o militar músico não desembarcou em Moscou para renovar os instrumentos do Exército.

Ele foi escalado pelo ministro Celso Amorim para avaliar o sistema de defesa antiaérea que o Brasil pretende comprar da Rússia.
O Pantsir-S1, a escolha de Amorim, custa quase o triplo dos modelos preferidos pelos militares brasileiros que, ao contrário do marido de Ideli, realmente entendem do assunto.

Fonte: Veja

quinta-feira, 27 de março de 2014

CPI DA PETROBRAS

O PT não se conforma que oposicionistas façam oposição! No fim das contas, isso é ódio à democracia! Ou: Ainda não temos de imitar o modelito do anão tarado

No seu esforço para tentar impedir a criação de uma CPI da Petrobras ou qualquer investigação que fuja ao estrito controle oficial, o governo não tem se poupado, e nos poupado, do ridículo. Quem deu a largada foi o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, com a entrevista coletiva que concedeu na terça-feira. Segundo o preclaro, o pedido de investigação encaminhado por um grupo de senadores ao procurador-geral da República não se justifica porque não haveria fato novo, além das denúncias publicadas pela imprensa. Ora, e quem disse que elas já não são o bastante?


Mais: Cardozo afirma que se trata de uma ação de caráter político-eleitoral, acusação repetida pela agora apenas senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que era ministra da Casa Civil até outro dia. O que os petistas querem dizer com isso? Então o PT, quando era oposição, nunca se esforçou para criar uma CPI em ano eleitoral? Então o PT não se esforça para criar comissões de inquérito nos estados e nas cidades em que é oposição? Ora, ora…

Até o quase sempre contido Paulo Bernardo, ministro das Comunicações e marido de Gleisi, resolveu dar a sua contribuição à obviedade vertida em bobagem. Segundo ele, a CPI é do interesse da oposição! Ora, não me diga, ministro! Em todo o mundo democrático, comissões de inquérito do Poder Legislativo são justamente isto: instrumentos de que dispõe a oposição para investigar atos do Executivo.

O PT é um partido curioso! Acha que é normal que governistas defendam o governo, mas considera um absurdo que os oposicionistas o critiquem. Como costumo lembrar, governos existem em todos os países do mundo, também nas piores tiranias. Vejam agora o caso da Coreia do Norte. Kim Jong-un, aquele anãozinho tarado, decidiu que todos os homens do país devem ter o cabelo cortado como o seu: raspar as laterais da cabeça e deixar aquele tufo ridículo no topo. O que faz de um país uma democracia é justamente haver oposição, ministra Gleisi. É a gente não ser obrigado a seguir o que o mestre mandar.

Dilma afirmou que o conselho da Petrobras tomou uma decisão com base num relatório omisso; Graça Foster decidiu criar uma comissão interna na Petrobras para investigar a lambança de Pasadena; o Tribunal de Contas da União investiga a compra… Por que o Congresso, como disse Eduardo Campos, haveria de ficar de joelhos?

O que pretendem os ministros José Eduardo Cardozo, Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo? Que o Parlamento se abstenha de cumprir o seu papel só porque é ano eleitoral? Digamos, por hipótese, e isto ainda não está dado, que uma CPI possa ser positiva para as oposições. Estas deveriam, então, se abster de pedi-la, mesmo diante dos descalabros, com medo de eventuais benefícios? Essa trinca deveria citar um só regime democrático em que as oposições, afinal, não transformem os erros do governo em uma questão… política!

A situação, aliás, é mais grave do que parece. 

Eu reitero que a entrevista de Graça Foster, presidente da Petrobras, ao Globo é nitroglicerina pura. Além de ela própria denunciar a existência de um comitê secreto na bagunça de Pasadena, deixou claro que os mecanismos para a Petrobras se precaver de outras lambanças são tênues — a rigor, inexistentes.

De resto, por que tanto medo de uma CPI da Petrobras? Se Dilma diz que foi enganada; se Graça Foster diz que foi enganada, por que o Parlamento deve ficar longe da investigação? Vejam o caso do sr. José Sérgio Gabrielli. Indagado pela imprensa sobre o tal comitê secreto, ele diz que não se pronuncia sobre o assunto. Como não? É sua sucessora na Petrobras, petista como ele, quem denuncia o bunker; a empresa é de economia mista e deve satisfação a seus acionistas. O Congresso é parte da representação de que dispõe o povo brasileiro e tem o poder para fazer o sr. Gabrielli falar o que sabe — ou, então, para que faça suas confissões por intermédio do silêncio.

De resto, uma sugestão a Gleisi: é melhor redescobrir o tom e a entonação de uma parlamentar. A senadora ainda está com aquela altivez — que anseia passar por sabedoria — de quando era ministra da Casa Civil, sempre à beira de um pito. A gente já sabe, senadora, que isso não funciona. Pode até despertar certo interesse por algum tempo, mas, depois, cai no ridículo. Especialmente quando nos damos conta do que estava, e deve estar, em curso na Petrobras.

O PT não se conforma que oposicionistas façam oposição. No fim das contas, é ódio à democracia. Enquanto isto aqui não for a Coreia do Norte, não precisaremos cortar o cabelo à moda do anãozinho tarado.
Texto publicado originalmente às 22h21 desta quarta

Por Reinaldo Azevedo

Empresário ligado à venda da refinaria de Pasadena financiou a campanha de Dilma



A campanha presidencial de Dilma Rousseff recebeu da empresa nacional Tractebel, que vende energia no Brasil, R$ 1 milhão durante a corrida eleitoral de 2010. Outros R$ 550 mil foram repassados ao comitê financeiro do PT. Quatro anos antes, Dilma deu aval para a Petrobras comprar a refinaria de Pasadena, no Texas, até então pertencente à empresa belga Astra Oil, ocasionando um prejuízo bilionário ao Brasil. A Tractebel, uma companhia com sede em Florianópolis, é controlada pela francesa do setor de energia GDF Suez. O bilionário empresário belga Alfred Frére, que controla a Astra Oil por meio da Transcor Astra Group, é também um dos acionistas da gigante mundial da França.

No site oficial da GDF Suez, empresa líder do consórcio para construção da Usina Hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, uma das maiores obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Frére aparece como membro do conselho e diretor independente. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Tractebel doou R$ 1 milhão, em duas parcelas de R$ 500 mil, diretamente ao comitê financeiro nacional da campanha de Dilma Rousseff. O restante, em três parcelas de R$ 250 mil, R$ 200 mil e R$ 100 mil, foi repassado ao comitê financeiro único do PT de Rondônia e de Santa Catarina e, ainda, à direção nacional do partido.

O candidato a presidente da República do PSDB em 2010, José Serra, recebeu metade do valor doado diretamente pela Trectebel à campanha de Dilma Rousseff. Nas eleições de 2006, a mesma empresa repassou R$ 300 mil para a campanha do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nenhum outro candidato ao Planalto na época recebeu recursos da empresa.

Em 2005, o belga Albert Frére comprou a refinaria de Pasadena por US$ 42,5 milhões e vendeu metade à Petrobras, no ano seguinte, por US$ 360 milhões. Na época, Dilma era ministra de Minas e Energia e presidia o Conselho de Administração da Petrobras. O jornal O Estado de S.Paulo revelou que a presidente deu sinal verde para a compra da refinaria. A Astra Oil recebeu mais US$ 820,5 milhões referentes à outra metade da refinaria. Uma cláusula no contrato, chamada de put option, a qual Dilma alegou desconhecer, estabelecia que um deveria comprar a parte do outro em caso de litígio entre os sócios.

Legislação

O Palácio do Planalto não se manifestou sobre o assunto. O Estado de Minas entrou em contato com a assessoria de imprensa do PT, no entanto, até o fechamento desta edição, o partido não havia se pronunciado. Em resposta à reportagem, a Tractebel confirmou que Albert Frére é integrante do conselho de administração, eleito pelos acionistas do grupo GDF Suez, e ressaltou que ele não preside o colegiado. A empresa comunicou que as doações feitas foram aprovadas pelo comitê de ética do grupo. “A legislação brasileira permite que empresas privadas façam doações até o limite de 2% do seu faturamento no ano anterior”, alegou, por meio de nota.

A companhia comunicou que as doações foram equilibradas entre os principais partidos políticos e que foram priorizados os estados nos quais o grupo possui empreendimentos. “Todas as decisões tomadas pela Tractebel Energia foram efetuadas dentro das técnicas de governança corporativa”, disse. A empresa finalizou a nota dizendo que “a Tractebel Energia não comenta as atividades de seus acionistas, ou as de seu controlador, e esclarece que nenhum investidor, individualmente, tem ingerência sobre os negócios da empresa no Brasil”.

Entenda o caso

Petróleo e eleições
» Em 2005, a empresa Astra Oil, controlada pelo bilionário empresário belga Albert Frére, comprou a refinaria de Pasadena, no Texas, por R$ US$ 42,5 milhões e vendeu 50% à Petrobras, em 2006, pelo valor de US$ 360 milhões.

» O belga Albert Frére, controlador da Astra Oil por meio da Transcor Astra Group, é um dos acionistas privados da gigante GDF Suez. O grupo francês é o principal acionista da Tractebel Energia Comercializadora Ltda., uma empresa brasileira que vende energia com sede em Florianópolis.

» Em 2010, a presidente Dilma Rousseff, que deu o aval para a compra da refinaria de Pasadena quando presidia o conselho de administração da Petrobras em 2006, foi a principal beneficiada entre os candidatos à Presidência com doação de campanha realizada pela Tractebel.

» A campanha de Dilma Rousseff, de acordo com informações do TSE, recebeu R$ 1,55 milhão da Tractebel. A doação foi dividida em quatro parcelas. Duas delas, no valor de R$ 500 mil cada, foram repassadas diretamente ao comitê financeiro nacional do PT para presidente da República. O restante foi encaminhado ao comitê financeiro único do partido e à direção nacional da sigla.

» O candidato do PSDB, José Serra, recebeu R$ 500 mil. Outros R$ 300 mil foram doados pela Tractebel à direção estadual distrital.

» Valores menores foram doados pela empresa aos partidos PMDB, PDT, PR, PPS e DEM. 

João Valadares e André Shalders
Estado de Minas

quinta-feira, 20 de março de 2014

Filha de ministro do STF é nomeada ao TRF após derrotar nomes experientes

Por Mariana Haubert
BRASÍLIA, DF, 22 de março (Folhapress) - A presidente Dilma Rousseff nomeou nesta semana Letícia Mello para o cargo de desembargadora do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, que abrange o Rio de Janeiro e o Espírito Santo. Ela atuará na capital fluminense. 

 
Letícia é filha do ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello e da desembargadora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios Sandra de Santis. Aos 37 anos, Letícia é considerada nova para assumir o cargo.
 
Especialista em Direito Tributário e Administrativo, Letícia foi a mais votada em uma lista tríplice enviada pelo tribunal à Dilma. A nomeação foi assinada na terça-feira e publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira. Ela disputou o cargo com outros dois advogados mais experientes: Luiz Henrique Alochio, 43, e Rosane Thomé, 52. No meio jurídico, é tida uma advogada promissora, mas que dificilmente chegaria tão cedo a uma lista tríplice se o pai não estivesse no STF.
 
Letícia atua no escritório Ulhôa Canto Rezende e Guerra Advogados desde 1999. Ela também já foi professora de um curso de extensão na Fundação Getúlio Vargas. Ela foi indicada para o chamado quinto constitucional, reservadas a juízes indicados pela OAB.

 
Em entrevista à Folha de S.Paulo no ano passado, Marco Aurélio saiu em defesa da filha: "Se ser novo apresenta algum defeito, o tempo corrige". Ele procurou desembargadores para tratar da indicação da filha, mas nega ter pedido qualquer coisa. "Jamais pedi voto, só telefonei depois que ela os visitou para agradecer a atenção a ela".
 
Em 2013, o ministro do STF Luís Roberto Barroso enviou uma carta a desembargadores do TRF da 2ª Região exaltando as qualidades de Letícia. Os elogios foram feitos antes de ser indicado para compor a corte. Em retribuição, a advogada compareceu à posse do ministro, em junho do ano passado.

Letícia não é a única filha de ministro do STF que galga uma vaga na magistratura. Mariana Fux, 32 anos, filha do ministro Luiz Fux, disputa uma vaga no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A lista da OAB ainda não foi enviada ao TJ. 

Fonte: TNOnline FolhaPress
Publicado em 19 de Março de 2014, ás 21h17min

sexta-feira, 14 de março de 2014

Carta aberta a Letícia Spiller

Prezada Letícia,

Antes de mais nada, gostaria de dizer que admiro seu talento como atriz e também te considero muito bonita. Infelizmente, você tem endossado certas ideias um tanto estapafúrdias, aplaudido regimes nefastos como o cubano, e alegado que se arrepende de ter usado uma camisa com a bandeira americana no passado, chegando a afirmar que se fosse hoje usaria uma com o Che Guevara.


Ontem, sua casa no Itanhangá foi assaltada por bandidos armados, que lhe fizeram de refém enquanto sua filha dormia logo ao lado. Lamento o que você passou, pois deve ser, sem dúvida, uma experiência traumática. Nossa casa é nosso castelo, e se sentir inseguro nela é terrível, especialmente quando temos filhos menores morando com a gente. A sensação de impotência é avassaladora, e muitos chegam a decidir se mudar do país após experiências deste tipo.


O que eu gostaria, entretanto, é que você fosse capaz de fazer uma limonada desse limão, ou seja, que pudesse extrair lições importantes desse trauma que ajudassem a transformá-la em uma pessoa melhor, mais consciente dos reais problemas que nosso país enfrenta. Se isso acontecesse, então aquelas horas de profunda angústia não seriam em vão.


Como você talvez saiba, sou o autor do livro Esquerda Caviar, que fala exatamente de pessoas com seu perfil (aproveito para lhe oferecer um exemplar autografado, se assim desejar). Artistas e “intelectuais” ricos, que vivem no conforto que só o capitalismo pode oferecer, protegidos pela polícia “fascista”, mas que adoram pregar o socialismo, a tirania cubana ou tratar bandidos como vítimas da sociedade: eis o alvo da obra.


Essa campanha ideológica feita por esses artistas famosos acaba tendo influência em nossa cultura, pois, para o bem ou para o mal (quase sempre para o mal), atores e atrizes são formadores de opinião por aqui. Quando um Sean Penn, por exemplo, abraça o tiranete Maduro na Venezuela, ele empresta sua fama a um regime nefasto, ignorando todo o sofrimento do povo venezuelano. Isso é algo abjeto.


No Brasil, vários artistas de esquerda têm elogiado ditaduras socialistas, atacado a polícia, o capitalismo, as empresas que buscam lucrar mais de forma totalmente legítima, etc. Muitos chegaram a enaltecer os vagabundos mascarados dos black blocs, cuja ação já resultou na morte de um cinegrafista.


Pois bem: a impunidade é o maior convite ao crime que existe. Quando vocês tratam bandidos como vítimas da sociedade, como se fossem autômatos incapazes de escolher entre o certo e o errado, como se pobreza por si só levasse alguém a praticar uma invasão dessas que você sofreu, vocês incentivam o crime!


Pense nisso, Letícia. Gostaria de perguntar uma coisa: quando você se viu ali, impotente, com sua propriedade privada invadida, com armas apontadas para a sua cabeça, você realmente acreditou que estava diante de pobres vítimas da “sociedade”, coitadinhos sem oportunidade diferente na vida? Ou você torceu para que fossem presos e punidos por escolherem agir de forma tão covarde contra uma mãe e uma filha em sua própria casa?


Che Guevara, que você parece idolatrar por falta de conhecimento, achava que era absolutamente justo invadir propriedades como a sua. Afinal, o socialismo é isso: tirar dos que têm mais para dar aos que têm menos, como se riqueza fosse jogo de soma zero e fruto da exploração dos mais pobres. Você se enxerga como uma exploradora? Ou acha que sua bela casa é uma conquista legítima por ter trabalhado em várias novelas e levado diversão voluntária aos consumidores?


Nunca é tarde para aprender, para tomar a decisão correta. Por isso, Letícia, faço votos para que esse desespero que você deve ter sentido ontem se transforme em um chamado para uma mudança. Abandone a esquerda caviar, pois ela não presta, é hipócrita, e chega a ser cúmplice desse tipo de crime que você foi vítima. Saia das sombras do socialismo e passe a defender a propriedade privada, o império das leis, o fim da impunidade e o combate ao crime, nobre missão da polícia tão demonizada por seus colegas.


Te espero do lado de cá, o lado daqueles que não desejam apenas posar como “altruístas” com base em discurso hipócrita e sensacionalista, daqueles que focam mais nos resultados concretos das ideias do que no regozijo pessoal com as aparências de revolucionário engajado. Será bem-vinda, como tantos outros que já acordaram e tiveram a coragem de reconhecer o enorme equívoco das lutas passadas em prol do socialismo.

Um abraço,

Rodrigo Constantino


 Veja - Coluna Rodrigo Constantino

https://www.facebook.com/eliana.m.meneghetti/posts/10202761223088398

quarta-feira, 12 de março de 2014

Aposentados do Aerus vencem no Supremo Tribunal Federal



 STF determina que governo indenize a extinta Varig

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (12), por maioria de votos (cinco a dois), que a União deve indenizar a extinta companhia aérea Varig pelo congelamento de tarifas durante o Plano Cruzado, entre 1980 e 1990.  A decisão, acompanhada pelo senador Alvaro Dias no plenário do STF,  beneficia os aposentados do Fundo Aerus, que reúne ex-funcionários e aposentados pela Varig. Alvaro Dias participou de reuniões com representantes do Aerus e  fez, nos últimos anos, vários apelos no plenário do Senado para que fosse encontrada uma solução que beneficiasse os aposentados. 


A decisão, que se arrastava há 20 anos na Justiça, foi tomada pelo plenário do STF na análise de um recurso da União contra decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que estabeleceu que a Varig tinha direito à indenização de R$ 2,3 bilhões (em valores de 2002, ainda não corrigidos).Para a maioria dos ministros, as medidas econômicas para conter a inflação prejudicaram a empresa, que foi à falência, causando prejuízos aos funcionários. O valor atualizado, segundo a União, é de R$ 3 bilhões. O dinheiro deve ser usado para o pagamento de dívidas trabalhistas individuais e com o Aerus. O julgamento no STF começou em maio do ano passado, quando a relatora do recurso, ministra Cármen Lúcia, votou pela indenização à Varig.

  Foto: Nelson Jr./SCO/STF

segunda-feira, 10 de março de 2014

Aposentados da Varig fazem vigília à espera de decisão do STF

Aposentados e pensionistas do Aerus, fundo de pensão de companhias aéreas como Varig e Transbrasil, iniciam amanhã uma vigília em São Paulo um dia antes do STF (Supremo Tribunal Federal) retomar o julgamento da ação de defasagem tarifária movida pela Varig, previsto para ocorrer na quarta-feira.

A ação tramita há 20 anos no Judiciário e envolve valores estimados de R$ 4 bilhões, no cálculo do governo, a R$ 7 bilhões, segundo entidades e advogados que representam os trabalhadores.

O processo discute se a União deve ou não indenizar a companhia em razão da política de congelamento de tarifas vigente de outubro de 1985 a janeiro de 1992, consequência do Plano Cruzado.

A Varig venceu a ação em segunda instância antes de entrar em recuperação judicial há oito anos. A União entrou com recurso em 2007, que está em tramitação desde então.
No julgamento, o presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, deve apresentar seu voto em relação ao recurso da União. Em maio do ano passado, ele havia pedido vistas do processo, após a relatora do processo, a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, ter dado voto favorável à Varig.

No entendimento dela, a companhia teve prejuízos efetivos por causa dos planos econômicos, que ficaram comprovados ao longo do processo.

"[A Varig] não teria como não cumprir o que lhe foi determinado e, ao cumprir, assumir sozinha os danos que se sucederam, até o comprometimento não apenas dos seus deveres, que não mais puderam ser cumpridos, como dos seus funcionários, dos aposentados, dos pensionistas, cujos direitos não puderam ser honrados e que, pela delonga inclusive desta ação, estão pagando com a própria vida", afirma a ministra em seu voto.

A AGU (Advocacia-Geral da União) e a Procuradoria-Geral da República defenderam a tese de que os planos atingiram toda a sociedade e, portanto, não caberia o pagamento de qualquer indenização.

"Situação crítica"
Para Lourival Honorato Vieira, representante dos aposentados e pensionistas do Aerus, a vitória pode ajudar em parte os trabalhadores.

"Com a vigília, o objetivo é chamar a atenção de toda a população, das autoridades políticas e dos ministros do STF para a situação desesperadora que os quase dez mil aposentados e pensionistas do Aerus estão passando", disse.

"Nesses quase oito anos de penúria, aguardando pelo tão esperado julgamento, mais de 950 ex-colegas da Varig já faleceram sem ver seus direitos assegurados. Suas famílias estão totalmente desamparadas, muitas das quais tiveram que se mudar para favelas, pois não têm como sobreviver com apenas 8% do salário que o Aerus pagava", afirmou.
Segundo o representante dos aposentados, aqueles que contribuíram com o fundo para obter aposentadoria estão recebendo entre 8% e 10% do valor mensal do que deveriam receber.

Durante a vigília, prevista para ocorrer entre 9h e 17h no canteiro central da avenida Ruben Berta (altura da passarela que cruza o aeroporto de Congonhas), os manifestantes prometem fazer o enterro simbólico dos colegas que já morreram sem receber os valores demandados.  


Diário do Sudoeste FolhaPress 
Por Claudia Rolli

domingo, 9 de março de 2014

Muita atenção: há uma chapa das Eleições da PREVI apoiada pelo PSOL

ONG ligada ao PSOL e a Marcelo Freixo fica com 69% do dinheiro arrecadado para a família de Amarildo. Para quê? Para “projetos ainda indefinidos”. Ah, bom!!!










  A historia que vocês vão ler é do balacobaco.
Volto depois.

Desde julho do ano passado, o pedreiro Amarildo Dias de Souza é o símbolo máximo da luta contra a ação de maus policiais no Rio de Janeiro. O “Cadê o Amarildo?” foi usado tanto para cobrar providências como para embalar a série de manifestações contra o governador Sérgio Cabral. O corpo do homem de 43 anos que, para o Ministério Público, foi torturado e morto por PMs de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), nunca foi encontrado. A família do pedreiro passou a viver, depois de seu desaparecimento, num quadro agravado da pobreza na qual já se encontrava. Uma bem intencionada campanha conclamou artistas, intelectuais e doadores a contribuir com a viúva e os seis filhos do pedreiro. O “Somos Todos Amarildo” deu resultado. Comandado pela empresária e produtora Paula Lavigne, o projeto arrecadou 310.000 reais em dois eventos: um leilão de arte e objetos de famosos e um show no Circo Voador, com participação de Caetano Veloso e Marisa Monte. A família do pedreiro, no entanto, ficou com a menor parte: com a compra de uma casa e de mobília, foram gastos, respectivamente, 50.000 e 10.000 reais. O restante do dinheiro – 250.000 reais – ficou com o Instituto de Defesa dos Direitos Humanos (DDH), ONG que se tornou notória por defender black blocs e tem, entre seus diretores, um assessor do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), o advogado Thiago de Souza Melo.

Um dos organizadores do evento, que pede para não ser identificado, afirmou ao site de VEJA que, desde o início, a família sabia que não ficaria com o montante total do dinheiro – apesar de o uso do nome do pedreiro dar a entender que o valor seria destinado a ela. 

Mas foi informada, na ocasião, que ficaria com metade – o que, nos valores de fato arrecadados, corresponderia a 125.000 reais. “Soubemos na época que ficaríamos com metade. Como recebemos 60.000, eu pensava que o total era de 120.000”, diz Anderson Dias, de 21 anos, o primogênito, que administra, com a mãe, Elizabeth, as contas da família.

Moram na casa, além dos dois, os filhos Amarildo, de 18 anos; Beatriz, 13; Alisson, 10; e Milena, 6. Todos em uma casa de dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Só um dos filhos de Amarildo – Emerson, de 20 anos – não vive no imóvel. A área de serviço – que não tem janela – está sendo adaptada para servir como dormitório. Segundo Anderson, a casa que a família recebeu é uma construção antiga, com defeitos na rede elétrica e na parte hidráulica. Devido aos problemas encontrados, os filhos procuraram o advogado João Tancredo, presidente do DDH, para saber sobre a possibilidade de uma reforma. “Fiz um orçamento no valor de 45.000 reais. Mas Tancredo me disse que não tinha mais dinheiro”, afirma.

Os 10.000 reais que a família recebeu para comprar os móveis para a casa também não foram suficientes. Elizabeth não conseguiu comprar mesa, cadeiras e fogão. “Fiz uma lista com o que era indispensável, mas tive que cortar muita coisa. Não deu nem para comprar o fogão. Pedi a minha cunhada para usar o cartão dela e vou pagando aos poucos”, conta Elizabeth. “Não tive coragem de pedir mais dinheiro, porque achei que a outra parte seria destinada a outras pessoas pobres. Mas vou conversar sobre isso com o advogado”.

O presidente do DDH afirma que o acordo previa o repasse para a entidade de aproximadamente 250.000 reais obtidos com o leilão e o show. “Inicialmente, o projeto se resumiria a arrecadar fundos para a aquisição de uma casa em condições adequadas para a família de Amarildo. Mas logo se viu que seu desaparecimento não era um caso isolado”, explicou Tancredo, por e-mail, ao site de VEJA. Segundo ele, os recursos serão aplicados em um “projeto ainda indefinido”. As opções aventadas pela ONG envolvem o custeio de uma pesquisa para traçar o perfil dos desaparecidos, um serviço de atendimento de familiares de desaparecidos, o acompanhamento jurídico de casos do tipo ou a formação de uma rede para debater o tema. É dificil acreditar que quem contribuiu com o “Somos Todos Amarildo” desejava que seu dinheiro tivesse esse destino incerto. O cheiro de oportunismo é fortíssimo.

Voltei
 
Fatos e considerações que podem colaborar para você formar um juízo a respeito do assunto.

1: O tal DDH, que ficou com 69% da grana, é comandado por dois assessores do deputado Marcelo Freixo e atua em “causas” abraçadas pelo PSOL;

2: Freixo, claro!, diz não ter interferência nenhuma no DDH. João Tancredo, presidente da ONG, doou nada menos de R$ 260 mil para a campanha do deputado à Prefeitura, em 2012: R$ 200 mil como pessoa física e R$ 60 mil em nome de sua empresa — um escritório de advocacia. Coerente e eticamente, como é de seu feitio, o PSOL está em campanha contra a doação de empresas. Entendo.

3: O dinheiro arrecadado pela campanha, como se nota, permitiria que se comprasse uma casa melhorzinha para a família de Amarildo. Bobagem! Para pobre, está bom demais, não é mesmo? O socialismo, afinal, tem prioridades mais ambiciosas.

4: Espetacular a resposta do tal advogado. Os R$ 250 mil serão usados em projetos “ainda indefinidos”. Ah, bom! O que é um projeto indefinido quando confrontado com as necessidades da família de Amarildo?

5: No fim da contas, havia muita gente nessa história que não estava dando a menor pelota para Amarildo. Ele era apenas um pretexto. E, como se percebe, virou também uma boa fonte de arrecadação de recursos.

6: É a cara dos comunas fazer um troço como esse. As pessoas que se danem! O que interessa é a “causa”.

7: Noto, finalmente, que nada disso me surpreende. Mas, mesmo assim, é moralmente chocante. Ademais, a corretagem, se assim se pode chamar, do DDH é uma das mais altas do mercado, não é? 69%!!! Escandaliza o regime capitalista! Isso costuma ser taxa de agiota.

8: Cadê o dinheiro do Amarildo?

9: Os que doaram têm todo o direito, acho eu, de exigir seu dinheiro de volta. A Justiça teria de decidir se é estelionato. O mecanismo é rigorosamente o mesmo.



Por Gabriel Castro, na VEJA.com

sábado, 8 de março de 2014

Lula bate duro em Joaquim Barbosa

Diante dos sinais cada vez mais claros de que Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, será candidato à presidência da República, o ex-presidente Lula decidiu desafiá-lo; "Quando você indica alguém para o STF, você está dando um emprego vitalício e o cidadão, se quiser fazer política, que diga: 'Não aceito ser ministro, vou ser deputado, vou entrar num partido político e mostrar a cara. Mostre a cara'; Barbosa já consultou o STF sobre os benefícios que terá caso se aposente precocemente.




247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu falar, neste sábado, sobre o julgamento da Ação Penal 470. E mandou um recado duro para o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, que dá sinais cada vez mais claros de que trocará a toga pela política.



"O grande papel de um ministro da Suprema Corte é falar nos autos do processo e não ficar falando pela televisão o que ele pensa. Se quiser fazer política, entre num partido político e seja candidato, porque senão não tem lógica", afirmou.



Embora não tenha citado nomes, a mensagem parece endereçada a Barbosa porque Lula fez um comentário adicional. "Quando você indica alguém, você está dando um emprego vitalício e o cidadão, se quiser fazer política, que diga: 'Não aceito ser ministro, vou ser deputado, vou entrar num partido político e mostrar a cara. Mostre a cara'". Dos ministros que com maior atuação política na corte, Barbosa é o único indicado por Lula. Gilmar Mendes foi indicado por Fernando Henrique Cardoso.



Neste sábado, em entrevista ao jornalista Otávio Cabral, o ministro Marco Aurélio Mello fez uma inconfidência. Disse que Barbosa deve deixar o STF para ser candidato. Em sua coluna, Cabral também informa que um assessor de Barbosa já consultou a suprema corte para saber que benefícios ele preservará, caso decida mesmo se aposentar precocemente.



Lula fez seus comentários, ao participar de um ato da campanha de Alexandre Padilha, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Ao comentar o caso do "mensalão", Lula disse que o PT "está sofrendo porque tem companheiros presos" e afirmou ainda que solidariza com todos eles.

Fonte: Brasil 247

terça-feira, 4 de março de 2014

Embargos Infringentes dos Mensaleiros

Conheça na íntegra as Plenárias de Formação de Quadrilhas AP 470 que resultou na  absolvição dos mensaleiros do crime de FORMAÇÃO DE QUADRILHA e saiba quais os Ministros que absolveram os bandidos em questão.