A redução na capacidade das usinas hidrelétricas deve elevar mais as tarifas de energia
no próximo ano. Pelos critérios já definidos pelo governo (que serão
apresentados ao setor nesta sexta, 11), a quantidade de eletricidade que
cada unidade pode fornecer, a chamada garantia física, deve cair até
10%.
A revisão reflete um volume menor de água nas usinas, por causa de seca,
desvio de água ou acúmulo de sedimento nas represas (assoreamento). A
medida atinge inclusive usinas que renovaram as concessões sob as regras
definidas pelo governo em 2012 e, portanto, vendiam a preços menores.
Sem parte dessa energia mais barata, as distribuidoras precisarão suprir
seus consumidores com eletricidade de hidrelétricas, térmicas e eólicas
que produzem energia mais cara. Como o plano do governo ainda será
discutido, não há estimativa de quanto pode subir a tarifa.
Nos últimos 12 meses encerrados em outubro, a energia subiu em média no país 52,30%, segundo o IBGE.
ATRASO
O prazo para a reavaliação da capacidade das usinas venceu no final de 2014.
Por causa do atraso, o Tribunal de Contas da União determinou que o Ministério da Energia apresentasse um plano de reavaliação. Segundo o órgão, o plano deveria ter concluído em 2004, mas o ministério conseguiu adiá-lo em dez anos. Desde então, o país acumula um deficit na geração de energia de aproximadamente 3.500 megawatts, cerca de 7% da capacidade de geração das hidrelétricas.
Para suprir essa deficiência, desde 2008 o governo passou a leiloar o que chama "energia de reserva", a um custo de R$ 54 bilhões até 2013, valor que será pago ao longo de 20 anos. Outros custos relacionados à produção dessas usinas que já somam R$ 1,8 bilhão, sem contar valores de 2014 e 2015.
O prazo para a reavaliação da capacidade das usinas venceu no final de 2014.
Por causa do atraso, o Tribunal de Contas da União determinou que o Ministério da Energia apresentasse um plano de reavaliação. Segundo o órgão, o plano deveria ter concluído em 2004, mas o ministério conseguiu adiá-lo em dez anos. Desde então, o país acumula um deficit na geração de energia de aproximadamente 3.500 megawatts, cerca de 7% da capacidade de geração das hidrelétricas.
Para suprir essa deficiência, desde 2008 o governo passou a leiloar o que chama "energia de reserva", a um custo de R$ 54 bilhões até 2013, valor que será pago ao longo de 20 anos. Outros custos relacionados à produção dessas usinas que já somam R$ 1,8 bilhão, sem contar valores de 2014 e 2015.
Matheus Britto/Folhapress
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