Dilma Rousseff deve enviar em breve emissário para conversar com o
governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP). Vai apelar para que ele, que vem
sendo assediado pelo grupo do vice-presidente, Michel Temer, para aderir ao impeachment, ao menos fique neutro na disputa.
DE BEM
A presidente da República e o governador paulista sempre mantiveram bom relacionamento institucional. Elogios que um fazia ao outro em privado foram muitas vezes tornados públicos para reforçar a boa convivência.
A presidente da República e o governador paulista sempre mantiveram bom relacionamento institucional. Elogios que um fazia ao outro em privado foram muitas vezes tornados públicos para reforçar a boa convivência.
CALENDÁRIO
O governo aposta na divisão do PSDB, já que as agendas eleitorais de suas lideranças são divergentes. José Serra quer o impeachment já para assumir cargo de relevo num eventual governo Temer. Alckmin ainda prefere eleições em 2018, quando despontaria como provável candidato do PSDB à sucessão de Dilma.
O governo aposta na divisão do PSDB, já que as agendas eleitorais de suas lideranças são divergentes. José Serra quer o impeachment já para assumir cargo de relevo num eventual governo Temer. Alckmin ainda prefere eleições em 2018, quando despontaria como provável candidato do PSDB à sucessão de Dilma.
SÓ QUERO AJUDAR
Secretários de Alckmin, aliás, trabalham com a certeza de que Serra pode deixar o PSDB para tentar ser candidato do PMDB à Presidência.
Secretários de Alckmin, aliás, trabalham com a certeza de que Serra pode deixar o PSDB para tentar ser candidato do PMDB à Presidência.
FORA DO ESQUADRO
A hipótese de Serra ser homem forte de Michel Temer na economia, por sinal, não agrada a parte do mercado financeiro. Com "agenda política própria", segundo agente financeiro ouvido pela coluna, o tucano não faria o ajuste "nos moldes que o mercado quer".
A hipótese de Serra ser homem forte de Michel Temer na economia, por sinal, não agrada a parte do mercado financeiro. Com "agenda política própria", segundo agente financeiro ouvido pela coluna, o tucano não faria o ajuste "nos moldes que o mercado quer".
NOTA ZERO
E o economista André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, trabalha com a certeza de que o Brasil perderá em breve o grau de investimento. Ele reúne clientes e investidores nesta quarta (9) para falar sobre o cenário econômico.
E o economista André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, trabalha com a certeza de que o Brasil perderá em breve o grau de investimento. Ele reúne clientes e investidores nesta quarta (9) para falar sobre o cenário econômico.
LADEIRA ACIMA
Perfeito afirma que a discussão do impeachment nem será o fator decisivo. Mas sim a explosão dos juros no país. Em agosto de 2014, o Brasil gastou, em um ano, R$ 250 bilhões com juros. De outubro do ano passado até o mesmo mês deste ano, a conta chegou a R$ 506 bilhões.
Perfeito afirma que a discussão do impeachment nem será o fator decisivo. Mas sim a explosão dos juros no país. Em agosto de 2014, o Brasil gastou, em um ano, R$ 250 bilhões com juros. De outubro do ano passado até o mesmo mês deste ano, a conta chegou a R$ 506 bilhões.
NUNCA ANTES
"Nessa altura dos acontecimentos pode ser até bom", diz Perfeito sobre a hipótese de rebaixamento. "O país viveu anos sem isso. E poderia se organizar para fazer o ajuste possível", afirma ele.
"Nessa altura dos acontecimentos pode ser até bom", diz Perfeito sobre a hipótese de rebaixamento. "O país viveu anos sem isso. E poderia se organizar para fazer o ajuste possível", afirma ele.
CÂMERA OCULTA
A defesa do banqueiro André Esteves, preso há duas semanas, deve juntar filmes da portaria do banco BTG, que ele presidia, para mostrar que o banqueiro estava em São Paulo no dia em que se suspeita que ele participava de reunião no Rio para planejar fuga do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró do país. Esteves, segundo seu advogado, Antonio Carlos de Almeida Castro, sustenta que jamais esteve com as pessoas citadas.
A defesa do banqueiro André Esteves, preso há duas semanas, deve juntar filmes da portaria do banco BTG, que ele presidia, para mostrar que o banqueiro estava em São Paulo no dia em que se suspeita que ele participava de reunião no Rio para planejar fuga do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró do país. Esteves, segundo seu advogado, Antonio Carlos de Almeida Castro, sustenta que jamais esteve com as pessoas citadas.
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POLÍTICA E ECONOMIA