terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Dilma deve pedir a Alckmin, assediado por grupo de Temer, que fique neutro

mônica bergamoDilma Rousseff deve enviar em breve emissário para conversar com o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP). Vai apelar para que ele, que vem sendo assediado pelo grupo do vice-presidente, Michel Temer, para aderir ao impeachment, ao menos fique neutro na disputa. 



DE BEM
A presidente da República e o governador paulista sempre mantiveram bom relacionamento institucional. Elogios que um fazia ao outro em privado foram muitas vezes tornados públicos para reforçar a boa convivência. 


CALENDÁRIO
O governo aposta na divisão do PSDB, já que as agendas eleitorais de suas lideranças são divergentes. José Serra quer o impeachment já para assumir cargo de relevo num eventual governo Temer. Alckmin ainda prefere eleições em 2018, quando despontaria como provável candidato do PSDB à sucessão de Dilma. 


SÓ QUERO AJUDAR
Secretários de Alckmin, aliás, trabalham com a certeza de que Serra pode deixar o PSDB para tentar ser candidato do PMDB à Presidência. 


FORA DO ESQUADRO
A hipótese de Serra ser homem forte de Michel Temer na economia, por sinal, não agrada a parte do mercado financeiro. Com "agenda política própria", segundo agente financeiro ouvido pela coluna, o tucano não faria o ajuste "nos moldes que o mercado quer". 


NOTA ZERO
E o economista André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, trabalha com a certeza de que o Brasil perderá em breve o grau de investimento. Ele reúne clientes e investidores nesta quarta (9) para falar sobre o cenário econômico. 


LADEIRA ACIMA
Perfeito afirma que a discussão do impeachment nem será o fator decisivo. Mas sim a explosão dos juros no país. Em agosto de 2014, o Brasil gastou, em um ano, R$ 250 bilhões com juros. De outubro do ano passado até o mesmo mês deste ano, a conta chegou a R$ 506 bilhões. 


NUNCA ANTES
"Nessa altura dos acontecimentos pode ser até bom", diz Perfeito sobre a hipótese de rebaixamento. "O país viveu anos sem isso. E poderia se organizar para fazer o ajuste possível", afirma ele. 


CÂMERA OCULTA
A defesa do banqueiro André Esteves, preso há duas semanas, deve juntar filmes da portaria do banco BTG, que ele presidia, para mostrar que o banqueiro estava em São Paulo no dia em que se suspeita que ele participava de reunião no Rio para planejar fuga do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró do país. Esteves, segundo seu advogado, Antonio Carlos de Almeida Castro, sustenta que jamais esteve com as pessoas citadas. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário

POLÍTICA E ECONOMIA