As conversas para que haja
um pacto de autenticidade, credibilidade no caminho da verdade, já estão em
andamento. Intermediários de Aécio do PSDB e Marina Silva, do PSB e da Rede, já
se entendem por intermédio de personalidades da alta respeitabilidade. Se acertam
no que está sendo chamado de "acordo programático", percorre o
caminho que mais apaixona o cidadão.
Sem exigências de
troca-troca, compensações ou recompensas individuais, o que os dois candidatos
aceitam plenamente é o compromisso. Debater problemas econômicos, financeiros,
educação saúde, transporte, fim da baixaria, começo dos compromissos.
Por causa disso confirmado
o que adiantei aqui na quinta feira, quase 30 milhões que votaram. Se
abstiveram, (nem foram ás seções) deixaram em branco ou anularam
premeditadamente. Esse é o verdadeiro protesto contra o sistema partidário, o
estilo e o clima (baixaria de Dona Dilma), o horário eleitoral, o uso pela
presidente, da máquina negativa de administrar, e positiva (só para ela) de
transformar a colossal incompetência em apoios e recomendações.
O
cidadão-contribuinte-eleitor que pertence a esse grupo de 30 milhões de
ausentes deliberadamente, revelava seu descontentamento com a campanha sem
programa, sem projeto. E sem examinar o que não foi feito no setor econômico, a
inflação altíssima, o abandono do setor de transporte e de toda a
infraestrutura, os juros altíssimos, a desmoralização do País no plano nacional
e internacional. Esses 30 milhões quase elegeria, um Presidente.
Agora será inteiramente
diferente, só dois candidatos, aparecendo e não se escondendo, combatendo tudo
o que está destruindo a vida da população. Aécio com capacidade e vontade de
MUDANÇA verdadeira. Dona Dilma obrigada a defender as MUDANÇAS, não pode
enganar mais. O vencedor será quem mostrar que cumprirá o que está sendo
afirmado e comprometido.
Este primeiro turno que
acabou domingo e ontem, foi diferente em tudo o que aconteceu até aqui. Não em
matéria de emoção, grandeza, planos, projetos e compromissos oferecidos ou
garantidos ao eleitor. Aquele que foi votar acreditando que era mesmo
cidadão-contribuinte-eleitor, e o que compreendeu logo que tudo era farsa,
fraude, mistificação, sua participação não modificaria o resultado.
Desde a República até
1930, tudo se fazia com mais dignidade, formalidade, autenticidade. Era apenas
um candidato, mas ele tinha o plano, projeto, roteiro de administração, se
chamava "plataforma de governo".
Dona Marina, sem nenhum
ressentimento, aborrecimento, constrangimento, articula intensamente, para
depois então, no plano externo se encontrar P-U-B-L-I-C-A-M-E-N-T-E com
adversário de Dona Dilma, que é Aécio neves.
Até o fim da semana, num
comício gigante, Aécio e Marina estarão concretizando a marcha para a
Liberdade. Todos os partidos aliados, consultados, nada é individual.
Ainda no final do domingo,
repercutindo ontem, Aécio fez discurso emocionado; "Agora não sou mais
candidato de um partido, represento o país, preservando e garantindo sua
grandeza e seu futuro".
Dona Marina também deixou
claro, quase não podia falar, a multidão queria abraça-la de todos os modos,
mostrar que ela não foi derrotada. Disse mais ou menos o que Aécio falou,
mostrou que "2010 foi decisão individual, agora continua a luta, com o
PSB, a Rede e os aliados". É isso, não poderia ser diferente.
Era lido no "Clube
dos Diários", na época existiam poucos jornalistas e muitos donos de
jornais, que nem sabiam escrever, mas mandavam de verdade. Esse
"Clube" ficava na belíssima rua do passeio, que tinha oito cinemas,
um chafariz com escultura do Mestre Valentin. Hoje, tudo isso pertence a Daniel
Dantas, o empresário mafioso.
Isso durou exatamente 100
anos, até 1989, quando tivemos golpes civis e militares, confusões de todos os
tipos. Mas baixaria como a de agora, não ha como comparar ou condenar.
Examinando as eleições realizadas de Collor a Dona Dilma, passando por FHC e
Lula, é fácil provar que o "segundo turno é a mesma coisa do
primeiro".
Aécio pode
acabar essa rotina de vencedor
Não é fácil como eu
disse ontem, mas bastante razoável. Contrariando as pesquisas (Ibope e Datafolha, os grandes frutados, equivocados, derrotados) Dona Dilma
teve 41 por cento dos votos, Aécio 33, Marina 22. Só aí, 55 da oposição contra
41 da máquina-situacionista. Essa soma não é ilusão, nem fiz referencia aos 30
milhões que não estiveram presente domingo.
Mercado
"adivinha" Aécio, se "satisfaz" com segundo turno,
"especula" com estatais e 10 bilhões
É impossível fazer análise do
comportamento das bolsas, com base racional. Em 1929, Wall Street saiu de uma
alta de seis anos seguidos, para uma quebra que levou pânico no mundo.
Ontem, a partir de 11 da
manhã, com os resultados da madrugada de domingo, começaram a jogar, a comprar
alucinadamente. Chegou a subir 8 por cento, o movimento ultrapassou a casa dos
10 bilhões, o normal é a metade.
Petrobras PN subiu mais de 11
por cento e se manteve. Todas as estáveis subiram muito. Depois do almoço
venderam, o fechamento na "casa" dos 5 por cento. Pura
"adivinhação".
PS- Retificação obrigatória e
urgente. Esta matéria não é digitada por mim. Meu é só texto, e em defesa dele,
é que desabafo. Durante mais de 50 anos, meus textos eram considerados os
melhores e mais admirados por todos. Reconheço isso, por ser verdade, e
confirmado a frase-reflexao do Millôr: “A falsa modéstia é tão lamentável e
deplorável quanto a arrogância e a pretensão”.
PS2- Durante mais de 30
anos, registrei: “Eu e o Chateaubriand somos os únicos donos de jornais que
sabemos escrever, e escrevemos diariamente”. Quando ele morreu, em 1968,
escrevi sobre ele, (digam o que disserem, foi o maior
jornalista-empresário-senador-acadêmico-embaixador) anotei: “agora sou o único
dono de jornal que sabe escrever”.
PS3- Escrevi ontem, que Dilma
“teve 44% na boca de urna, saiu apenas 4. Quando registrei que na verdade ela
na apuração inicialmente teve só 40, novamente saiu “apenas 4”. Escrevi que
Dutra foi o condestavel do Estado Novo por 8 anos, (de 1937 a 1945) saiu 88. E
por aí vai, erros em cima de erros, displicência, imprudência, inconveniência.
PS4- Muitos e muitos erros,
cansativo chamar a atenção para quase todos. O que me interessa mesmo, não
posso deixar em vão, os que podem ser atribuídos a mim. Não uso reticências,
exclamação, dois pontos. O leitor tem que ler sem apelos ou extravagâncias
gramaticais.
PS5- O notavel Graciliano
Ramos, foi revisor do Correio da Manhã, competente e exigente. Textual: “Uma
frase não pode ter mais de três linhas, com os pontos e as virgulas colocados
nos lugares certos”.
PS6- Gramaticalmente não uso ponto e vírgula,
seria contraditório. O PONTO mando parar, a VÍRGULA manda continuar. O que se
faz, parar e continuar ao mesmo tempo?
FONTE: Tribuna da Imprensa
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