Enquanto o PT faz uma campanha suja e com ataques pessoais ao
candidato e seu economista principal, Armínio Fraga, Armínio tem a calma
que se espera de um grande economista e continua dando entrevistas
técnicas nas quais explica os grades desafios para a retomada do
crescimento econômico e do progresso social.
Eu nunca conheci um economista tão bom e tão calmo na minha vida. No
debate com o Ministro Mantega na Globo News, se eu estivesse lá, eu
teria reagido a algumas afirmações do Ministro Mantega, educadamente, da
seguinte forma: “Ministro, me perdoe, mas o senhor está equivocado” ou
“Ministro, isto não é verdade”.
Mas Armínio não partiu para o conflito direto porque, na sua carreira
de economista, ele sempre foi acostumado a debater em cima de evidência
empírica, olhar cuidadosamente para teorias, escutar argumentos e fazer
contra argumentos sem confrontar diretamente seus adversários. Ele
chegou em um estágio da vida que não precisa provar absolutamente nada
para ninguém.
Dito isso, vale a pena ler duas entrevistas recentes do Armínio. Uma
delas foi publicada na Revista Isto É Dinheiro recentemente (clique aqui) e a outra hoje no Correio Braziliense (clique aqui). Nas duas entrevistas Armínio fala do ajuste econômico gradual com retomada do crescimento do investimento e do PIB.
Na matéria do correio tem uma passagem especial:
Correio: Como foi o episódio do convite para o senhor integrar o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva?
Armínio: O livro do (ex-ministro
Antonio) Palocci registra muito bem isso. Conversei muito com ele
durante a transição. Dei uma declaração genérica de que ficaria por um
período, algo como seis meses, se fosse necessário. Tive duas excelentes
conversas com o Lula já eleito. Eu estava ali para ajudar e funcionou
bem essa integração.
É claro que reconhecer isso hoje seria impensável. Vamos torcer para
que, no domingo, o Brasil comece uma nova fase de sua história com um
novo governo comprometido com reformas estruturais e que traga de volta
um cenário de maior confiança, crescimento da produtividade e maior
crescimento do PIB com distribuição de renda.
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POLÍTICA E ECONOMIA