A Bolsa brasileira registra forte queda nesta terça-feira (21),
descolada dos principais mercados internacionais, após a divulgação de
pesquisa Datafolha que mostra a candidata Dilma Rousseff (PT) à frente
de Aécio Neves (PSDB) nas intenções de voto para o segundo turno.
Às 11h39, o Ibovespa, principal índice acionário local, caía 3,31%, a
52.506 pontos. Das 70 ações negociadas, 65 caíam e cinco subiam.
Segundo analistas, a Bolsa cai devido ao resultado da pesquisa Datafolha, divulgada na noite de segunda-feira.
Pela primeira vez no segundo turno, Dilma aparece numericamente à frente de Aécio em intenções de voto para a Presidência da República, mostra o Datafolha.
Impulsionada, entre outros fatores, pela melhoria de seu desempenho no Sudeste -a região mais populosa-, Dilma alcançou 52% das intenções de votos válidos, sem contar os votos nulos e em branco. Aécio está com 48%.
É um empate técnico no limite máximo da margem de erro, de dois pontos para mais ou para menos. O empate, porém, só ocorre considerando-se uma combinação de dois extremos da margem de erro. A probabilidade maior é que Dilma esteja mesmo na frente, diz o Datafolha.
"A Dilma surpreendeu um pouco, ao subir mais em relação ao Aécio. De uma certa maneira, o mercado compra a ideia de que a chance de vitória da oposição diminuiu. A perspectiva que o Aécio tem agora é de esperar que parte dos indecisos vote nele e que parte dos que falaram que vão votar na Dilma não vote", afirma Eduardo Velho, economista-chefe da gestora de recursos Invx Global.
O mercado financeiro tem reagido negativamente sempre que pesquisas apontam vantagem da atual presidente, pois considera que sua política intervencionista provocou crescimento baixo com inflação elevada.
"Os investidores acreditam que, em caso de uma vitória dela, não haverá reformas fortes e o comprometimento com a política fiscal e com a inflação piorará", completa Velho.
Para André Moraes, analista da corretora Rico, ainda não dá para apostar em uma direção para a Bolsa. "O mercado apostava em uma vitória mais fácil da oposição, e isso meio que se perdeu após a pesquisa Datafolha. Os investidores apostavam na alternância de poder, e, com a possibilidade de que isso não ocorra, o mercado sofre um pouco", diz.
A rejeição ao tucano é outro dado que preocupa. Segundo o Datafolha, a rejeição de Aécio é numericamente maior que a rejeição de Dilma: 40% dos eleitores dizem que não votam no tucano "de jeito nenhum". Com Dilma, a taxa é de 39%.
E a Bolsa deve seguir fortemente influenciada pela agenda eleitoral nos próximos dias, avalia Moraes, da Rico. "O investidor pode esquecer agenda interna e externa. O dado mais relevante, que era o PIB e a produção industrial da China, veio acima do que o mercado esperava e está ajudando a conter um pouco a queda. Mas nada mais vai contribuir ou atrapalhar o mercado a não ser eleição", afirma.
A economia da China cresceu 7,3% no terceiro trimestre deste ano, menor resultado desde o primeiro trimestre de 2009, quando o mundo vivia o pico da crise financeira originada nos EUA. O indicador ajuda a sustentar a alta das principais Bolsas europeias.
AÇÕES
As ações de estatais e de bancos caem com força nesta terça-feira. Às 11h36, os papéis preferenciais da Petrobras, os mais negociados, tinham baixa de 6,13%, a R$ 16,82. As ações ordinárias, com direito a voto, despencavam 5,37%, a R$ 16,20, no mesmo horário.
Os papéis do Banco do Brasil caíam 7,06%, a R$ 28,01, às 11h37. Além da turbulência eleitoral, o banco também se viu envolvido em polêmica nesta terça. A Folha publicou hoje que o banco concedeu empréstimo de R$ 2,7 milhões à apresentadora de TV Val Marchiori, a partir de uma linha subsidiada pelo BNDES, contrariando normas internas das duas instituições.
Às 11h37, as ações preferenciais da Eletrobras tinham baixa de 5,71%, a R$ 9,57, e as ordinárias caíam 6,35%, a R$ 6,34.
No setor financeiro, os papéis do Itaú Unibanco sofriam desvalorização de 5,05%, a R$ 33,84, às 11h38. As ações do Bradesco caíam 4,68%, a R$ 34,99, no horário.
Os papéis da Oi também caem nesta terça-feira. Às 11h38, as ações preferenciais da empresa operavam estáveis, cotadas a a R$ 1,17, e as ordinárias caíam 0,81%, a R$ 1,21, no mesmo horário.
A queda da telefônica é reflexo da recusa do pedido de recuperação judicial da Espírito Santo International e da Rio Forte pelo Tribunal de Luxemburgo na sexta.
CÂMBIO
No mercado cambial, o dólar chegou a bater R$ 2,50, mas recuou. Às 11h35, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, avançava 1,02%%, a R$ 2,485. O dólar comercial, usado no comércio exterior, tinha alta de 0,89%, também a R$ 2,485, no mesmo horário.
Nesta manhã o Banco Central deu sequência à sua atuação no mercado cambial e ofereceu 4.000 contratos de swap (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) com vencimentos em 1º de junho e 1º de setembro de 2015. Foram vendidos 1.000 contratos para 1º de junho e 3.000 para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 196,7 milhões.
Ainda hoje o BC vai dar continuidade a seu um leilão de rolagem dos contratos de swap que vencem em 3 de novembro e que equivalem a US$ 8,84 bilhões. A autoridade monetária vai oferecer 8.000 contratos. Até agora, o Banco Central já rolou cerca de 62% do lote total.
FOLHA - UOL
Segundo analistas, a Bolsa cai devido ao resultado da pesquisa Datafolha, divulgada na noite de segunda-feira.
Pela primeira vez no segundo turno, Dilma aparece numericamente à frente de Aécio em intenções de voto para a Presidência da República, mostra o Datafolha.
Impulsionada, entre outros fatores, pela melhoria de seu desempenho no Sudeste -a região mais populosa-, Dilma alcançou 52% das intenções de votos válidos, sem contar os votos nulos e em branco. Aécio está com 48%.
É um empate técnico no limite máximo da margem de erro, de dois pontos para mais ou para menos. O empate, porém, só ocorre considerando-se uma combinação de dois extremos da margem de erro. A probabilidade maior é que Dilma esteja mesmo na frente, diz o Datafolha.
"A Dilma surpreendeu um pouco, ao subir mais em relação ao Aécio. De uma certa maneira, o mercado compra a ideia de que a chance de vitória da oposição diminuiu. A perspectiva que o Aécio tem agora é de esperar que parte dos indecisos vote nele e que parte dos que falaram que vão votar na Dilma não vote", afirma Eduardo Velho, economista-chefe da gestora de recursos Invx Global.
O mercado financeiro tem reagido negativamente sempre que pesquisas apontam vantagem da atual presidente, pois considera que sua política intervencionista provocou crescimento baixo com inflação elevada.
"Os investidores acreditam que, em caso de uma vitória dela, não haverá reformas fortes e o comprometimento com a política fiscal e com a inflação piorará", completa Velho.
Para André Moraes, analista da corretora Rico, ainda não dá para apostar em uma direção para a Bolsa. "O mercado apostava em uma vitória mais fácil da oposição, e isso meio que se perdeu após a pesquisa Datafolha. Os investidores apostavam na alternância de poder, e, com a possibilidade de que isso não ocorra, o mercado sofre um pouco", diz.
A rejeição ao tucano é outro dado que preocupa. Segundo o Datafolha, a rejeição de Aécio é numericamente maior que a rejeição de Dilma: 40% dos eleitores dizem que não votam no tucano "de jeito nenhum". Com Dilma, a taxa é de 39%.
E a Bolsa deve seguir fortemente influenciada pela agenda eleitoral nos próximos dias, avalia Moraes, da Rico. "O investidor pode esquecer agenda interna e externa. O dado mais relevante, que era o PIB e a produção industrial da China, veio acima do que o mercado esperava e está ajudando a conter um pouco a queda. Mas nada mais vai contribuir ou atrapalhar o mercado a não ser eleição", afirma.
A economia da China cresceu 7,3% no terceiro trimestre deste ano, menor resultado desde o primeiro trimestre de 2009, quando o mundo vivia o pico da crise financeira originada nos EUA. O indicador ajuda a sustentar a alta das principais Bolsas europeias.
AÇÕES
As ações de estatais e de bancos caem com força nesta terça-feira. Às 11h36, os papéis preferenciais da Petrobras, os mais negociados, tinham baixa de 6,13%, a R$ 16,82. As ações ordinárias, com direito a voto, despencavam 5,37%, a R$ 16,20, no mesmo horário.
Os papéis do Banco do Brasil caíam 7,06%, a R$ 28,01, às 11h37. Além da turbulência eleitoral, o banco também se viu envolvido em polêmica nesta terça. A Folha publicou hoje que o banco concedeu empréstimo de R$ 2,7 milhões à apresentadora de TV Val Marchiori, a partir de uma linha subsidiada pelo BNDES, contrariando normas internas das duas instituições.
Às 11h37, as ações preferenciais da Eletrobras tinham baixa de 5,71%, a R$ 9,57, e as ordinárias caíam 6,35%, a R$ 6,34.
No setor financeiro, os papéis do Itaú Unibanco sofriam desvalorização de 5,05%, a R$ 33,84, às 11h38. As ações do Bradesco caíam 4,68%, a R$ 34,99, no horário.
Os papéis da Oi também caem nesta terça-feira. Às 11h38, as ações preferenciais da empresa operavam estáveis, cotadas a a R$ 1,17, e as ordinárias caíam 0,81%, a R$ 1,21, no mesmo horário.
A queda da telefônica é reflexo da recusa do pedido de recuperação judicial da Espírito Santo International e da Rio Forte pelo Tribunal de Luxemburgo na sexta.
CÂMBIO
No mercado cambial, o dólar chegou a bater R$ 2,50, mas recuou. Às 11h35, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, avançava 1,02%%, a R$ 2,485. O dólar comercial, usado no comércio exterior, tinha alta de 0,89%, também a R$ 2,485, no mesmo horário.
Nesta manhã o Banco Central deu sequência à sua atuação no mercado cambial e ofereceu 4.000 contratos de swap (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) com vencimentos em 1º de junho e 1º de setembro de 2015. Foram vendidos 1.000 contratos para 1º de junho e 3.000 para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 196,7 milhões.
Ainda hoje o BC vai dar continuidade a seu um leilão de rolagem dos contratos de swap que vencem em 3 de novembro e que equivalem a US$ 8,84 bilhões. A autoridade monetária vai oferecer 8.000 contratos. Até agora, o Banco Central já rolou cerca de 62% do lote total.
FOLHA - UOL
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