terça-feira, 21 de outubro de 2014

'Pelo que vimos do primeiro turno, estou eleito', diz Aécio sobre Datafolha


Um dia após o Datafolha identificar queda nas intenções de voto de Aécio Neves (PSDB), o candidato tucano à Presidência rebateu nesta terça-feira (21) os dados do levantamento e disse que os institutos de pesquisa "devem uma explicação aos brasileiros" pelos "erros grosseiros" que vêm cometendo.
"Se eu me abalasse por pesquisas, não teria tido o resultado que tive no primeiro turno", afirmou, em entrevista em Campo Grande.
Para Aécio, não houve queda em suas intenções de voto. "Não posso considerar queda uma candidatura que teve 30 e poucos pontos no primeiro turno e depois aparece com 50", disse. "A nossa candidatura foi a que mais cresceu."
O tucano disse que tem pesquisas internas que o colocam "com um margem enorme" à frente de Dilma Rousseff (PT).
"Pelo que nós vimos da pesquisa do primeiro turno, o Datafolha está me dando como eleito", ironizou.DATAFOLHA
O resultado do Datafolha mostrou Dilma numericamente à frente da corrida eleitoral, com 52% dos votos válidos, ante 48% de Aécio. O próximo levantamento do instituto será divulgado amanhã.
Foi a primeira vez que a petista apareceu à frente do tucano neste segundo turno, ainda que o cenário seja de empate técnico, pelo limite da margem de erro (de dois pontos percentuais).
Aécio perdeu pontos em quase todos os segmentos pesquisados, inclusive no Centro-Oeste, onde sua vantagem sobre Dilma diminuiu de 24 para nove pontos percentuais.
Em Mato Grosso do Sul, o segundo turno também é disputado entre PT e PSDB: o ex-prefeito de Maracaju Reinaldo Azambuja (PSDB) enfrenta o senador Delcídio Amaral (PT). Os dois estão em empate técnico, segundo o último Ibope: 51% a 49% para o tucano.
PETROBRAS
Na entrevista, Aécio ainda declarou que qualquer tucano que seja citado nas investigações da PF (Polícia Federal) sobre desvios na Petrobras será investigado.
"Não tem isso de filiação partidária. Todas as investigações têm que ir a fundo", disse. "Se alguém do PSDB tiver cometido alguma ilicitude, tem que responder por isso. Nós não os trataremos, como faz o PT, como heróis nacionais."
Um auxiliar do doleiro Alberto Youssef disse em depoimento à Justiça federal nesta segunda-feira (20) que outros parlamentares do PSDB receberam propina do esquema além do senador Sérgio Guerra, morto em março deste ano.
A informação é do advogado Haroldo Nater, que defende o empresário Leonardo Meirelles, acusado de ter feito remessas ilegais para o doleiro. 



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