Um dia após o Datafolha
identificar queda nas intenções de voto de Aécio Neves (PSDB), o
candidato tucano à Presidência rebateu nesta terça-feira (21) os dados
do levantamento e disse que os institutos de pesquisa "devem uma
explicação aos brasileiros" pelos "erros grosseiros" que vêm cometendo.
"Se eu me abalasse por pesquisas, não teria tido o resultado que tive no
primeiro turno", afirmou, em entrevista em Campo Grande.
Para Aécio, não houve queda em suas intenções de voto. "Não posso
considerar queda uma candidatura que teve 30 e poucos pontos no primeiro
turno e depois aparece com 50", disse. "A nossa candidatura foi a que
mais cresceu."
O tucano disse que tem pesquisas internas que o colocam "com um margem enorme" à frente de Dilma Rousseff (PT).
"Pelo que nós vimos da pesquisa do primeiro turno, o Datafolha está me dando como eleito", ironizou.DATAFOLHA
O resultado do Datafolha
mostrou Dilma numericamente à frente da corrida eleitoral, com 52% dos
votos válidos, ante 48% de Aécio. O próximo levantamento do instituto será divulgado amanhã.
Foi a primeira vez que a petista apareceu à frente do tucano neste
segundo turno, ainda que o cenário seja de empate técnico, pelo limite
da margem de erro (de dois pontos percentuais).
Aécio perdeu pontos em quase todos os segmentos pesquisados, inclusive
no Centro-Oeste, onde sua vantagem sobre Dilma diminuiu de 24 para nove
pontos percentuais.
Em Mato Grosso do Sul, o segundo turno também é disputado entre PT e
PSDB: o ex-prefeito de Maracaju Reinaldo Azambuja (PSDB) enfrenta o
senador Delcídio Amaral (PT). Os dois estão em empate técnico, segundo o
último Ibope: 51% a 49% para o tucano.
PETROBRAS
Na entrevista, Aécio ainda declarou que qualquer tucano que seja citado
nas investigações da PF (Polícia Federal) sobre desvios na Petrobras
será investigado.
"Não tem isso de filiação partidária. Todas as investigações têm que ir a
fundo", disse. "Se alguém do PSDB tiver cometido alguma ilicitude, tem
que responder por isso. Nós não os trataremos, como faz o PT, como
heróis nacionais."
Um auxiliar do doleiro Alberto Youssef disse em depoimento à Justiça federal nesta segunda-feira (20) que outros parlamentares do PSDB receberam propina do esquema além do senador Sérgio Guerra, morto em março deste ano.
A informação é do advogado Haroldo Nater, que defende o empresário
Leonardo Meirelles, acusado de ter feito remessas ilegais para o
doleiro.
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