PT saudações Dirigentes do PT estão preocupados
com o risco de o partido perder espaço no segundo mandato de Dilma
Rousseff. Os petistas temem que a presidente pense que venceu as
eleições “apesar do PT”, devido ao forte desgaste da sigla. O
distanciamento do ex-presidente Lula e sua influência reduzida na
campanha seriam um prenúncio da nova relação de Dilma com o petismo.
Além disso, ela terá que acomodar novos aliados na Esplanada dos
Ministérios, como PSD e Pros.
Aviso prévio No fim da campanha, Dilma se cercou de
aliados de sua confiança, como o ministro Miguel Rossetto
(Desenvolvimento Agrário), e reduziu o espaço de manda-chuvas do PT. O
presidente Rui Falcão, por exemplo, não foi chamado para a preparação
dos debates.
Tela quente Cotado no PT para o Ministério das
Comunicações, Ricardo Berzoini (Relações Institucionais)tem usado o
Twitter para atacar a TV Globo. No sábado, reproduziu textos que
chamavam a emissora de “lixo” e pediam CPI para investigá-la.
Da carochinha É falsa a versão de que só técnicos do
Tribunal Superior Eleitoral tiveram acesso à apuração dos votos para
presidente antes das 20h de domingo. Ao menos um ministro antecipou
números sigilosos a políticos.
A bênção Dilma ligou para o senador José Sarney (PMDB-AP) e agradeceu o apoio do clã no Maranhão.
Olho vivo O ministro da Previdência, Garibaldi Alves
Filho, quer voltar à presidência do Senado. Ele manifestou o desejo a
aliados depois que Renan Calheiros (PMDB-AL) declarou, ontem, que não
pretende tentar a reeleição.
Na garganta O presidente da Câmara, Henrique Eduardo
Alves (PMDB-RN), não engole o apoio de Lula ao rival Robinson Faria
(PSD) na eleição do Rio Grande do Norte. “Não fui derrotado pelo
Robinson. Fui derrotado pelo Lula”, desabafou a aliados.
Gambiarra O PT acionou advogados para saber se é
possível pedir à Justiça a vaga do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF),
que se elegeu governador. Seu primeiro suplente, conhecido como Hélio
Gambiarra, era petista e trocou o partido pelo PSD.
Olha ele aí Derrotado na corrida ao Senado, Gilberto
Kassab vai acelerar a recriação do Partido Liberal, o PL. A ideia é
atrair deputados eleitos por partidos nanicos e fundir a nova legenda ao
seu PSD. O ex-prefeito quer concluir a operação em 2015.
Mão no bolso Vice-presidente do PSDB, Alberto
Goldman critica a alta votação de Dilma nas áreas mais pobres do país.
“Nas cidades em que mais de 50% da população recebe o Bolsa Família, ela
ganhou disparado. Não foi um voto livre”, diz.
Arma na cabeça O tucano afirma que o PT criou um
“processo de terror” sobre os beneficiários do programa. “É como se
botassem uma pistola na cabeça do sujeito.”
Tiro no pé Outros tucanos ainda lamentam a
repercussão do discurso do vereador paulistano Coronel Telhada (PSDB),
que atacou nordestinos e pregou a separação do país. “Foi péssimo para
nós”, diz o deputado eleito Floriano Pesaro (PSDB-SP).
Diga xis O presidente do STF, Ricardo Lewandowski,
diz não ter visto intenção de fraude nas selfies tiradas por eleitores:
“São arroubos de autoestima. Uma manifestação própria da juventude.”
Visita à Folha Gioji Okuhara, diretor-geral da Herbalife no Brasil, visitou ontem a Folha. Estava com Marcos Freire, gerente de assuntos corporativos, e João Rodarte, assessor de imprensa.
TIROTEIO
“Falar em divisão do país, como tem feito parte da oposição, é ser preconceituoso. O Brasil sai fortalecido dessas eleições.”
DE RUI COSTA (PT), governador eleito da Bahia, sobre a distribuição
dos votos, com vitória de Aécio Neves no Sul e Sudeste e de Dilma no
Norte e Nordeste.
CONTRAPONTO
Transmissão de pensamento
Reeleito no último domingo, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão,
viveu momentos de nostalgia na campanha. Em uma festa com aliados,
pediu ao primo Paulo de Souza que tocasse a música-tema da sua primeira
eleição como prefeito de Piraí (RJ), em 1996.
O compositor dizia ter feito o jingle sonhando com a voz de Alcione,
que nunca tinha ouvido falar do político interiorano e passava longe de
seu pequeno município.
—No dia seguinte à festa, a Alcione ligou,
sem saber de nada, e disse que queria participar da campanha! —conta
Pezão, que enfim realizou o sonho do primo.
LEOPOLDINA CORRÊA é jornalista com formação em Mídias Digitais pela UFC >>>> Diploma
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POLÍTICA E ECONOMIA