Dos 38 senadores que disputam as
eleições, 11 são alvos de investigações criminais no Supremo. Com dez
inquéritos, candidato petista ao governo do Rio de Janeiro é o que
acumula mais pendências na corte. Saiba quem são os demais
A
menos de uma semana das eleições, o senador Lindberg Farias (PT-RJ)
ainda não conseguiu decolar nas pesquisas eleitorais. Quarto colocado na
disputa ao governo do Rio de Janeiro, segundo o Ibope e o Datafolha,
Lindberg mantém desde 2012 a liderança em uma disputa pouco lisonjeira: a
de senador com mais pendências no Supremo Tribunal Federal (STF). Dos
38 senadores que concorrem a um mandato este ano, 11 são alvos de
investigação no Supremo. A lista é encabeçada pelo petista.
Veja quem são os senadores candidatos sob investigação na Justiça
O ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (Une) e ex-líder do movimento dos caras-pintadas responde atualmente a dez inquéritos na mais alta corte do país por crimes contra a Lei de Licitações, de responsabilidade, contra as finanças públicas, quadrilha ou bando e improbidade administrativa. Mas o número de apurações foi maior: já foram 15 dois anos atrás. Todas as investigações, tanto as que ainda tramitam quanto as que já foram arquivadas, referem-se aos quase seis anos da passagem de Lindberg pela prefeitura de Nova Iguaçu (RJ).
Mas ele não está só. Os senadores candidatos com problemas na Justiça são de sete partidos: três do PMDB, dois do PT, outros dois do PTB; PSDB, PDT, PR e PSC completam a lista com um nome cada. Esses parlamentares representam dez estados: há dois do Amazonas e um de Alagoas, do Distrito Federal, do Maranhão, do Piauí, do Paraná, do Rio de Janeiro, de Rondônia, Santa Catarina e Sergipe.
Reputação ilibada?
Depois de Lindberg, os senadores candidatos com mais pendências judiciais são Gim Argello (PTB-DF), com cinco inquéritos, e Alfredo Nascimento (PR-AM), com quatro. Terceiro colocado nas pesquisas para o Senado, Gim passou por momento constrangedor no início do ano. Em abril, ele se viu obrigado a retirar sua candidatura a uma vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) após protestos de ministros e funcionários do órgão, que o acusaram de não preencher os requisitos de idoneidade moral e reputação ilibada previstos na Constituição Federal para postulantes ao cargo.
“No momento em que a honrosa indicação do meu nome para o cargo de ministro do TCU é usada como instrumento de disputa política em ano eleitoral, entendo que devo abrir mão desta honraria”, justificou-se à época o senador, que tinha o apoio do Planalto para a disputa. O petebista é suspeito de ter cometido crimes contra o patrimônio e contra a Lei de Licitações, apropriação indébita, peculato, lavagem de dinheiro e corrupção. Além das apurações em andamento no Supremo, ele tem duas condenações em primeira e segunda instâncias.
Alfredo Nascimento deixou o Ministério dos Transportes em meio à “faxina” da presidenta Dilma em 2011 após o TCU e a Controladoria-Geral da União (CGU) apontarem indícios de superfaturamento de obras rodoviárias. Ele e o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), que cumpre pena por ter sido condenado no mensalão, também foram acusados de receber propinas de empreiteiras, algo não confirmado pelo Ministério Público, que arquivou o caso por falta de provas. Candidato a uma vaga na Câmara, o senador amazonense é investigado por crimes eleitorais, de responsabilidade e contra a administração pública, além de falsidade ideológica.
Lava Jato
Principal alvo do então líder cara-pintada Lindberg Farias, o ex-presidente e hoje senador Fernando Collor (PTB-AL) também tem, a exemplo de seu ex-adversário nas ruas, problema no Supremo. Afastado da Presidência da República em 1992 no processo de impeachment, o senador alagoano é candidato à reeleição e lidera as mais recentes pesquisas de intenção de voto no estado, à frente da ex-senadora Heloísa Helena (Psol-AL).
Quatro meses depois de ter se livrado da última acusação a que respondia na corte ainda referente à sua turbulenta passagem pelo Planalto, Collor virou alvo, em agosto, de um inquérito que apura suas relações com o doleiro Alberto Yousseff, preso na Operação Lava Jato sob a acusação de ser um dos chefes de um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou ilegalmente R$ 10 bilhões no país e jogou a Petrobras para o centro de duas CPIs no Congresso.
Como revelou o Congresso em Foco, a suspeita sobre o ex-presidente foi remetida ao Supremo pelo juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Fernando Moro, após a Polícia Federal identificar comprovantes bancários que mostravam depósitos feitos pelo doleiro, no valor de R$ 50 mil, na conta do senador. Ele diz ser inocente.
Convicção no arquivamento
Por meio de sua assessoria, Lindberg disse ter convicção de que todos os inquéritos em tramitação no STF contra ele serão arquivados. O senador atribui o elevado número de investigações à influência de seus adversários políticos locais no Ministério Público.
“O candidato, ao contrário de seus dois principais concorrentes ao governo do Rio, não possuiu nenhuma condenação cível ou criminal, o que ocorre somente após a propositura e o recebimento de ação penal pelo Supremo Tribunal Federal. E não há no STF sequer ação penal recebida contra Lindberg”, afirma a assessoria.
Pesquisa divulgada na última sexta-feira (26) pelo Datafolha aponta o senador petista na quarta colocação na disputa ao governo do Rio de Janeiro, com 13% das intenções de voto. À frente dele estão o atual governador, Fernando Pezão (PMDB), com 31%, o ex-governador Anthony Garotinho (PR), com 23, e o senador Marcelo Crivella (PRB), com 17%. A margem de erro é de três pontos percentuais para cima ou para baixo.
Uol
Veja quem são os senadores candidatos sob investigação na Justiça
O ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (Une) e ex-líder do movimento dos caras-pintadas responde atualmente a dez inquéritos na mais alta corte do país por crimes contra a Lei de Licitações, de responsabilidade, contra as finanças públicas, quadrilha ou bando e improbidade administrativa. Mas o número de apurações foi maior: já foram 15 dois anos atrás. Todas as investigações, tanto as que ainda tramitam quanto as que já foram arquivadas, referem-se aos quase seis anos da passagem de Lindberg pela prefeitura de Nova Iguaçu (RJ).
Mas ele não está só. Os senadores candidatos com problemas na Justiça são de sete partidos: três do PMDB, dois do PT, outros dois do PTB; PSDB, PDT, PR e PSC completam a lista com um nome cada. Esses parlamentares representam dez estados: há dois do Amazonas e um de Alagoas, do Distrito Federal, do Maranhão, do Piauí, do Paraná, do Rio de Janeiro, de Rondônia, Santa Catarina e Sergipe.
Reputação ilibada?
Depois de Lindberg, os senadores candidatos com mais pendências judiciais são Gim Argello (PTB-DF), com cinco inquéritos, e Alfredo Nascimento (PR-AM), com quatro. Terceiro colocado nas pesquisas para o Senado, Gim passou por momento constrangedor no início do ano. Em abril, ele se viu obrigado a retirar sua candidatura a uma vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) após protestos de ministros e funcionários do órgão, que o acusaram de não preencher os requisitos de idoneidade moral e reputação ilibada previstos na Constituição Federal para postulantes ao cargo.
“No momento em que a honrosa indicação do meu nome para o cargo de ministro do TCU é usada como instrumento de disputa política em ano eleitoral, entendo que devo abrir mão desta honraria”, justificou-se à época o senador, que tinha o apoio do Planalto para a disputa. O petebista é suspeito de ter cometido crimes contra o patrimônio e contra a Lei de Licitações, apropriação indébita, peculato, lavagem de dinheiro e corrupção. Além das apurações em andamento no Supremo, ele tem duas condenações em primeira e segunda instâncias.
Alfredo Nascimento deixou o Ministério dos Transportes em meio à “faxina” da presidenta Dilma em 2011 após o TCU e a Controladoria-Geral da União (CGU) apontarem indícios de superfaturamento de obras rodoviárias. Ele e o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), que cumpre pena por ter sido condenado no mensalão, também foram acusados de receber propinas de empreiteiras, algo não confirmado pelo Ministério Público, que arquivou o caso por falta de provas. Candidato a uma vaga na Câmara, o senador amazonense é investigado por crimes eleitorais, de responsabilidade e contra a administração pública, além de falsidade ideológica.
Lava Jato
Principal alvo do então líder cara-pintada Lindberg Farias, o ex-presidente e hoje senador Fernando Collor (PTB-AL) também tem, a exemplo de seu ex-adversário nas ruas, problema no Supremo. Afastado da Presidência da República em 1992 no processo de impeachment, o senador alagoano é candidato à reeleição e lidera as mais recentes pesquisas de intenção de voto no estado, à frente da ex-senadora Heloísa Helena (Psol-AL).
Quatro meses depois de ter se livrado da última acusação a que respondia na corte ainda referente à sua turbulenta passagem pelo Planalto, Collor virou alvo, em agosto, de um inquérito que apura suas relações com o doleiro Alberto Yousseff, preso na Operação Lava Jato sob a acusação de ser um dos chefes de um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou ilegalmente R$ 10 bilhões no país e jogou a Petrobras para o centro de duas CPIs no Congresso.
Como revelou o Congresso em Foco, a suspeita sobre o ex-presidente foi remetida ao Supremo pelo juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Fernando Moro, após a Polícia Federal identificar comprovantes bancários que mostravam depósitos feitos pelo doleiro, no valor de R$ 50 mil, na conta do senador. Ele diz ser inocente.
Convicção no arquivamento
Por meio de sua assessoria, Lindberg disse ter convicção de que todos os inquéritos em tramitação no STF contra ele serão arquivados. O senador atribui o elevado número de investigações à influência de seus adversários políticos locais no Ministério Público.
“O candidato, ao contrário de seus dois principais concorrentes ao governo do Rio, não possuiu nenhuma condenação cível ou criminal, o que ocorre somente após a propositura e o recebimento de ação penal pelo Supremo Tribunal Federal. E não há no STF sequer ação penal recebida contra Lindberg”, afirma a assessoria.
Pesquisa divulgada na última sexta-feira (26) pelo Datafolha aponta o senador petista na quarta colocação na disputa ao governo do Rio de Janeiro, com 13% das intenções de voto. À frente dele estão o atual governador, Fernando Pezão (PMDB), com 31%, o ex-governador Anthony Garotinho (PR), com 23, e o senador Marcelo Crivella (PRB), com 17%. A margem de erro é de três pontos percentuais para cima ou para baixo.
Uol
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