A Polícia Federal tenta há sete meses ouvir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas investigações instauradas a partir de novos depoimentos dados em 2012 pelo operador condenado no mensalão, o empresário Marcos Valério de Souza.
Segundo a Folha apurou, Lula foi convidado a ajudar na apuração em fevereiro deste ano. Não se trata, portanto, de intimação.Apesar de reiterado algumas vezes, o convite ainda não foi atendido por temor de que o interrogatório seja vazado à imprensa –ainda mais em um ano eleitoral.
Pessoas próximas ao ex-presidente argumentam que o petista fez chegar à PF, por meio de representantes, o recado de que está disposto a colaborar com as investigações, mas teme que um depoimento agora seja explorado politicamente por adversários.
A delegada Andrea Pinho, responsável por apurar em Brasília denúncias feitas por Valério sobre um suposto envolvimento do ex-presidente no mensalão, negocia, sem sucesso, um encontro com o petista desde fevereiro.
Nos últimos meses, a cúpula da PF mostrou-se dividida em relação ao interrogatório de Lula.
Alguns acreditavam ser inócuo o depoimento do ex-presidente, que poderia recorrer ao direito de falar somente na Justiça caso as investigações se transformem em ações penais. Outros insistiam no seu comparecimento, argumentando ser possível assegurar sigilo absoluto em relação ao conteúdo das declarações prestadas.
Lula não foi intimado pela delegada e, se depender da vontade do comando da polícia, não o será. Na avaliação interna, tal medida seria exagerada.
Em setembro de 2012, Marcos Valério foi espontaneamente à PGR (Procuradoria-Geral da República) prestar novas declarações na esperança de ser beneficiado de alguma forma. Àquela altura, ele já havia sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão, mas as penas ainda não haviam sido definidas.
Segundo a Folha apurou, Lula foi convidado a ajudar na apuração em fevereiro deste ano. Não se trata, portanto, de intimação.Apesar de reiterado algumas vezes, o convite ainda não foi atendido por temor de que o interrogatório seja vazado à imprensa –ainda mais em um ano eleitoral.
Pessoas próximas ao ex-presidente argumentam que o petista fez chegar à PF, por meio de representantes, o recado de que está disposto a colaborar com as investigações, mas teme que um depoimento agora seja explorado politicamente por adversários.
A delegada Andrea Pinho, responsável por apurar em Brasília denúncias feitas por Valério sobre um suposto envolvimento do ex-presidente no mensalão, negocia, sem sucesso, um encontro com o petista desde fevereiro.
Nos últimos meses, a cúpula da PF mostrou-se dividida em relação ao interrogatório de Lula.
Alguns acreditavam ser inócuo o depoimento do ex-presidente, que poderia recorrer ao direito de falar somente na Justiça caso as investigações se transformem em ações penais. Outros insistiam no seu comparecimento, argumentando ser possível assegurar sigilo absoluto em relação ao conteúdo das declarações prestadas.
Lula não foi intimado pela delegada e, se depender da vontade do comando da polícia, não o será. Na avaliação interna, tal medida seria exagerada.
Em setembro de 2012, Marcos Valério foi espontaneamente à PGR (Procuradoria-Geral da República) prestar novas declarações na esperança de ser beneficiado de alguma forma. Àquela altura, ele já havia sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão, mas as penas ainda não haviam sido definidas.
Valério acabou sendo condenado a mais de 40 anos de prisão por diversos crimes, entre eles lavagem de dinheiro. No depoimento de 2012, ele acusou Lula de saber da existência do mensalão e de ter se beneficiado pessoalmente do esquema.
Entre as alegações, afirmou ter repassado cerca de R$ 100 mil por meio de uma empresa de um ex-assessor de Lula para pagar despesas pessoais do então presidente em 2003.
Afirmou, ainda, que Lula e o ex-ministro Antonio Palocci intercederam junto à companhia Portugal Telecom para que a empresa repassasse R$ 7 milhões ao PT.
As declarações de Valério se transformaram em pelo menos dois inquéritos policiais, que tramitam em Brasília e Minas Gerais. Foram instaurados outros seis procedimentos no Ministério Público Federal para apurar as acusações do operador do mensalão. Desses, pelo menos dois já foram arquivados.
A delegada Andrea Pinho foi removida do cargo que ocupava na Superintendência da PF em Brasília em fevereiro, mas continuou à frente da investigação.
NATUZA NERY ANDRÉIA SADI FERNANDA ODILLA DE BRASÍLIA
24/09/2014 02h00
Entre as alegações, afirmou ter repassado cerca de R$ 100 mil por meio de uma empresa de um ex-assessor de Lula para pagar despesas pessoais do então presidente em 2003.
Afirmou, ainda, que Lula e o ex-ministro Antonio Palocci intercederam junto à companhia Portugal Telecom para que a empresa repassasse R$ 7 milhões ao PT.
As declarações de Valério se transformaram em pelo menos dois inquéritos policiais, que tramitam em Brasília e Minas Gerais. Foram instaurados outros seis procedimentos no Ministério Público Federal para apurar as acusações do operador do mensalão. Desses, pelo menos dois já foram arquivados.
A delegada Andrea Pinho foi removida do cargo que ocupava na Superintendência da PF em Brasília em fevereiro, mas continuou à frente da investigação.
NATUZA NERY ANDRÉIA SADI FERNANDA ODILLA DE BRASÍLIA
24/09/2014 02h00
Nenhum comentário:
Postar um comentário
POLÍTICA E ECONOMIA