O presidente interino do PSB, Roberto Amaral, informou que fará
reunião dos partidos da aliança que apoia a candidatura da ex-ministra
Marina Silva à Presidência da República nos dias 6 e 7, os dois dias
seguintes ao primeiro turno da eleição. A intenção é fechar um acordo
para buscar novos apoios a Marina no segundo turno, além de fortalecer a
estrutura da campanha. "Não temos tempo para perder", disse Amaral. "É
preciso tomar decisões muito rápidas, porque teremos 20 dias para o
segundo turno".
Amaral, que comanda o conselho de partidos
da coligação de Marina - além do PSB, PPS, PPL, PHS, PSL e PRP -, disse
que a resposta à demanda da campanha tem de ser muito rápida, em todos
os sentidos. "Precisamos fazer adequações na captação de recursos,
mobilização da militância, confecção de textos, serviços gráficos e
equipe para a propaganda na TV e no rádio, pois o tempo de cada peça
passará de dois minutos e três segundos para dez minutos. Vamos precisar
fazer material muito bom". Ele disse que deverão ser contratados novos
profissionais para todos os setores.
Informações de
assessores de Marina Silva são de que, apesar da busca de profissionais
que entendem de marketing político para a nova fase da campanha, o
comando da produção audiovisual continuará a cargo de Diego Brandy, que
acompanhava o ex-governador Eduardo Campos desde os pleitos de 2006 para
o governo de Pernambuco. O cineasta Fernando Meirelles (diretor de
Cidade de Deus e O Jardineiro Fiel) ajudará na campanha com filmes. Mas
ele não deverá ficar como efetivo, porque está envolvido em outros
projetos. A contratação do publicitário Duda Mendonça foi totalmente
descartada.
Roberto Amaral disse ainda que, como tem
certeza de que Marina Silva estará no segundo turno, só não começou a
conversar com os dirigentes de partidos que estão disputando a eleição
em respeito aos candidatos. "Seria desrespeitoso procurar alguém para
negociar apoio se ele ainda está disputando a eleição", disse. Um dos
alvos do PSB, caso Marina seja de fato confirmada no segundo turno, é o
apoio do PSDB. Amaral informou ainda que, depois da eleição, os
candidatos a governador se sentirão livres para apoiar Marina. Ele
pretende negociar alianças também nos Estados.
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