Se o Brasil fosse um colégio; a presidente Dilma Rousseff, uma estudante; e as promessas feitas por
ela em 2010, o currículo escolar; essa aluna teria
passado de ano raspando. Seu desempenho final teria
ficado um pouco acima da média.
Em quase quatro anos de mandato, Dilma cumpriu integralmente 22 de 69 promessas feitas por escrito em 2010. Seus melhores desempenhos foram nos temas trabalhistas, em que só tira nota "A", e na área da saúde. É onde estão os resultados mais vistosos de seu "boletim".
Além disso, Dilma fez mais da metade do prometido em 17 compromissos assumidos, resultados que também podem ser considerados positivos.
Mas a mesma "aluna" teve desempenho insatisfatório em 16 promessas. E, pior ainda, abandonou 14 juramentos. As "notas mais baixas" foram em meio ambiente e segurança.
Esses dados são o resumo de avaliações feitas pela Folha a partir de promessas extraídas do documento "Os 13 compromissos programáticos de Dilma Rousseff para debate na sociedade brasileira", caderno de 21 páginas que simbolizava seu programa de governo em 2010.
O material foi apresentado por Dilma em outubro daquele ano, a apenas seis dias do segundo turno que a consagrou presidente. Depois, uma versão reduzida foi colocada no site da Presidência sob o título "Diretrizes de governo".
"Os 13 compromissos" é um conjunto genérico desde o título, que mistura pelo menos 69 promessas e intenções (avaliadas pela reportagem) com obrigações constitucionais de qualquer presidente, como as juras de "preservar a autonomia dos poderes" ou "garantir a liberdade de expressão" (não avaliadas).
As promessas não aparecem de forma sistematizada. Estão contidas no texto, quase sempre entre frases abrangentes, sem prazo ou meta numérica.
Para fazer a avaliação, portanto, adotou-se uma escala simplificada de quatro notas: "A" para as promessas 100% cumpridas; "B" nos casos em que a realização não foi completa, mas há resultado relevante; "C" para as situações em que o governo fez pouco, menos da metade do prometido; e "D" para os exemplos de abandono da ideia original.
Com este método, só é possível medir um percentual final de desempenho agrupando as notas "A" e "B" como resultado positivo, e "C" e "D" como resultado negativo.
Fazendo esse exercício, e atribuindo o mesmo peso para cada item, conclui-se que Dilma cumpriu 57% de seu programa e deixou de fazer 43%.
A checagem do cumprimento de "Os 13 compromissos"-sempre com dados oficiais e auxílio de especialistas- ajuda a entender os quase quatro anos de Dilma. Mas não pode ser confundida com um balanço completo de seu mandato.
Em quase quatro anos de mandato, Dilma cumpriu integralmente 22 de 69 promessas feitas por escrito em 2010. Seus melhores desempenhos foram nos temas trabalhistas, em que só tira nota "A", e na área da saúde. É onde estão os resultados mais vistosos de seu "boletim".
Além disso, Dilma fez mais da metade do prometido em 17 compromissos assumidos, resultados que também podem ser considerados positivos.
Mas a mesma "aluna" teve desempenho insatisfatório em 16 promessas. E, pior ainda, abandonou 14 juramentos. As "notas mais baixas" foram em meio ambiente e segurança.
Esses dados são o resumo de avaliações feitas pela Folha a partir de promessas extraídas do documento "Os 13 compromissos programáticos de Dilma Rousseff para debate na sociedade brasileira", caderno de 21 páginas que simbolizava seu programa de governo em 2010.
O material foi apresentado por Dilma em outubro daquele ano, a apenas seis dias do segundo turno que a consagrou presidente. Depois, uma versão reduzida foi colocada no site da Presidência sob o título "Diretrizes de governo".
"Os 13 compromissos" é um conjunto genérico desde o título, que mistura pelo menos 69 promessas e intenções (avaliadas pela reportagem) com obrigações constitucionais de qualquer presidente, como as juras de "preservar a autonomia dos poderes" ou "garantir a liberdade de expressão" (não avaliadas).
As promessas não aparecem de forma sistematizada. Estão contidas no texto, quase sempre entre frases abrangentes, sem prazo ou meta numérica.
Para fazer a avaliação, portanto, adotou-se uma escala simplificada de quatro notas: "A" para as promessas 100% cumpridas; "B" nos casos em que a realização não foi completa, mas há resultado relevante; "C" para as situações em que o governo fez pouco, menos da metade do prometido; e "D" para os exemplos de abandono da ideia original.
Com este método, só é possível medir um percentual final de desempenho agrupando as notas "A" e "B" como resultado positivo, e "C" e "D" como resultado negativo.
Fazendo esse exercício, e atribuindo o mesmo peso para cada item, conclui-se que Dilma cumpriu 57% de seu programa e deixou de fazer 43%.
A checagem do cumprimento de "Os 13 compromissos"-sempre com dados oficiais e auxílio de especialistas- ajuda a entender os quase quatro anos de Dilma. Mas não pode ser confundida com um balanço completo de seu mandato.
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