brasil em crise
TV FOLHA
Com informações sobre a nomeação de Luiz Inácio Lula da Sila para a vaga de ministro da Casa Civil,
milhares de brasileiros tomaram as ruas para protestar. Manifestações
contra o governo Dilma foram registradas em ao menos 16 capitais do país
na noite de quarta-feira (16).
O número cresceu no decorrer do dia, sobretudo depois que o juiz federal
Sergio Moro, que comanda a operação Lava Jato, divulgou uma conversa
telefônica entre Lula e a presidente Dilma Rousseff, na qual ela diz
que encaminhará a ele o "termo de posse" de ministro.
Em São Paulo, segundo a Polícia Militar, o número de manifestantes até o fechamento desta reportagem era de 5.000.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) teve de fechar a avenida Paulista na altura do Masp (Museu de Arte de São Paulo). os manifestantes, que não passavam de 400 no fim da tarde de quarta (16), caminhavam para o sentido Paraíso. Munidos de apitos, bandeiras e cartazes que pedem a prisão do petista, eles gritavam contra Lula e contra a presidente Dilma.
Um dos cartazes trazia a frase "Pobre vai para a cadeia, rico vira ministro", dita pelo próprio ex-presidente em 1988, antes da eleição vencida por Fernando Collor de Mello.
Parte dos transeuntes que passam pela avenida se juntaram ao protesto; quem estava distante, colaborava com a manifestação por meio de panelaços.
Houve ao menos um caso de violência. A estudante Isadora Schautte, 18, foi agredida por manifestantes anti-Dilma. Segundo relatos, ela recebeu pontapés após ter respondido às críticas ao governo do PT. Seu namorado, Lucas Brasileiro, 21, também foi agredido ao tentar defendê-la.
J. Duran Machfee/Futura Press/Folhapress
Grupo
anti-Dilma se reúne neste fim de tarde no vão do Masp, em São Paulo,
para protestar contra a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva a ministro da Casa Civil nesta quarta-feira (16). Leia mais
A Polícia Militar, que tem uma base em frente ao Masp, não interveio até
que o conflito estivesse separado. Segundo o tenente Altamare, o
incidente foi rápido e os policias demoraram a ver o que estava
acontecendo por causa da manifestação.
Por volta de 20h, a estimativa de manifestantes na avenida Paulista era
de 1.500 pessoas, de acordo com contagem não-oficial de um tenente da
PM. Eles invocavam o nome do juiz Sérgio Moro e entoavam gritos como
"ei, PT, golpista é você" e "o povo paulista jamais será petista".
A sede Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) que fica
próxima ao Masp, acendeu luzes verde e amarela e a mensagem "Reníncia
Já". O prédio virou o fundo preferido para os selfies de protesto.
Nesse momento, regiões como Pinheiros, rua Frei Caneca e Vila Gumercindo estavam tomadas pelos panelaços.
Até depois de 21h, muitas pessoas tomavam o metrô e continuam a seguir
para a avenida Paulista. A aposentada Eumira Rodrigues, 82, saiu de
Santana para protestar pelo impeachment. "Vim porque eu quero um Brasil
melhor para os meus 14 netos", disse.
De madrugada, houve batucada no protesto.
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