governo sitiado
A publicitária disse, em sua colaboração com a Justiça, que foi orientada pelo petista Fernando Pimentel a firmar o contrato de R$ 6,1 milhões com a Andrade Gutierrez para a campanha de 2010. Hoje governador de Minas, Pimentel foi um dos principais coordenadores da primeira fase da campanha presidencial de Dilma naquele ano.
Depois, as ordenações de despesas ficaram a cargo da equipe de Antonio Palocci, um dos principais coordenadores da campanha de Dilma na época. Tanto Palocci como Pimentel negam irregularidades nas contas da campanha de Dilma em sua primeira disputa presidencial.
A delação premiada da dona da Pepper foi fechada com a Procuradoria-Geral da República em torno da Operação Acrônimo, que apura suspeita de um esquema de desvio de dinheiro público para campanhas políticas do PT. Caberá ao ministro Herman Benjamin, relator da Acrônimo, homologar o acordo com a publicitária.
Na negociação com as autoridades, Danielle Fonteles comprometeu-se ainda a entregar informações sobre a atuação de Benedito Rodrigues Oliveira Neto, o Bené, espécie de operador de partidos políticos, sobretudo do PT, na Esplanada.
A Operação Acrônimo foi deflagrada em 2015 e apura irregularidades no financiamento e na prestação de contas da campanha de Pimentel ao ao Palácio da Liberdade, em 2014, e eventual favorecimento a empresas com empréstimos do BNDES, subordinado ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, pasta que foi comandada pelo governador.
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