terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Juiz perde voo e dá voz de prisão a funcionários da TAM no Maranhão

O juiz Marcelo Testa Baldochi, da comarca da cidade de Senador La Roque, no Maranhão, deu voz de prisão a três funcionários do check-in da companhia aérea TAM no aeroporto de Imperatriz (630 km de São Luís) na noite de sábado (6). 

Segundo depoimento dos funcionários, o magistrado quis embarcar em um avião da companhia aérea após o encerramento dos procedimentos para embarque.

Ao ter o acesso à aeronave negado, o juiz deu voz de prisão aos funcionários e chamou a Polícia Militar. Os trabalhadores da TAM foram encaminhados para uma unidade da Polícia Civil no centro de Imperatriz (MA). 

Os três funcionados foram ouvidos e liberados. O magistrado não prestou depoimento e embarcou em outro voo no mesmo aeroporto, de outra companhia aérea. 

O caso será investigado pela 3º Delegacia de Polícia de Imperatriz. 

O juiz Marcelo Baldochi não foi localizado pela Folha

Em nota, a TAM informou que "segue todos os procedimentos de embarque regidos pela legislação do setor" e que "está colaborando e prestando todos os esclarecimentos às autoridades". 

A AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) afirmou em nota que "compartilha da indignação da sociedade e considera inadmissível qualquer atitude praticada por agentes públicos, magistrados ou não, que represente abuso de poder e de autoridade." 

TRABALHO ESCRAVO

Em dezembro de 2008, o juiz Marcelo Testa Baldochi entrou para a "lista suja" de empregadores acusados pelo Ministério do Trabalho de submeter trabalhadores à situação análoga à escravidão. Seu nome foi retirado da versão do cadastro atualizada no ano seguinte. 

Baldochi foi incluído na "lista suja" após o Ministério do Trabalho ter localizado, em 2007, um grupo de 25 trabalhadores em situação degradante nas terras do magistrado. 

Na época, o juiz disse que houve "abuso" por parte da fiscalização e que "nunca houve" trabalho análogo à escravidão em sua propriedade. 

É Brasil país de Lula. É Maranhão Estado de Sarney (grifo meu)

FOLHA


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