A sugestão para a troca do comando da empresa foi feita
nesta manhã pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que
taxou a gestão da Petrobras de desastrosa e, mesmo sem fazer
pré-julgamentos ou imputar culpas, pediu a eventual troca.
"Não há nenhuma razão objetiva para que atuais diretores sejam afastados", disse.
Cardozo comentou que, depois de ouvir as declarações de Janot nesta manhã, na Conferência Internacional de Combate à Corrupção, chegou a questionar o procurador se havia algum indício contra Foster e seus diretores. Segundo ele, a resposta foi negativa.
"Não há indícios contra sua presidente ou atuais diretores", disse. "[Além disso] a diretoria tomou medidas importantes para evitar que se repitam situações que no passado possam ter ocorrido", completou.
Entre elas, citou que a Petrobras, desde o ano passado, deu início a um programa de combate a corrupção na empresa e que uma diretoria de Governança foi criada para analisar se os procedimentos da estatal estão em acordo com a lei.
Lembrou que, na próxima sexta-feira (12), um diretor recrutado no mercado assumirá o mandato da nova diretoria.
Também destacou que foi criada uma gerência de gestão corporativa de riscos empresariais e determinada a reformulação do comitê de investimentos da estatal.
O ministro ainda falou que a própria Petrobras está promovendo investigações em seu âmbito interno e compartilhando informações com a CGU (Controladoria-Geral da União), TCU (Tribunal de Contas da União) e MPF (Ministério Público Federal).
'FORTES INDÍCIOS DE CORRUPÇÃO'
Após o discurso de Janot, Cardozo reconheceu na conferência que "há fortes indícios de corrupção" na Petrobras, e que tal situação acabou por atingir a empresa.
"Quando há corrupção, evidentemente, temos que colocar as coisas naquilo que efetivamente existe. Na Petrobras há fortes indícios de corrupção, isso evidentemente acaba atingindo a empresa, e a nossa tarefa hoje é exatamente essa, de apurar, punir e afastar da empresa quem ainda não está afastado", disse.
O ministro da Justiça acrescentou que o governo de Dilma Rousseff está empenhado no combate a malfeitos.
"Onde houver a corrupção temos que ter vergonha dela. O governo luta para combater a corrupção. É postura da presidente Dilma Rousseff, é posição que eu recebo da nossa chefe do Executivo", disse.
ACORDO
A fala de Janot ocorre no momento em que o procurador-geral sofre, por um lado, pressões de empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato e, por outro, recebe críticas por sua atuação.
Segundo Janot, advogados das firmas o procuraram recentemente. A intenção deles é fazer um acordo em que seriam punidas, obrigadas a pagar multas, limitadas por algum período de participar de determinadas licitações e de doar recursos a partidos políticos.
O procurador frisou que são os representantes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal no Paraná que devem analisar um possível acordo, mas opinou que somente com a assunção de culpa pelos diretores das empresas seria possível pensar numa delação.
No final de semana, a revista "IstoÉ" publicou reportagem na qual relata que, nessas reuniões entre Janot e advogados, vem-se tentando costurar um acordo que, segundo a publicação, impediria que as investigações atinjam a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula.
No sábado (6), Janot divulgou nota oficial dizendo que ele não permitirá que "prosperem tentativas de desacreditar as investigações e os membros da instituição".
Nesta terça, mesmo sem citar diretamente a "IstoÉ", Janot voltou a rebater a revista.
"A decisão é de ir fundo na responsabilização penal e civil daqueles que engendraram esse esquema. Não haverá descanso. O procurador-Geral da República não tergiversa nem renuncia ao dever de fazer valer o interesse maior da nação. A PGR age."
Eles são pegos com a boca na botija mas não entregam o ouro: esse é o PT (grifo meu)
FOLHA
"Não há nenhuma razão objetiva para que atuais diretores sejam afastados", disse.
Cardozo comentou que, depois de ouvir as declarações de Janot nesta manhã, na Conferência Internacional de Combate à Corrupção, chegou a questionar o procurador se havia algum indício contra Foster e seus diretores. Segundo ele, a resposta foi negativa.
Sérgio Lima - 9.dez.14/Folhapress | ||
José Eduardo Cardozo e Rodrigo Janot no Seminário Internacional de Combate a Corrupção |
"Não há indícios contra sua presidente ou atuais diretores", disse. "[Além disso] a diretoria tomou medidas importantes para evitar que se repitam situações que no passado possam ter ocorrido", completou.
Entre elas, citou que a Petrobras, desde o ano passado, deu início a um programa de combate a corrupção na empresa e que uma diretoria de Governança foi criada para analisar se os procedimentos da estatal estão em acordo com a lei.
Lembrou que, na próxima sexta-feira (12), um diretor recrutado no mercado assumirá o mandato da nova diretoria.
Também destacou que foi criada uma gerência de gestão corporativa de riscos empresariais e determinada a reformulação do comitê de investimentos da estatal.
O ministro ainda falou que a própria Petrobras está promovendo investigações em seu âmbito interno e compartilhando informações com a CGU (Controladoria-Geral da União), TCU (Tribunal de Contas da União) e MPF (Ministério Público Federal).
'FORTES INDÍCIOS DE CORRUPÇÃO'
Após o discurso de Janot, Cardozo reconheceu na conferência que "há fortes indícios de corrupção" na Petrobras, e que tal situação acabou por atingir a empresa.
"Quando há corrupção, evidentemente, temos que colocar as coisas naquilo que efetivamente existe. Na Petrobras há fortes indícios de corrupção, isso evidentemente acaba atingindo a empresa, e a nossa tarefa hoje é exatamente essa, de apurar, punir e afastar da empresa quem ainda não está afastado", disse.
O ministro da Justiça acrescentou que o governo de Dilma Rousseff está empenhado no combate a malfeitos.
"Onde houver a corrupção temos que ter vergonha dela. O governo luta para combater a corrupção. É postura da presidente Dilma Rousseff, é posição que eu recebo da nossa chefe do Executivo", disse.
ACORDO
A fala de Janot ocorre no momento em que o procurador-geral sofre, por um lado, pressões de empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato e, por outro, recebe críticas por sua atuação.
Segundo Janot, advogados das firmas o procuraram recentemente. A intenção deles é fazer um acordo em que seriam punidas, obrigadas a pagar multas, limitadas por algum período de participar de determinadas licitações e de doar recursos a partidos políticos.
O procurador frisou que são os representantes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal no Paraná que devem analisar um possível acordo, mas opinou que somente com a assunção de culpa pelos diretores das empresas seria possível pensar numa delação.
No final de semana, a revista "IstoÉ" publicou reportagem na qual relata que, nessas reuniões entre Janot e advogados, vem-se tentando costurar um acordo que, segundo a publicação, impediria que as investigações atinjam a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula.
No sábado (6), Janot divulgou nota oficial dizendo que ele não permitirá que "prosperem tentativas de desacreditar as investigações e os membros da instituição".
Nesta terça, mesmo sem citar diretamente a "IstoÉ", Janot voltou a rebater a revista.
"A decisão é de ir fundo na responsabilização penal e civil daqueles que engendraram esse esquema. Não haverá descanso. O procurador-Geral da República não tergiversa nem renuncia ao dever de fazer valer o interesse maior da nação. A PGR age."
Eles são pegos com a boca na botija mas não entregam o ouro: esse é o PT (grifo meu)
FOLHA
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