sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Divulgação de delação indica nova prisão de Duque, avaliam advogados

Me dê motivo Advogados e agentes que atuam na Operação Lava Jato avaliam que, ao liberar o acesso à delação premiada de Augusto Mendonça justamente ontem, o juiz Sérgio Moro está preparando o terreno para pedir nova prisão preventiva de Renato Duque, ex-diretor da Petrobras. O ministro Teori Zavascki, relator do caso no STF, mandou revogar a prisão de Duque na véspera. O depoimento de Mendonça é o que implica mais diretamente o ex-diretor e o PT no escândalo até agora.

O pior… A cúpula do PT ainda teme que as delações de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef tragam mais acusações que tentem vincular doações legais de empreiteiras ao partido.

… não passou Os petistas sustentam que os repasses são limpos, mas estão certos de que os depoimentos do ex-diretor da Petrobras e do doleiro colocarão sob suspeita outros milhões arrecadados.

Polígrafo Mesmo diante das novas acusações de Augusto Mendonça, dirigentes do PT repetiam ontem que João Vaccari demonstrou “segurança total” ao se defender perante o diretório nacional da sigla, na semana passada.

 Cadê? Chamou a atenção da oposição que nenhum petista ou governista usou o microfone na sessão de ontem no Congresso para defender Dilma Rousseff do duríssimo discurso do deputado Antonio Imbassahy (BA).

No vácuo Sem ser contestado, o líder do PSDB falou que falta legitimidade ao governo diante das revelações da Lava Jato. Repetiu o teor da delação de Mendonça e pôs em dúvida a legalidade de doações ao PT.
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Preleção Petistas se precaveram para a repetição do confronto com a oposição. Pepe Vargas (PT-RS) alertava: “Não temos que responder as provocações! Tem que fazer que nem juiz de futebol: quando a mãe é xingada, ele finge que não ouviu”.

Pra já Dilma Rousseff disse ontem a ministros que a acompanharam a São Paulo que indicará todo o primeiro escalão do novo mandato antes da posse, em 1° de janeiro sem esperar a lista de acusados na Lava Jato e a eleição das Mesas do Congresso.

Pressa O governo quer alterar já a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2015 para reduzir a meta do superavit primário de 2% do PIB para 1,2%, como quer o novo ministro Joaquim Levy (Fazenda).

Cara limpa O Ministério do Planejamento não deve incluir na lei a possibilidade de que sejam abatidos da meta os investimentos do PAC e as desonerações, num recado ao mercado de que não haverá maquiagem fiscal.

Geral… Ao menos oito governadores enfrentam dificuldades para atingir as metas de superavit fiscal e vão precisar alterá-las, a exemplo do que fez o governo federal.

… e irrestrito O Confaz, conselho que reúne os secretários estaduais de Fazenda, deve discutir a questão nesta semana em São Paulo.

Visita à Folha Hilde Schwab, presidente do conselho da Fundação Schwab; Yana Dumaresq, diretora associada do Fórum Econômico Mundial; Claudio Sassaki e Eduardo Bontempo, da Geekie, ganhadores do Prêmio Empreendedor Social; Hercilio da Luz Filho, da Fundação Pró-Rim, vencedor do Prêmio Escolha do Leitor, e sua esposa Mara Meyer da Luz; Carlos Wanderlan e Thadeu Luz, da Hand Talk, ganhadores do Prêmio Empreendedor Social de Futuro; e André Cervi e Bruno Tataren, do Atados, finalistas do Prêmio Empreendedor Social de Futuro, visitaram ontem a Folha, a convite do jornal, onde foram recebidos em almoço.


TIROTEIO
Quem sabe com a devolução dos milhões de reais pilhados da Petrobras Dilma atingisse o superavit sem precisar maquiar as contas.
DO DEPUTADO PAULINHO DA FORÇA (SD-SP), presidente do partido, sobre a alteração da meta fiscal do governo federal e os recursos desviados da estatal.


CONTRAPONTO
Amigos, amigos…
Na manhã de ontem, um dia depois dos confrontos na galeria e no plenário durante a sessão do Congresso, o deputado Fernando Francischini (SD-PR) foi até o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) e explicou por que ele e seus colegas apoiaram os manifestantes.
Estávamos só fazendo o papel de oposição. Não nos leve a mal…
Eu entendo respondeu Renan.
Então podemos repetir a dose hoje?! provocou, animado, Francischini.
Não, isso não! disse Renan, rindo.


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