Passada a eleição presidencial, o governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (29) que pedirá ao governo
federal recursos financeiros e a desoneração de impostos para enfrentar a
atual crise de desabastecimento de água.
O tucano defendeu a necessidade de conceder a isenção do PIS e Cofins
para empresas de saneamento básico e a realização de parceria com o
governo federal para as obras de interligação do Rio Jaguari, da bacia
do Paraíba do Sul, com a represa do Atibainha, do Sistema Cantareira.
O tom adotado por Alckmin é completamente diferente ao do período
eleitoral, quando PT e PSDB protagonizaram troca de acusações sobre a
responsabilidade da crise hídrica.
Na mesma linha, ele evitou rebater entrevista concedida pela presidente
Dilma Rousseff (PT) nesta terça-feira (28), na qual ela disse que
informou ao governo estadual em fevereiro sobre o risco da falta de
água.
"A eleição já acabou. Não deve haver um terceiro turno. Isso prejudica a
população. A nossa disposição é a do diálogo e da cooperação", disse. "
O governo federal é um grande parceiro e vamos encaminhar e já temos
vários pleitos", acrescentou.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Apesar do tom conciliador, o governador não deixou de fazer críticas ao
governo federal. Segundo ele, a promessa de desonerar impostos sobre as
empresas de saneamento foi prometida pela presidente em 2010, mas não
foi cumprida.
"O governo federal precisa tirar o imposto da água. É inacreditável. Só a
Sabesp paga ao governo federal R$ 680 milhões de PIS e Cofins",
criticou.
Ele reclamou ainda de decisão do ONS (Operador Nacional do Sistema
Elétrico) de ter priorizado a geração de energia elétrica, e não o
abastecimento de água, em represas como a do Jaguari. Segundo ele, o
governo estadual avalia, inclusive, a possibilidade de encerrar a
concessão da represa para geração de energia.
"Nós estudamos retirar a represa do Jaguari, que é de São Paulo, como
geradora de energia. Ela gera pouca energia elétrica. Vamos pedir para
encerrar a concessão e manter a represa só para abastecimento humano",
antecipou.
GAFE
O governador participou nesta quarta-feira (29) de evento de assinatura
de convênio para construção de policlínicas em Santos (SP), cidade da
Baixada Santista.
Durante a cerimônia, ele passou por uma saia-justa. Em discurso, o
deputado estadual eleito Luciano Batista (PTB-SP) referiu-se de maneira
pouco usual a um restaurante Bom Prato, iniciativa do governo estadual e
programada para ser construído na cidade litorânea.
"O sujeito come no Bom Prato e, se por acaso passar mal, e não vai, já
segue para a policlínica. É uma coisa rápida e rasteira", disse.
Diante do constrangimento geral, o ex-prefeito de Santos (SP) João Paulo Papa tentou consertar a gafe.
"O pessoal come no Bom Prato e é aí que não vai passar mal mesmo", disse, para alívio dos tucanos.
LEOPOLDINA CORRÊA é jornalista com formação em Mídias Digitais pela UFC >>>> Diploma
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