DE ONDE SURGEM ESSAS PESQUISAS HUMILHANTES?
Os números enciclopédicos mas estapafúrdios das pesquisas, são
surpreendentes e se quiserem, até relevantes, mas precisam de confirmação. E no
momento é impossível acreditar (ou até mesmo desacreditar) que uma presidente
como Dilma, sinônimo de fracasso, incompetência, "desadministração"
possa "acumular" essa multidão de votos e de eleitores.
Quem acreditar nessas expectativas ou pesquisas, não tem mais duvida:
vai votar, ou melhor, apenas referendar o que está escrito nas pedras,
completando um roteiro que ganharia todas as guerras e todas as eleições. Pelo
que a televisão impinge diariamente, perdão, de hora em hora, sair de casa no
domingo, "só se der praia". Votar?
As contradições da campanha
Na verdade não foi bem "campanha presidencial", e sim uma luta
pelo poder, total destruição principalmente da parte de quem tinha a
"maquina" e não podia deixar de usa-la. Como fez desvairada e
desesperadamente Dona Dilma. Esta atirou para todos os lados, abusando sem
constrangimento de regular certeiramente a portaria, para o coração de Dona
Marina.
Pessoalmente, não tenho candidato
Dilma, Aécio, Marina são personagens que frequentam o meu dia a dia
jornalístico, ha mais de 70 anos. convivi com muitos outros nesse tempo todo,
embora como já lembrei, relembrei, esclareci, não passassem pura e simplesmente
de personagens. Agora, tenho que acompanhar Dilma, Aécio, Marina, sem preferência
ou predileção por nenhum deles.
O que me interessa é a existência e a predominância do país, do seu
povo, dos 204 milhões de cidadãos. Luto para que não repitam a historia de equívocos
e desacertos do passado, que levaram ao desastre econômico, financeiro,
administrativo, e destruíram a democracia.
Por causa desses erros em 125 anos de Republica. Só tivemos democracia,
liberdade e igualdade em 98 anos desses 125. E assim mesmo, precariamente.
E os outros 27 foram deliberadamente desperdiçados, na tentativa de recuperar
o que as ditaduras destruíram. Não pretendo contribuir de jeito algum para que
este país que exige mudanças, tenha um presidente-presente governamental tão
desastroso quanto este que Dona Dilma "comanda".
Mas se 80 por cento dos que respondem afirmam, "queremos mudança, já
não suportamos tanta incompetência", por que votar e fazer voltar por mais
quatro anos, a autora de todo esse fracasso?
E se combato e condeno o país do "passado", me revolto com a
balburdia, o tumulto, a incerteza, a falta de rumo, de caminho e de projeto que
transformou o Brasil do "presente", por que ajudaria a repetir esse
lugar comum de dezenas de anos? "O Brasil é o país do futuro".
As três palavras, passado, presente, futuro, transcorreram com descalabros,
desastres administrativos, catástrofes repetidas ou alternadas, como insistir?
nesta republica que não é a dos nossos sonhos, os presidentes que ainda estão
vivos, poderiam recorrer a proposta da DELAÇÃO PREMIADA, praticamente seriam
atendidos.
Oposição, informação, opinião
Foi a minha vida de jornalista, sempre repórter, colunista, comentarista,
oposicionista, diretor de jornal. Só na tribuna da Imprensa de 1962 a 2008.
Tive que fechar o jornal, respeitei as três palavras, mas não tinha mais como
cumpri-las, não por falta de vontade ou convicção, e sim de recursos.
A experiência e a esperança com JK
No final de 1954, o governador de Minas, Juscelino me procurou, falou:
“Helio sou candidato a presidente em 1955, queria que você dirigisse a
comunicação da minha campanha”. Antes que eu pudesse responder, completou:
”Helio não temos dinheiro para nada. Se aceitar, serão apenas dois no comitê,
você e o embaixador Negrão de Lima, presidente”.
Minha resposta: “Governador, percorrer o Brasil inteiro durante 1 ano,
conhecendo grotões e igarapés, é o melhor pagamento que um jornalista pode
pretender”. Fiz toda a campanha, depois viajei com ele como “presidente eleito
e ainda não empossado”.
Logo, logo estava na oposição. O que farei com Dilma, Marina e Aécio,
enquanto estiver por aqui.
Dos três, seja qual deles ocupar o Planalto-Alvorada, minha oposição
será eterna, imortal e duradoura. Mas com muita fé e convicção. Se Dona Marina
continuar. Com ela exageram e exageraram na contradição.
Para terminar a matéria de hoje, nada melhor do que citar Einstein o
maior gênio que a humanidade produziu, com sua espantosa TEORIA DA
RELATIVIDADE, publicada quando tinha 27 anos. E com ela é fácil explicar o
PASSADO, o PRESENTE e o FUTURO.
Perguntaram a ele: “Haverá a terceira GUERRA MUNDIAL?”. Resposta: “Se
houver, a QUARTA será com paus e pedras, é o que sobrará”.
Sua afirmação está completando mais de 100 anos, Einstein, na certa
pensava na reeleição de Dona Dilma.
PS- Fernando Gabeira acertou completamente, na análise e na definição-identificação
da filosofa Marilena Chauí: “Quem não vota no governo que ela defende, é
violento, fascista, ignorante”. Rigorosamente verdadeiro.
PS2- Só vi a filosofa uma vez, em 1987. Fidel castro organizou um
seminário sobre dividas dos países. O representante de Cuba no Brasil me
convidou. Respondi: “Só vou se for para falar”. Consultou seu governo, voltou:
“O senhor falará 12 minutos, como todos os outros”.
PS3- Eram 51 convidados, quase todos do PT, incluindo Lula e a filosofa.
Passagens e estadias garantidas. A Tribuna pagou a minha passagem e meu hotel,
fiquei com os jornalistas Argemiro Ferreira e o comentarista internacional,
Newton Carlos. (Inconfundível, falando ou escrevendo).
PS4- Quando Fidel tomou o poder, havia um bairro NOBILISSIMO, transformado
em “vivendas” para hospedes ilustres. Lula, Marilena Chauí e outros, ficaram lá
os 12 dias do seminário.
PS5- Dos 51 brasileiros, só dois discursaram: Prestes e este repórter. A
filosofa, complacente, ficava olhando com desprezo para os que participavam.
PS6- Meu constrangimento da época, foi explicitado agora pelo Gabeira:
Ela considera fascista quem discorda de ”suas ideias, Pensamentos e Sabedoria”.
HELIO FERNANDES
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