Dinheiro teria sido direcionado a Enivaldo Quadrado, que foi condenado no mensalão e preso na operação LavaJato
Tudo em dólares
A fim de abafar novas denúncias envolvendo a Petrobras às vésperas
das eleições, o PT pagou, em dólares, pelo silêncio de um grupo de
chantagistas, segundo reportagem publicada na edição desta semana da
revista Veja. Os dólares teriam sido direcionados a Enivaldo Quadrado,
que teria participado do esquema de corrupção na estatal.
Segundo a matéria, um grupo de criminosos teve acesso a um documento
que comprova a participação de líderes petistas — entre eles o próprio
ex-presidente Lula e o ministro Gilberto Carvalho (Casa Civil), um dos
coordenadores da campanha da presidenta Dilma — em um desfalque
milionário nos cofres da estatal. Os chantagistas, então, teriam
procurado a direção do PT e ameaçado, caso não fossem devidamente
remunerados, contar o que sabiam sobre o golpe, que ressuscitaria velhos
fantasmas do mensalão.
Condenado no mensalão e preso este ano pela Operação LavaJato da
Polícia Federal, Enivaldo Quadrado, conforme revelou a revista, foi
quem deu o ultimato ao tesoureiro do PT, João Vacari Neto, em troca de
se calar sobre detalhes de documento apreendido no escritório do doleiro
Alberto Youssef.
Este documento seria um contrato de empréstimo entre a 2 S
Participações, de Marcos Valério, e a Expresso Nova Santo André, de
Ronan Maria Pinto, no valor de R$ 6 milhões, exatamente a quantia que
Marcos Valério dissera ao Ministério Público que o PT levantara na
Petrobras para abafar o assassinato, em 2001, do petista Celso Daniel,
então prefeito de Santo André. A denúncia de Valério, na época, não
prosperou. Faltavam provas. Não faltariam mais.
Fonte: Diário do Poder
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