Tudo pelo voto: Dilma dança funk e Padilha lava louça
Candidatos
são conhecidos (e criticados) por fazer de tudo para conquistar votos.
No corpo a corpo com o povão, eles beijam crianças, experimentam comidas
exóticas, se deixam carregar nos ombros de anônimos e até se arriscam
em manobras radicais — quem não se lembra do tucano José Serra tentando
se equilibrar em cima de um skate?
Pois o
petista Alexandre Padilha, que concorre ao governo de São Paulo,
inaugurou um nova vertente populista: o candidato prendado. Em visita à
zona leste da capital paulista, o ex-ministro entrou numa tradicional
padaria de bairro. Mas ele não se conteve em ficar no balcão, à espera
do café.
Passou
para o outro lado, assumiu a cafeteira, serviu vários clientes da padoca
e ainda lavou a louça. Como diria Lula: nunca antes na história desta
eleição estadual um candidato se revelou tão devotado em passar a imagem
de ser ‘gente como a gente ‘.
A proeza do petista foi mostrada na noite de sábado (13), em matéria do SPTV 2a edição, telejornal da Globo exibido na região metropolitana de São Paulo.
Na
verdade Padilha não é um estranho no ninho periférico. Filho de
sociólogo e médica, ele não viveu restrito ao circuito da classe média
paulistana. Quando criança, acompanhava sua mãe em atendimentos
gratuitos que ela fazia em bairros carentes da zona sul da cidade. Foi
daí, garante, que nasceu a vontade de também se formar em medicina e
fazer da política um meio de promover ação social.
Nada
mais eficiente do que conciliar ideologia com marketing. Padilha
ensaboando e enxaguando copos e xícaras é umas das imagens mais curiosas
que ficarão desta eleição ao Palácio dos Bandeirantes.
Ainda no
sábado, o Jornal Nacional mostrou a presidente Dilma Rousseff,
candidata à reeleição pelo PT, se arriscando na ‘batalha do passinho’
com funkeiros em Belo Horizonte. Como em um baile, os ‘manos’ cantaram:
“Vai Dilma! Vai Dilma! Vai Dilma!”
Apesar
de não ter muito gingado, ela deu show de bom humor. E isso já vale
alguma coisa em uma campanha com tantas imagens repetitivas. O
compromisso na capital mineira foi marcado ainda por uma ‘inovação
estética’ impossível de ser omitida: Dilma, fiel adepta da calça social e
dos sapatos fechados, usava jeans e tênis.
Agora só falta Serra, que tenta uma vaga no Senado, trocar o skate por patins.
Fonte: Terra
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