No
curto intervalo de dois meses, a disputa presidencial atravessou quatro
cenários. E chega à beira da urna sem uma definição quanto ao candidato
que medirá forças com Dilma Rousseff no segundo turno. O Datafolha e o Ibope
informam que Aécio Neves e Marina Silva estão tecnicamente empatados.
Pela primeira vez desde a morte de Eduardo Campos, em 13 de agosto,
Aécio aparece numericamente à frente de Marina.
Conforme já
comentado aqui, a ideia de “processo”, presente na história das eleições
presidenciais brasileiras há mais de duas décadas, sofreu um abalo na
sucessão atual. No momento, quem dita o ritmo da disputa é o “de
repente.” E o ritmo se assemelha ao de uma gangorra.
Antes da
tragédia da queda do jatinho, desenhava-se um cenário de reedição da
disputa polarizada entre PT e PSDB, como ocorre desde a sucessão 1994.
No primeiro movimento da gangorra, detectado pelo Datafolha dois dias
após a morte de Campos, Marina foi alçada à segunda posição, um ponto
acima de Aécio.
No segundo movimento, a gangorra empurrou Marina
para um empate numérico com Dilma no primeiro turno. No segundo round, a
substituta de Campos abriu dez pontos de vantagem sobre a presidente. A
reeleição da candidate do PT parecia virtualmente ameaçada. Aécio
despencou
Espancada no horário eleitoral do PT e criticada na
propaganda do PSDB, Marina definhou lentamente. Num terceiro movimento, a
gangorra devolveu Marina a patamares inferiores a 30%. Ela oscilava
para baixo a cada nova sondagem eleitoral. Mas seus partidários
imaginavam que o calendário a salvaria. Aécio não teria tempo para se
recuperar.
Neste sábado, porém, a menos de 24 horas da eleição, a
gangorra fez um quarto movimento. Aécio surge nas pesquisas dois pontos
percentuais à frente de Marina. O quadro é de empate estatístico. Mas a
curva de Aécio sobe. E a de Marina desce. Mantendo-se essa tendência… Em
respeito ao “de repente”, é melhor não completar a frase. Aguarde-se a
contagem dos votos.
Desde 1989 não se via uma disputa tão renhida
pelo segundo lugar. Naquela ocasião, Lula foi ao segundo round contra
Fernando Collor com uma dianteira de 454 mil votos sobre Leonel Brizola.
Comentário da blogueira: Depois de tanta indignidade, compra de pesquisa, agressões e mentiras por parte da presidente candidata, eu agora só acredito nas urnas, assim mesmo, com alguma reserva, posto que, não se pode subestimar poder de ilicitudes do PT.
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