Diante do risco de perder a Presidaência da República e passar um
vexame histórico no maior colégio eleitoral do país, Lula chamou para os
petistas que disputam votos em São Paulo e os coordenadores de
campanha uma reunião, nesta sexta-feira. A 30 dias da eleição, o
morubixaba petista entra no circuito para “acordar” o partido.
Nas
palavras de um dirigente petista, Lula quer que a infantaria da legenda
“dê o sangue” por Dilma Rousseff e Alexandre Padilha. A primeira está
sob ameaça de perder a poltrona de presidente para Marina Silva, num
provável segundo turno. O outro concorre ao governo de São Paulo
estacionado abaixo dos 10% nas pesquisas, bem distante dos patamares
históricos do PT.
A conversa de Lula com o petismo ocorrerá no
Anhembi, às 17h. No mesmo local, também nesta sexta, o presidente do PT
federal, Rui Falcão, reunirá às 10h o diretório nacional da legenda. A
pauta é a mesma: análise da conjuntura e montagem da estratégia para o
último mês do primeiro turno da eleição presidencial.
Engolfado
por uma onda de rejeição, o PT atravessa uma quadra delicada. Seu
discurso, antes centrado na moralidade e na prosperidade, exauriu-se no
mensalão e na estagnação econômica. Sua pujança, outrora potencializada
pelas ações coletivas, foi à breca nas antipatias que o temperamento
áspero de Dilma produziu.
No momento, impera no partido o que um
velho cacique do PMDB chama de Lei de Murici: cada um cuida de si. A
tênue reação de Dilma na última rodada de pesquisas deu argumentos a
Lula e Cia. para cobrar do PT que volte a ser o PT. Sob pena de arrostar
vexames que serão apenas de Dilma e Padilha. Amante do futebol, Lula
cobra do partido algo que os técnicos chamam de “amor à camisa.''
Fonte: Blog do Josias
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