Moro determina quebra sigilo telefônico de Palocci no período em que era ministro
dentificação de chamada
O juiz federal Sergio Moro determinou a quebra do sigilo
telefônico do ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci
por um período de 13 anos. Em despacho assinado na quinta-feira (5/5), o
magistrado concordou com pedido do Ministério Público Federal para ter
acesso às ligações feitas e recebidas por Palocci entre os dias 1º de
janeiro de 2005 e 5 de abril de 2017.
Defesa de Antonio Palocci considerou
o despacho “ilegal e desnecessário”. ReproduçãoSegundo Moro, a medida é necessária diante das evidências de que o
ex-ministro tratou de assuntos ligados à petroquímica Braskem com o
empresário Marcelo Odebrecht. A evidência é uma “mensagem eletrônica”
trocada entre os dois em fevereiro de 2007. Também há uma anotação na
agenda do executivo Alexandrino Alencar, ex-executivo da Odebrecht, que
faria referência a Palocci.Para o juiz, a quebra de sigilo
servirá para “identificar os contatos telefônicos do investigado no
período dos fatos”. A medida preocupa pelo alcance que pode ter: entre
2005 e 2006, Palocci era ministro da Fazenda; entre janeiro e junho de
2007, foi ministro-chefe da Casa Civil. Ambos os cargos foram ocupados
nos governos petistas.
A defesa do ex-ministro considerou o
despacho “ilegal e desnecessário”. “Não é razoável e tampouco legal a
quebra de sigilo assim como determinada, por tão longo período. Vamos
analisar a matéria e adotar as medidas cabíveis”, afirma o criminalista Guilherme Batocchio.
Clique aqui para ler o despacho, divulgado pelo blog do jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo.
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