quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Dissidentes do PMDB dizem ter votos para destituir Picciani de liderança

 

brasil em crise

Deputados que integram a ala favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff no PMDB disseram na noite desta terça-feira (8) terem conseguido reunir apoio suficiente para destituir Leonardo Picciani (PMDB-RJ) da liderança da sigla na Câmara.

Numa tentativa de responder à ofensiva, Picciani afirmou à Folha, por volta das 21h30 desta terça (8), que o governador Luiz Fernando Pezão e o prefeito Eduardo Paes, ambos do PMDB do Rio, estariam liberando deputados que são secretários em suas gestões para ajudá-lo a permanecer na liderança.

Picciani disse duvidar que a ala anti-Dilma de sua sigla tenha conseguido, de fato, reunir o número necessário de assinaturas para tirá-lo da liderança. Com o retorno dos secretários de Pezão e Paes para a Câmara, a bancada do PMDB passará a ter 68 membros. Para afastar Picciani, a ala pró-impeachment precisa reunir, portanto, 35 deputados.

Os que vinham articulando a derrubada de Picciani passaram os últimos dias coletando assinatura entre os parlamentares da legenda para derrubar o carioca. Eles planejam protocolar o abaixo-assinado nesta quarta-feira (9), até as 12h.

Picciani passou a ser alvo da ala que é contra Dilma no PMDB ao se alinhar com o Planalto, em setembro, quando indicou nomes para o ministério de Dilma e se afastou do vice-presidente, Michel Temer, e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A situação do peemedebista piorou nesta semana após Temer enviar uma carta à presidente com queixas ao tratamento que recebeu nos últimos cinco anos e, mais especialmente, nesta terça, quando o governo foi derrotado na votação que escolheu uma chapa montada pela oposição para compor a comissão especial que analisará o impeachment.

Na carta a Dilma, Temer mencionou explicitamente a escolha de Picciani como interlocutor do Planalto do PMDB e disse ter visto na opção uma manobra para dividir a legenda.


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