segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Temer faz operação para evitar racha que tenta tirá-lo do comando do PMDB

Marlene Bergamo - 11.dez.15/Folhapress
O vice-presidente da República, Michel Temer, que também é presidente nacional do PMDB
O vice-presidente da República, Michel Temer, que também é presidente nacional do PMDB
 
21/12/2015 15h01 
 
O vice-presidente Michel Temer começou uma operação para acalmar os ânimos dentro do seu partido, o PMDB, e evitar o aprofundamento do racha que visa minar sua permanência no comando nacional da sigla.

Temer recebeu na noite deste domingo (20), em sua casa, em São Paulo, alguns dos principais nomes da legenda no Rio de Janeiro, berço da ala anti-impeachment da presidente Dilma Rousseff na sigla.

O ex-governador Sérgio Cabral, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e o prefeito carioca Eduardo Paes participaram do jantar com Temer. Aliado do vice, o ex-ministro Moreira Franco também esteve no encontro.

Ato contínuo, Moreira se encontrou nesta segunda (21) com o deputado estadual Jorge Picciani (PMDB-RJ), pai de Leonardo Picciani, líder do PMDB na Câmara e aliado do Planalto na luta contra o afastamento de Dilma.

Segundo a Folha apurou, os integrantes do PMDB fluminense disseram textualmente que não farão qualquer movimento brusco contra Dilma, sob o argumento de que a parceria entre Estado, prefeitura e União tem sido importante para o Rio nos últimos anos.

Eles, no entanto, concordaram com a tese de que o aprofundamento da divisão no partido só serve para fragilizar a imagem da sigla e de Michel Temer.

SEM TIROTEIO

O entendimento é de que é preciso, neste momento, cessar o tiroteio interno. Nesse sentido, Cabral, Pezão e Paes teriam sinalizado apoio à manutenção de Temer à frente do PMDB.

Durante o encontro, o ex-ministro Moreira Franco argumentou que a disputa na sigla "pode transformar o PMDB em uma bomba". "Seremos Hiroshima ou Nagazaki", concluiu.

A tentativa de minimizar as brigas dentro do PMDB ocorrem dias após o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ter disparado ataques públicos a Temer

Como publicou a Folha, Renan montou um plano de guerra para arregimentar apoio entre dirigentes estaduais e tirar o vice da presidência do PMDB, cargo que Temer ocupa desde 2005.






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