quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Marina afirma que irá procurar PSDB, e Aécio dobra militância na reta final


Candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva disse a interlocutores que vai liderar pessoalmente a aproximação com o PSDB –partido que desprezou e até hostilizou durante a campanha– caso contenha a queda nas pesquisas e consiga chegar ao segundo turno das eleições ao Palácio do Planalto.

Na avaliação de aliados, a candidata, num eventual segundo turno, precisará mostrar que tem capacidade de governar e dialogar com outros partidos, hoje uma de suas fragilidades mais exploradas pelos adversários. 


Para integrantes da campanha do PSB, a ex-senadora errou após a morte de Eduardo Campos ao se recusar a conversar com lideranças com as quais seu ex-companheiro de chapa havia costurado acordos, como Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo, e Lindbergh Farias (PT), no Rio de Janeiro. Editoria de Arte/Folhapress

Apesar de estarem com a estratégia do segundo turno na cabeça, aliados preveem dias tensos até domingo. 

O cansaço cada vez mais visível da candidata e a queda nas intenções de voto nas últimas pesquisas fizeram com que ela ficasse mais arredia com sua equipe, que dá sinais de nervosismo. 


Na terça, quando o Datafolha mostrou que a diferença entre Marina e Aécio fora reduzida a cinco pontos percentuais, aliados se aproximavam de jornalistas sem serem perguntados para dizer que, "na hora do voto, muita gente que ia votar em Aécio vai votar em Marina": "Vocês vão ver". 


No mesmo dia, Marina insistia que não era necessário fazer uma foto que tinha sido agendada por sua campanha –que deu certo após muitas explicações do fotógrafo e dos assessores –e cancelou uma coletiva alegando ter de poupar a voz. 


Saiu sem falar com jornalistas, momento raro em sua campanha até agora. 

Rouca, Marina irá descansar até o último embate entre os presidenciáveis, que começa às 22h52 desta quinta (2), na Rede Globo. 


Ela foi aconselhada por assessores a questionar Dilma sobre o descontrole das contas públicas, que levou o governo federal a poupar até agora apenas um décimo da meta do ano, e as denúncias envolvendo a Petrobras.

Com o acirramento da disputa pelo segundo lugar na corrida presidencial, Aécio deu ordem para dobrar a mobilização do partido em lugares estratégicos. 

Os apoiadores que distribuem material de campanha e as chamadas colinhas vão trabalhar em turno dobrado em São Paulo. 

No Nordeste, o tucano pediu empenho especial na Bahia e no Ceará, onde tem palanques regionais fortes. 

O candidato vai centrar seus esforços nos últimos três dias em Minas Gerais, seu berço político e segundo maior colégio eleitoral do país. 

Ele adotará forte tom emocional. Em Minas, segundo o PSDB, está a chance mais palpável de o tucano conseguir uma vantagem maior sobre as adversárias e tentar virar o jogo que o levaria ao segundo turno.

O crescimento nas pesquisas voltou a empolgar aliados e equipe. Nos últimos dias, a quem perguntou se dará tempo para reverter a vantagem de cinco pontos que Marina tem sobre ele, Aécio foi taxativo: "Já deu". 

Nesta quarta (1o), mal colocou os pés em chão firme em São Paulo, ele puxou o coordenador da campanha de Geraldo Alckmin ao governo de São Paulo pelo braço. "Como é que estão os números aqui? Estou crescendo?". 

Com respostas afirmativas, partiu para o ataque pouco antes de iniciar a caminhada que marcou sua última agenda no Estado antes do primeiro turno, em Mogi das Cruzes. 

"Estou cada vez mais convencido que esse ciclo de governo [PT] está se encerrando. E quem tem as melhores condições de vencer somos nós", afirmou. 

"Volto a partir do dia 6 de outubro", prometeu.


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